APÓS OITO ANOS FORA DA FESTA: Márcia Freire se diz contrária à invasão de ritmos no Carnaval de Salvador
APÓS OITO ANOS FORA DA FESTA: Márcia Freire se diz contrária à invasão de ritmos no Carnaval de Salvador
Eleita a melhor cantora do Carnaval de Salvador por cinco anos consecutivos, na década de 1990, Márcia Freire relembrou sucessos da banda Cheiro de Amor no Circuito Dodo, nesta quinta-feira (04/02). Com músicas como “Balança coqueiro”, “Auê”, “Doce obsessão” e “Pureza da paixão”, a musa do axé levou o público a reviver outros carnavais.
Depois de oito anos sem tocar na festa momesca, Márcia falou sobre o que considera uma retomada do conceito inicial do Carnaval, com a valorização dos pioneiros da festa. ?Tomamos um baque e já pensávamos que o nosso Carnaval tem que ser reestruturado e reavaliado. É um ciclo de retorno. Este ano tem muita gente que há muitos anos estava fazendo Carnaval fora da capital baiana e que conseguiu estar aqui, como Gil Melândia e eu?, comentou.
Durante o Carnaval, Márcia ainda faz um show no bairro de Itapuã e em Aracati, no Ceará. Ela criticou a invasão de ritmos na folia: ?Sinceramente, não gosto dessa invasão de ritmos no Carnaval. Acho que é preciso valorizar a cultura baiana. Quanto vamos cantar forró no São João, ou fazemos um trabalho com esse foco, ou não entramos no mercado. Acho que essa abertura não é legal porque toma o nosso espaço?, opinou.
Para Márcia Freire, o Carnaval inesquecível foi o do ano em que largou a banda Cheiro de Amor, em 1996. De lá para cá, ela já conquistou um disco de ouro e emplacou nacionalmente o sucesso “Vermelho”, que se tornou parte dos bens imateriais do patrimônio cultural do estado do “Amazonas”.