Moradores de Itapuã reclamam de degradação, sujeira e falta de fiscalização no bairro

Sujeira, vandalismo e falta de ordenamento público são algumas queixas dos moradores de Itapuã

Por Da Redação.

Moradores de Itapuã reclamam de degradação, sujeira e falta de fiscalização no bairro Estátua de Dorival Caymmi foi alvo de pichação em Itapuã | Foto: Arquivo Pessoal

"Bizarro!". É assim que uma moradora descreve o bairro de Itapuã, atualmente o mais populoso de Salvador, de acordo com o Censo de 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo ela, que prefere não se identificar, a região está abandonada, destoando dos versos imortalizados por Vinicius de Moraes e Dorival Caymmi.  

"É bar quase dentro da igreja, galera cheirando cocaína no meio da rua... Outro dia fui à farmácia e o cara estava cheirando pó na minha frente. Às 18h50!", relatou ao Aratu On.  

Outrora conhecido pela boemia, farol e praias paradisíacas, o bairro agora acumula pichações e vandalismo. Estão entre as vítimas da degradação monumentos icônicos, como a Sereia de Itapuã, criada em 1958 pelo artista plástico Mário Cravo Júnior, e a estátua de Dorival Caymmi.

Sereia de Itapuã, obra de Mário Cravo Jr. | Fotos: Arquivo Pessoal

"Não há um cuidado com o patrimônio. É óbvio que são as pessoas [responsáveis pelos atos de vandalismo], mas também não existe gestão ou fiscalização por parte da prefeitura", criticou a moradora.  

Para ela, o ordenamento público na região deixa a desejar, assim como a limpeza. "Os barraqueiros tomaram conta das praças, e as pessoas têm que desviar no meio da pista", acrescentou.  

Outro problema apontado por moradores é a grande quantidade de cachorros em situação de rua. Uma segunda entrevistada afirmou que muitos desses animais sofrem maus-tratos. Apesar de ter procurado ajuda de uma ONG, ela destaca que a solução não é simples e que o número de animais nas ruas permanece alto. "Digo até que tem a 'gangue dos cachorros'. Na Rua K tem vários! Às vezes, aparecem cachorros agressivos ou doentes", lamentou.  

Prejuízo

De acordo com dados da Prefeitura de Salvador referentes a 2024, cerca de R$ 45 mil são gastos por mês para remover pichações em equipamentos públicos, prédios e vias. Anualmente, o prejuízo com esses atos fica em torno de R$ 2 milhões.

Violência

Em junho do ano passado, o Aratu On trouxe denúncias de moradores da Vila Militar da Aeronáutica, em Itapuã, em relação à segurança pública. Arrombamentos, venda e consumo de drogas e assaltos eram as principais preocupações dos habitantes. Clique aqui para conferir a matéria.

A reportagem do Aratu On solicitou à Prefeitura esclarecimentos sobre ações realizadas no bairro e se há projetos de requalificação para a região, e aguarda retorno.

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