Mulher trans diz estar sendo vítima de rodoviário em Lauro de Freitas: ela foi chamada de "viadinho" e quase foi agredida
Durante entrevista ao vivo nesta quarta-feira (23/11), no programa Cidade Aratu, da TV Aratu, a vítima disse que já foi deixada no ponto de ônibus.
Uma mulher trans disse ter sido vítima de transfobia por parte de um motorista de ônibus que trabalha na Região Metropolitana de Salvador, na noite da última segunda-feira (21/11).
Na ocasião, Úrsula Goes, que é maquiadora, relatou que o rodoviário não autorizou que ela seguisse viagem no coletivo, deixando-a sozinha em uma região de Lauro de Freitas. Além disso, quando ela foi descer do ônibus, o homem tentou agredir a passageira. A maquiadora também disse ter sido chamada de "viadinho".
"Assim que eu deixei o coletivo, ele desceu também, e eu não tinha visto. Foi no reflexo que eu vi que ele ia jogar uma quentinha em mim. Uma moça que estava vendendo cerveja, no ponto de ônibus, me reconheceu e gritou. Foi aí que ele se assustou e retornou para o carro, me dizendo que 'eu iria ver'", iniciou.
Durante entrevista ao vivo nesta quarta-feira (23/11), no programa Cidade Aratu, da TV Aratu, a vítima disse que foi novamente deixada no ponto de ônibus.
"Infelizmente, eu preciso desse carro, já que ele é o último a passar. Então, assim, como ocorreu segunda, ontem [terça-feira] eu percebi que ele estava me procurando, para ver se eu ia adentrar. Quando ele me viu, pedindo para subir no carro, tinham três passageiras na minha frente e, quando eu fui entrar no carro novamente, ele 'arrastou'".
Ela pergunta se a situação continuará acontecendo de forma recorrente, já que este é o único meio de transporte que ela consegue pegar para voltar para casa.
"Se todos os dias esse motorista vier para fazer essa corrida, eu vou precisar chamar um Uber para ir para casa, correndo risco, vulnerabilidade [...] Aqui é uma região com muito assalto, ficamos com medo e nos reunimos em grupo para não ocorrer esse fato [assaltos]", argumentou.
Úrsula sustentou, também, que o motorista é despreparado para rodar na linha, já que existem várias questões. Ela afirmou que, na semana passada, presenciou uma mãe, com um filho autista, passando por problemas. O motorista não teria reconhecido a carteirinha do garoto e a mãe não fez o registro da passagem.
"Eu quero uma resposta da empresa, porque, assim como eu, existem outras 'trans' que fazem o uso do transporte, não só aqui, mas, também, em Salvador. Eu fico indignada! Não vou me calar. Eu quero uma resposta!", finalizou.
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