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Com Brasil fora da lista, EUA doará 500 milhões de vacinas da Pfizer para 92 países de renda baixa e à União Africana

Joe recomenda que as demais democracias do mundo façam sua parte para ajudar a acabar com a pandemia.

Por Da Redação

Com Brasil fora da lista, EUA doará 500 milhões de vacinas da Pfizer para 92 países de renda baixa e à União AfricanaCréditos da foto: divulgação/Navy Petty Officer 1st Class Carlos M. Vazquez II/Fotos Públicas

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (10/6) que planeja comprar 500 milhões de doses da vacina contra a Covid-19, produzida pela Pfizer, e doá-las para mais de 90 países.


“O objetivo da doação de hoje é salvar vidas e encerrar a pandemia, e fornecerá o fundamento de ações adicionais a serem anunciadas nos próximos dias”, informou a Casa Branca enfatizando que Joe recomenda que as demais democracias do mundo façam sua parte para ajudar a acabar com a pandemia.


Biden teria tomado a decisão de doar o maior número de vacinas já realizado por qualquer país após uma reunião presidentes das outras economias avançadas do G7 - grupo dos países mais industrializados do mundo, composto por: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido- ocorrido na Inglaterra, durante sua primeira viagem internacional como presidente dos Estados Unidos


A farmacêutica norte-americana Pfizer e sua parceria alemã BioNTech proporcionarão 200 milhões de doses em 2021 e 300 milhões na primeira metade de 2022. Essas vacinas, que serão produzidas nas instalações norte-americanas da Pfizer e comercializadas a um preço sem margem de lucro, serão distribuídas a 92 países de renda baixa e à União Africana. O Brasil ficou de fora desta distribuição porque, apesar de fazer parte da Covax, é considerado um país que pode comprar suas próprias vacinas.


"Nossa parceria com o governo dos EUA ajudará a levar centenas de milhões de doses de nossa vacina aos países mais pobres do mundo o mais rapidamente possível", disse o executivo-chefe da Pfizer, Albert Bourla.


As novas doações se somam às cerca de 80 milhões de doses que Washington já prometeu doar até o fim de junho e aos US$ 2 bilhões contingenciados para o programa Covax, liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e a Aliança Global para Vacinas e Imunização (Gavi). 


A Gavi e a OMS saudaram a iniciativa, mas grupos de ativismo antipobreza pediram que ainda mais medidas sejam adotadas, para aumentar a produção mundial de vacinas.


"Certamente esses 500 milhões de doses de vacina são bem-vindas, já que ajudarão mais de 250 milhões de pessoas, mas isso ainda é uma gota no oceano comparado à necessidade em todo o mundo", disse Niko Lusiani, que comanda a unidade de vacinas da Oxfam América.


"Precisamos de uma transformação rumo à fabricação de vacina mais distribuída, para que produtores qualificados de todo o mundo possam produzir bilhões a mais de doses de baixo custo em seus próprios termos, sem restrições de propriedade intelectual", acrescentou Lusiani em comunicado.


Biden apoia a dispensa de direitos de propriedade intelectual de algumas vacinas, mas não existe consenso internacional sobre como proceder.


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