A Revolta de Atlas brasileira
O que estamos vivendo hoje no Brasil em termos de arrecadação é algo que merece atenção. O país acaba de ultrapassar mais um recorde histórico: R$ 3 trilhões em impostos arrecadados.
Para se ter uma ideia, esse número só foi atingido no final de 2023. Em 2024, ocorreu em novembro. Agora, em 2025, alcançamos essa marca logo no início de outubro.
Mas a que custo?
Essa arrecadação não veio de um crescimento sustentável da economia, e sim de aumentos sucessivos de impostos. O resultado é um país que arrecada como nação rica, mas devolve à sociedade serviços públicos de nação pobre.
O preço já está sendo cobrado: em 2025, apenas até agosto, 1.446 milionários deixaram o Brasil. E o mais grave é que muitos desses eram empreendedores, ou seja, geradores de emprego, renda e inovação. A constatação é clara: estamos empurrando para fora justamente aqueles que mantêm a engrenagem da economia funcionando.
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Enquanto isso, o país vive um dos maiores níveis de assistencialismo de sua história. Essa é uma fórmula perigosa: aumentar a carga tributária sobre quem produz e ampliar o gasto assistencial sobre quem se mantém fora do mercado produtivo. É uma conta que não fecha.
A profecia de Ayn Rand
Quem leu A Revolta de Atlas, de Ayn Rand, publicado em 1957, sabe do que estamos falando. A autora russa, que fugiu do comunismo e viu o capitalismo americano florescer, descreveu com precisão o que acontece quando o Estado sufoca a livre iniciativa: os empreendedores desaparecem, as máquinas param, os trens deixam de rodar, os elevadores quebram. E ninguém mais estará disposto a consertar.
Ela nos faz imaginar um mundo em que todos os que sustentam a estrutura produtiva decidem parar. O caos se instala e a sociedade entra em colapso.
Não é ficção distante. É o que estamos vendo acontecer diante dos nossos olhos: os “consertadores de elevadores”, os que mantêm a roda girando, estão desistindo. E quando os que produzem desistem, não há arrecadação, nem Estado, nem assistencialismo que resista.
O alerta necessário
Estamos diante de uma equação insustentável. De um lado, a maior carga tributária da história. De outro, a informalidade explodindo e a produtividade despencando.
O assistencialismo virou instrumento político de permanência no poder, não uma política pública de emancipação. E enquanto isso, o Brasil perde sua força vital: o empreendedor, o trabalhador, o produtor de riqueza real.
Você já ficou preso dentro de um elevador? Ou dentro de um ônibus quebrado? Portanto, é hora de despertar. Afinal, quem consertará ou atenderá nossas necessidades quando ninguém mais souber, ou quiser, fazê-lo?
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On
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