Cultura

Com show pesado, Lenine apresenta a turnê de ?Carbono? em Salvador

Com show pesado, Lenine apresenta a turnê de ?Carbono? em Salvador

Por Diorgenes Xavier

Com show pesado, Lenine apresenta a turnê de ?Carbono? em SalvadorDivulgação Lenine

Os críticos costumam classificar e rotular artistas, tendo como base o estilo musical preponderante no seu trabalho. Normalmente, quando se fala de Lenine, esta é uma tarefa mais do que ingrata. Quem assistiu ao show de Carbono, seu novo trabalho, na noite desta sexta-feira (10), em Salvador, percebeu que este pernambucano de 56 anos flutua à margem das classificações. Ele é um cantor de MPB? Também e provavelmente a definição não o aborreceria. Mas durante a apresentação, o peso das guitarras e as distorções são protagonistas, e tudo isto é executado com competência maior do que a vista nas bandas de rock.


No palco, Lenine parece se sentir no seu habitat natural. De lá, comanda o público. Canta e dança com energia, entrega e vitalidade difíceis de comparar. O cantor tem dito, em suas mais recentes entrevistas, que Carbono surgiu de uma necessidade de ?exorcizar Chão?, seu penúltimo trabalho, com o qual já estava na estrada desde 2011. E isto fica claro no repertório da apresentação, onde aparecem todas as 11 músicas do disco, produzido e lançado no primeiro semestre deste ano.


Lenine 2

Foto: Divulgação Lenine


Para não decepcionar os fãs, ainda não familiarizados com as novas canções, o carismático pernambucano abre um intervalo durante a apresentação para que o público escolha dois de seus sucessos. ?Vai ser no grito?, sentencia. ?Paciência? e ?Hoje eu quero sair só? são as escolhidas, tendo Lenine ao violão e sendo cantadas praticamente durante todo o tempo pelo público.


Mas a calmaria não parece fazer par com o cantor. Importante destacar que, ao vivo, a músicas de Carbono são muito mais potentes e vibrantes do que no próprio disco. “Sou Zéppeliniano, minha história é de rock” é uma declaração dele que talvez resuma as suas performances tão contundentes. É como se o artista e banda, extremamente entrosados, despejassem nas canções toda a força e energia que exalam no palco, o que faz do show uma experiência, quase sempre, singular.


Lenine 3

Foto: Divulgação Lenine


Como ponto negativo fica a qualidade do som do Barra Hall, que falhou por diversas vezes. Além disso, o volume parecia estar muito alto, o que fazia com que a voz de Lenine se tornasse quase inaudível em vários momentos. Apesar disso, a experiência de vivenciar as quase duas horas do frevo, maracatu, da música popular e da veia rock do cantor sempre resulta em um bom programa. Viagem mais do que recomendada.


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