Precisamos de um plano nacional para emancipar o Brasil
A taxação que os Estados Unidos (EUA) impuseram recentemente ao nosso país é mais do que uma disputa comercial. É um sinal claro da nossa fragilidade estratégica. Revela o quanto ainda somos dependentes, e o quanto falta ao Brasil um verdadeiro projeto de soberania.
Não se constrói uma nação forte sem um plano. Por isso, proponho um Plano Nacional de Transformação Industrial, Tecnológica e Cidadã. Um plano que una universidades, setor produtivo, sociedade civil e lideranças políticas em torno de um objetivo comum: emancipar o nosso potencial. Deixar de ser apenas exportadores de matéria-prima e importadores de produtos de alto valor agregado. Deixar de ser o país que entrega o ouro e compra as algemas.
Exportamos petróleo, importamos gasolina. Exportamos carne, importamos comida processada. Exportamos ferro, importamos celular. Isso não é só desequilíbrio econômico. É submissão.
O problema vai além da economia. É também político, cultural e educativo. Enquanto continuarmos infantilizando o debate público, tratando a política como "Fla-Flu" ou "Ba-Vi", alimentando paixões rasas e disputas partidárias cegas, continuaremos estagnados.
Não se trata de ideologia. Trata-se da sua vida. Da sua comida, da sua energia, da sua água, da educação dos seus filhos. O que eu proponho é um pacto de desenvolvimento que valorize o consumo consciente, a produção nacional com tecnologia e sustentabilidade, a educação com pensamento crítico e, principalmente, a soberania cidadã.
Já fomos mais ricos do que a China, o México, a Índia e a Turquia. Hoje, assistimos a esses países avançarem enquanto o Brasil continua à margem. O que nos falta é planejamento, é maturidade, é consciência cidadã.
Está na hora de parar de buscar salvadores da pátria. O futuro do Brasil só depende de nós.
Pau na máquina!
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On
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