Suspeito de tráfico de animais é preso no norte da Bahia

Um homem de 46 anos foi preso nesta quarta-feira (11), em Juazeiro, no norte da Bahia, acusado de fazer parte de uma organização criminosa especializada no tráfico interestadual e internacional de animais silvestres. A prisão aconteceu durante uma operação conjunta das polícias civis da Bahia e do Ceará, com apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

O suspeito, que teve a identidade preservada, foi encontrado em uma chácara no bairro Tabuleiro, onde, segundo os investigadores, atuava como um dos principais articuladores do esquema. A quadrilha era responsável por capturar e comercializar ilegalmente espécies brasileiras ameaçadas de extinção, como macacos e micos-leões-dourados.

Esses animais eram levados até o Rio de Janeiro, onde passavam pelos portos da cidade e eram enviados para fora do país. O destino exato ainda está sob investigação, mas há indícios de que os animais eram vendidos a colecionadores particulares e zoológicos ilegais no exterior, movimentando altas quantias de dinheiro.

Para disfarçar a origem ilícita dos valores obtidos com o tráfico, o grupo utilizava contas bancárias em nome de laranjas. 

Desdobramentos

A prisão faz parte dos desdobramentos da Operação Fauna Livre, deflagrada para desmantelar redes criminosas que exploram a fauna brasileira. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito já tinha sido preso anteriormente pelos mesmos crimes e estava em liberdade desde março deste ano. Na ocasião, o Ibama resgatou cerca de 40 animais em situação precária, entre eles macacos, jabutis e emas, que eram mantidos em cativeiros clandestinos.

Durante a nova ação, os agentes apreenderam dois celulares do suspeito, que serão submetidos à perícia para levantar mais provas sobre a atuação da quadrilha e identificar possíveis cúmplices e compradores. O homem foi encaminhado ao Conjunto Penal de Juazeiro, onde permanecerá à disposição da Justiça após audiência de custódia.

A Polícia e o Ibama reforçam que o tráfico de animais silvestres é crime e contribui para o desequilíbrio ambiental, além de representar riscos à saúde pública, já que muitos desses animais podem transmitir doenças. As investigações continuam para localizar outros integrantes da quadrilha e impedir a continuidade do esquema

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