Cultura

30 Anos de Axé: dos Internacionais ao Vumbora, a história de Bell Marques no carnaval

30 Anos de Axé: dos Internacionais ao Vumbora, a história de Bell Marques no carnaval

Por Cláudia Costa

30 Anos de Axé: dos Internacionais ao Vumbora, a história de Bell Marques no carnavalReprodução

No ano em que se comemora os 30 anos do Axé Music, o Aratu Online homenageia os grandes nomes que marcaram a história do ritmo na Bahia e no Brasil. Faltando apenas 22 dias para o Carnaval, o portal realiza uma contagem regressiva, onde a cada dia um artista será o protagonista desta história de muito sucesso.


Foto: Nestor Carrera/ Editor de Arte

Foto: Nestor Carrera/ Editor de Arte


A trajetória de Bell Marques se confunde com a história da banda Chiclete com Banana, uma das mais queridas bandas de Axé do Brasil com milhares de ?chicleteiros? espalhados por todos os estados. Uma verdadeira legião de fãs.


Whashington ?Bell? Marques da Silva nasceu em Salvador no Centro Histórico da capital e o interesse pela música surgiu ainda na adolescência, inspirado pelos irmãos Wilson e Wado, que tocavam na banda Os Elétrons. A banda de nome esquisito durou pouco e logo todos passaram a integrar a banda Scorpius. A primeira vez que o cantor pisou em um trio elétrico foi no ano de 1979, tocando no bloco Traz os Montes, no trio Tapajós ao lado de Rey, Missinho, Rubinho Gramacho, Valtinho, Wadinho, Denny e Cacique Jonhy.


Blocos e Banda


A partir de uma reformulação da banda Scorpius, nasceu o Chiclete com Banana, o nome se deu pela grande mistura de ritmos que a banda fazia com suas músicas. Em 1981 foi lançado o primeiro álbum da banda chamado Traz os Montes. Eles fizeram parte da maior revolução do carnaval e transformação do trio elétrico. No ano seguinte, o engenheiro de som Wilson Silva (irmão de Bell e Wadinho) sugeriu e pôs em prática a ideia de fechar toda a lateral do Trio com caixas de som e usar equipamentos de potência transistorizada, passando todos os músicos a tocarem na parte superior do trio. Na época, a percussão localizava-se nas laterais inferiores e somente os músicos de corda permaneciam na parte superior. Esta foi a maior revolução do trio elétrico na década de 80.



Com grande notoriedade no cenário carnavalesco, a banda recebeu o convite do bloco “Os Internacionais”, onde tocou por cinco anos (1985, 1986, 1987, 1988 e 1989).  Posteriormente a banda, que tinha o próprio trio elétrico, resolveu desvincular-se de blocos de Carnaval e tocar para o povão na rua, com ou sem patrocínio, pois já tinha uma estrutura montada e até sua própria produtora, a Mazana.  Foi então que surgiu o bloco Camaleão, com uma proposta tentadora, e um contrato foi firmado no carnaval de 1990 até 2014.


A banda Chiclete com Banana já vendeu quase 13 milhões de discos, com cerca de 150 apresentações por ano em 26 carnavais fora de época.  A banda possui também o trio elétrico mais moderno e caro do país: batizado de Tiranossauro Rex, o projeto custou cerca de 3 milhões de reais. No ano de 1986 com o lançamento do disco “Gritos de Guerra”, a banda vendeu quase um milhão de cópias.  Depois veio o disco “Fé brasileira”, que chegou a 450 mil cópias vendidas.


Responsáveis por uma mistura de ritmos, além do axé music a banda também tocava forró e rock, com a guitarra sempre presente e a percussão trazendo um som inconfundível. Incontáveis sucessos como: Sementes, Tiete do Chiclete, Olhos da Noite, Maluquete, Mirando o Luar, Na Fissura do Cheiro, Gritos de Guerra, Fé Brasileira, Vai Lá Mané, Selva Branca, Sorria, Te Amo, Tiete, Mude Esse Mundo, Que Força é Essa?, Cara, Caramba, Sou Camaleão, Meu Cabelo Duro é Assim, Menina Me Dá Seu Amor, Se Me Chamar Eu Vou, Foi Por Esse Amor, Nana Bana, Essa Mulher é Minha, Cabelo Raspadinho, Diga que Valeu e muitos outros tocaram nas rádios em todo o Brasil.


Conhecido pela bandana amarrada na cabeça, o artista esteve à frente do Chiclete com Banana por mais de 30 anos e foi idealizador de várias inovações como a gravação dos primeiros CD e DVD em cima do trio elétrico em 1997. Querido pelo público chicleteiro, Bell foi um dos artistas mais premiados do Brasil.


Novo Caminho


No dia 10 de setembro de 2013, o vocalista Bell Marques anunciou sua saída da banda através de um vídeo postado em sua conta no Youtube causando um grande alvoroço entre os fãs. Alegando desgastes internos e divergências de opinião, o cantor resolveu se afastar do grupo.



A despedida da banda aconteceu no carnaval de 2014 quando Bell fez seu último show do Campo Grande até a Castro Alves  puxando o bloco Camaleão . Milhares de foliões foram para a avenida assistir o último acorde de guitarra de Bell à frente da banda.  Mas o momento também era o início de um novo caminho a seguir. No mesmo dia, Bell puxou seu novo bloco “Vumbora?!”, na Barra, e pediu proteção cantando “Ave Maria”.


Como diz o seu primeiro trabalho na carreira solo, ?Vumbora? é a continuação de uma carreira de sucesso que Bell Marques vem trilhando. As músicas Nicolau, Amor Bacana e Louco Amor já estão na boca dos fãs. Com sua nova banda, batizada de ?Big Band?, o cantor segue alegrando o público fiel com antigos sucessos e com seu próprio repertório sempre voltado para o axé music.


Confira abaixo as imagens das diferentes fases do cantor:


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