Saúde e Bem-Estar

O que significa comer por emoção e quando isso se torna um problema

Aline Ribeiro
Colunista On: Aline RibeiroNutricionista que não só prescreve, mas também escreve. Não só sobre comida, mas também sobre emoções, hábitos, política e sociedade.Formada pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). Pós-graduanda em Nutrição Esportiva e Obesidade pela USP.

As pessoas são influenciadas por diversos fatores na hora de decidirem o que irão comer, quando precisam ou querem se alimentar. Se apenas a fome fisiológica fosse o critério, quase qualquer coisa comestível saciaria nossa vontade.

Comemos, no entanto, alimentos que fazem parte da nossa cultura, que nos trazem memórias afetivas, que agradam nosso paladar e também que nos oferecem algum conforto e prazer momentâneo.

Quando um indivíduo frequentemente busca a comida para lidar com seus sentimentos, diz-se que ele sofre com o "comer emocional", que é definido como a tendência de comer muito em resposta a emoções como ansiedade, irritabilidade e estresse.

Os comedores emocionais - termo utilizado para se referir a quem possui esse comportamento - geralmente buscam por alimentos com alta quantidade de açúcar e gordura quando se sentem ansiosos e/ou estressados. Isso porque esses alimentos são mais palatáveis e, assim, têm mais chances de oferecer o prazer imediato que muitos buscam.

Hoje, este comportamento tem sido associado com ganho de peso, com a dificuldade de perder peso e também a de manter o peso perdido. Além disso, os comedores emocionais possuem maiores riscos de apresentarem doenças como diabetes e disfunções do coração.

Mas como saber se sou um comedor emocional?

Os comedores emocionais podem se defrontar com dificuldades para identificar esse comportamento, já que muitas vezes esse hábito de buscar por comida para lidar com as emoções é ordinário e arraigado. Portanto, vivido de modo automático. Tal prática que ocorre sem reflexão ou percepção do que está se realizando.

Nesse sentido, se você quer saber se é um(a) comedor(a) emocional, tente recordar das últimas vezes que você buscou por alimentos ricos em açúcar e em gordura. A partir disso, considere também como você estava se sentindo naquele momento. Como tinha sido seu dia e o que você estava fazendo.

Você se encontrava estressado(a), ansioso(a) ou triste?

Você tinha acabado de passar por uma situação ou atividade cansativa, monótona ou que exigia muito de sua concentração?

Para os que tiverem dificuldade de lembrar, vale observar essas questões em situações futuras.

E sabendo que eu sou um comedor emocional, o que fazer? Buscar ajuda. Todas as emoções que sentimos são expressões de alguma coisa e elas sempre vão existir. O que nós temos que fazer é aprender a lidar com elas. É natural que nossas emoções influenciem muitas de nossas escolhas? Evidente. Não somos divisíveis em “agora vou ser racional” e “agora vou agir por emoção". Mas não é saudável que nossas emoções frequentemente determinem nossas ações e que nossa única forma de lidar com elas seja por meio da comida.

Siga a nutricionista Aline Ribeiro no Instagram: @nutrindohabitos *Este material não reflete, necessariamente, a opinião do Aratu On.

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