Quanto vale? Donos de bar oferecem serviços exclusivos de banheiros para atrair foliões desesperados
Quanto vale? Donos de bar oferecem serviços exclusivos de banheiros para atrair foliões desesperados
Carnaval efervescente, muitas pessoas nas ruas e um pula-pula imenso. De repente vem a vontade de ir ao banheiro. Porém, você está no meio do circuito e os banheiros químicos disponibilizados pela Prefeitura estão a cerca de 500 metros. Assim, eis que aparece a “luz no fim do túnel”. É uma placa escrita “Banheiro R$ 3,00”. Qual sua escolha: pagar? Ficar apertado? Ou urinar em um muro correndo risco de ser multado pelos agentes da Prefeitura?
Edmilson Faro Santos, que veio de Alagoinhas curtir o Carnaval na capital, preferiu a opção número um. Ele conta que prefere esse tipo de serviço pela qualidade dos banheiros disponibilizados pela organização da festa. “As condições que a gente vê nos banheiros públicos são horríveis. Esse ano nem fui no público, já que achei este aqui”, comenta ele, que encontrou a reportagem do Aratu Online em uma espécie de bar no meio do circuito Dodô.
O dono do empreendimento acima citado é Gilmar Santos, que prefere ser chamado de Gil. Ele conta que está no ponto há três anos e paga R$ 300 pelos dois sanitários químicos que mantêm em seu bar. Ele afirma ainda que a ideia de colocar o banheiro pago surgiu da necessidade do público e que cerca de 70 pessoas utilizam o serviço diariamente. “Se o cliente consumir no bar, não paga”, argumenta Santos.
O comerciante garante que o valor cobrado é fixo tanto para turistas quanto para baianos. Ele conta ainda que, ao longo do circuito, há vários banheiros pagos. “Existe os alugados e até mesmo os moradores dos condomínios que cobram pelo sanitário”, enfatiza Santos. O cliente Edmilson diz que saiu do local satisfeito e aproveitou para criticar, novamente, os sanitários públicos. “A Prefeitura e o Governo do Estado não estão preparados para receber essa multidão em termo de sanitário”, esbraveja ele.