Cultura

Espetáculos com tema ?cena e som? acontecem no Teatro Gregório de Mattos

Espetáculos com tema ?cena e som? acontecem no Teatro Gregório de Mattos

Por Da Redação

Espetáculos com tema ?cena e som? acontecem no Teatro Gregório de MattosJoão Meirelles/Divulgação

Cinco espetáculos que relacionam o tema ?cena e som? em suas inúmeras vertentes se apresentam no Teatro Gregório de Mattos, em Salvador, integrando mostra cênica promovida pelo projeto Cena, Som & Fúria (CSF), entre setembro e outubro. Sempre às terças e quartas-feiras, às 19h, as apresentações terão ingressos a R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada), com duas datas para cada. O CSF selecionou as obras a partir de sua proposta curatorial, que é de promover um grande panorama de criações em artes cênicas e performativas com expressões de musicalidade. Os espetáculos selecionados são ?Na Bahia de SmeTAK? (Balé Jovem de Salvador), ?Vulcanidades? (Livia Nery), ?O Jardim de Humberto Porto? (Thiago Pondé), ?Ópera Nuda? (Isaura Tupiniquim) e ?OFÉLIA: sete saltos para se afogar? (Raiça Bomfim).


Cada montagem aprovada na convocatória irá receber um cachê de R$ 3 mil, além de todo suporte de produção. O CSF recebeu 73 propostas, superando o número esperado de inscrições. Como critério de seleção, as obras deveriam ser não inéditas, estar dentro do tema proposto, além de se adequarem à estrutura física e de equipamentos do Teatro Gregório de Mattos. Entre os temas abordados nas selecionadas, estão releitura de Shakespare e a era de ouro do rádio brasileiro.


O espetáculo que abre a mostra cênica é ?Na Bahia de SmeTAK?, do Balé Jovem de Salvador (BJS), que se apresenta nos dias 29 e 30 de setembro. Fundada em 2007 pelo bailarino e coreógrafo Matias Santiago, a companhia trabalha com jovens de 16 a 24 anos, com a missão de promover a formação artística e profissional do bailarino. Da provocação proposta pelo Cena, Som & Fúria, o BJS junta dois trabalhos de seu repertório: ?Na Bahia?, em que o som das ruas e festas de Salvador geram estados de corpos que interagem com a arquitetura, o espaço e a temperatura da cidade, e ?TAK?, que mergulha na inventividade musical de Walter Smetak como pressuposto para a cena. Criador de inúmeros instrumentos musicais, o músico, compositor, escritor e escultor suíço Anton Walter Smetak chegou à Bahia em 1957, trazendo inúmeras contribuições para a arte na Bahia, através da Universidade Federal da Bahia e sua Orquestra Sinfônica.


Já o show ?Vulcanidades? traz o talento da cantora, compositora e musicista Livia Nery, nos dias 6 e 7 de outubro. Em apresentação que estreou em novembro de 2014 com canções próprias e releituras, Livia manifesta experimentação sonora e performativa com o uso de pedais de loops, sampler e teclado, acompanhada de Rafa Dias nas bases eletrônicas e Israel Lima no baixo. A performance vocal é iluminada por luz negra, evidenciando a luminescência neon presente na maquiagem do rosto, pés e mãos. Com isso, Livia destaca as ações do corpo na máscara facial, nos movimentos manuais e no trabalho dos pés tocando os pedais. Tudo isso conduz, junto com a emissão vocal, a expressividade de sua performance, que conta com a participação de Márcio Nonato na iluminação cênica. ?Vulcanidades? já integrou projetos como Dominicaos, Festival ACASAS e fez temporada no Lalá Multiespaço.


Nos dias 13 e 14 de outubro, participa da mostra promovida pelo Cena, Som & Fúria o espetáculo ?O Jardim de Humberto Porto?, encenado como um programa de rádio e que apresenta o legado do compositor baiano, que imprimiu sua identidade no cenário nacional dos idos de 1930 e 40. Fruto de um projeto de pesquisa de Thiago Pondé, que dirige o espetáculo, ?O Jardim de Humberto Porto? transporta o espectador para a era de ouro do rádio. O espetáculo faz parte da iniciativa de revelar ao público a importância de Porto, que, em parceria com Benedito Lacerda, Herivelto Martins, J. Cascata e Assis Valente, compôs clássicos como ?A Jardineira?, ?Na Bahia?, ?Yaya Baianinha?, ?História de Amor? e ?Este Samba foi Feito pra Você?. No elenco, a premiada atriz Evelin Buchegger atua como locutora e apresentadora do espetáculo, ao lado dos músicos Thiago Pondé (vocal), Lucas Pondé (contrabaixo e voz) ? ambos sobrinhos-netos do compositor ?, Luís Soares (violão e guitarra), Dainho Xequerê e Ricardo Costa (percussão), Pedro Degaut (trombone) e Rangel Menezes (teclado). A direção musical é de Rafael Pondé.


Encerrando a mostra de espetáculos selecionados nos dias 20 e 21 de outubro, o CSF recebe uma dobradinha com dois trabalhos solísticos de artistas baianas, pesquisadoras do teatro, da dança e da performance, com interesse na voz como expressão cênica. ?Ópera Nuda?, solo de dança da artista e mestre em Dança Isaura Tupiniquim, é uma performance criada na relação entre voz e movimento. O trabalho propõe uma corporalidade criada em tempo real, compondo variações entre a plasticidade pop, a assepsia, o excesso e a banalização da violência. Isaura tem no currículo participações em importantes festivais como o VIVADANÇA, além de participações em filmes como o premiado ?Depois da Chuva? (2012), ?Inconsequências? (2010) e ?Tropycaos? (2014).


Em ?OFÉLIA: sete saltos para se afogar?, a artista Raiça Bomfim apresenta uma releitura de uma das mais famosas personagens de Shakespeare, Ofélia, personagem da tragédia ?Hamlet?. O espetáculo é tecido numa escritura autoral inspirada pelos signos, crises e metáforas abarcados na figura da afogada. A montagem conta com cenografia de Erick Saboya, vencedor do Prêmio Categoria Especial do Braskem de Teatro, direção musical do paulistano André Oliveira e iluminação de Ana Antar. A equipe conta ainda com Felipe Benevides na preparação corporal e Lucas Moreira na criação gráfica. Raiça, além da atuação, assina a concepção e dramaturgia. A realização é da Gameleira Artes Integradas, território de articulação de criações artísticas conduzido pelas artistas e produtoras Olga Lamas e Raiça Bomfim. Em formato solo, o espetáculo convida o espectador a mergulhar no universo da personagem em uma perspectiva feminista e contemporânea.


CENA, SOM & FÚRIA


Em iniciativa inédita em Salvador, o projeto Cena, Som & Fúria (CSF) se apresenta como uma plataforma artística de ações integradas que relacionam música e artes performativas, com a proposta de ocupar um espaço cultural de forma continuada, a partir de uma curadoria especializada. Entre julho e outubro de 2015, período de sua primeira etapa, o CSF reúne um total de 20 espetáculos, com obras locais, nacionais e internacionais, entre espetáculos de dança, teatro, shows e performances, somando 44 sessões, além de residências artísticas e duas oficinas que relacionam dramaturgia, corpo e voz.


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