Respire, Inspire, Não Pire
Foto: ilustrativa/Pexels
Nos últimos tempos tenho pensado muito nesse processo de transição que estamos passando – em que voltamos a abrir nossas “fronteiras” dos relacionamentos, com um pouco de trégua que a pandemia nos deu. Mesmo com a Ômicron correndo loucamente pelo país, não se compara com o que vivenciamos em 2020 e 2021.
Fiquei pensando em quantas vezes, nessa jornada pandêmica, passou pelas nossas mentes que não iríamos aguentar?
Aguentar ficar sem trabalho, sem condições de dar conta das nossas responsabilidades financeiras, sem trocar experiências presenciais com amigos e familiares e se sentir completamente isolado, sem saber se receberíamos ajuda ou se conseguiríamos ajudar. Sempre me vinha à mente o trecho daquela música do Arnaldo Antunes: “Qualquer coisa que se sinta, tem tantos sentimentos deve ter algum que sirva”.
Muitas vezes pensei: respire, busque seu equilíbrio, mesmo quando tudo estava desmoronando, procure por sua clareza mental. Mas será que isso valeu para todos? Quando o desespero bate é muito complexo voltarmos ao nosso eixo.
Mas nesses devaneios, ou não, me ocorria também que esse era um momento, que o meu ponto de chegada não era o hoje, pois como dizem muitos teóricos por aí: o hoje já é passado.
Como programar o futuro sem ter a menor ideia do que estava por vir. Aqueles que amam planejamento e planilhas de Excel nunca sofreram tanto. E me incluo nisso.
Várias vezes me peguei repetindo para mim mesmo na frente do espelho: “tenha calma, nesse momento, a vida é o amanhã”.
E olha aí o nosso amanhã chegando aos poucos.
Mas, agora, temos outros desafios. Não recuperar o que passou. A essa altura da vida muitos de vocês já devem ter descoberto que é praticamente impossível recuperar o que se foi. O que podemos é criar novas oportunidades, novas relações – até mesmo com quem já nos relacionávamos antes. Por sinal, uma das coisas que mais percebi nesse período foi a transformação das relações. As minhas mudaram muito e passei por descobertas inimagináveis – sobre mim e sobre os outros.
Profissionalmente tudo mudou também. E não estou falando apenas de fazer home office e ter reuniões por Zoom, Teams ou Google Meet. Passei a ter um olhar mais atento sobre a importância de cada profissão, de cada serviço que contratei, de cada serviço que eu mesmo ofereci e da forma como a troca nesse campo da vida me trouxe aprendizados – aprendi a observar mais, a ouvir mais, a me solidarizar mais. Afinal, independentemente do trabalho que cada um estava realizado, estávamos todos no mesmo barco. Gosto de pensar no Diego Oliveira antes da pandemia e do que me tornei agora. E você, já fez esse exercício? Já mapeou quais foram os seus principais aprendizados e transformações durante esse período? Foram transformações profundas, para a vida?
E agora, como será o desenho do seu futuro? Será que vale estarmos com a cabeça tão lá adiante a ponto de nos perdermos do momento presente?
Ao escrever tudo isso, não estou pensando apenas nas pessoas físicas. São questionamentos que valem também para empresas. Como elas se posicionaram durante todo esse tempo e qual a repercussão disso? Como ficará a reputação delas a partir de agora.
Eu tenho as minhas eleitas, empresas que acompanhei e passei a prestar mais atenção e a entender como trabalhavam questões que estão muito em alta nos dias atuais como empatia, diversidade, inclusão, impacto socioambiental positivo.
E você? Quais empresas te surpreenderam e você convidaria para o baile? Deixa nos comentários, quero saber!
*Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.