Empresa responsável por embarcação diz não ter relação com mergulhador desaparecido

A empresa Belov, responsavel pelo aluguel da embarcação para o consórcio da construção da Ponte Salvador-Itaparica, se pronunciou sobre o desaparecimento do mergulhador profissional que trabalha na sondagem do sistema rodoviário da ponte. Williames da Silva Teixeira, de 53 anos, desapareceu na tarde desta segunda-feira (16), durante uma atividade na Baía de Todos-os-Santos, perto da Ponta de Humaitá.

De acordo com a nota, "o contrato da BELOV com a empresa que realiza os serviços em questão é exclusivamente de afretamento (locação) de embarcação, sem o envolvimento de qualquer colaborador do nosso quadro de mergulhadores".

Além disso, a Belov explicou ainda que "os mergulhadores e demais profissionais são contratados diretamente pelo Consórcio responsável pela Ponte Salvador-Itaparica. A BELOV reafirma que não participa do contrato em questão, e apenas aluga a sua embarcação para o consórcio responsável pela construção da Ponte". 

Na tarde da última terça-feira (17), a concessionária Ponte Salvador-Itaparica, responsável pela gestão do empreendimento, se pronunciou e informou que está adotando todas as providências relacionadas à elucidação dos fatos que envolvem o desaparecimento do mergulhador. 

"Desde os primeiros momentos em que foi registrado o desaparecimento, a Concessionária segue monitorando e cobrando os esclarecimentos dos fatos ao Consórcio de Sondagem. Na manhã desta terça (17), diretores da Concessionária convocaram uma reunião com membros da Consórcio de Sondagem para investigar as causas do acidente e cobrar a execução de um plano de ação emergencial pautado na transparência", afirma trecho de nota.

Buscas estão sendo realizadas na regiãos, mas, até o momento, o mergulhador continua desaparecido. A Marinha do Brasil ressaltou que as buscas seguem padrões técnicos e consideram os efeitos de correntes de deriva e ventos observados na área.

Desaparecimento

Williames da Silva Teixeira, de 54 anos, atuava em sondagem relacionada com o sistema rodoviário da Ponte Salvador-Itaparica. Quando o mergulhador desapareceu, o colete e os cilindros que ele usava subiram para a superfície do mar.

Durante entrevista para o Bom Dia Bahia, da TV Aratu, a filha de Williames, Luciana de Jesus, contou que o pai havia voltado a mergulhar para ajudar a custear o curso técnico da outra filha, identificada como Lais. Além disso, a filha informou ainda que não tem informações de qual foi a empresa responsavel pelo serviço ofereciado ao mergulhador.

"Quando perguntamos, eles desviam a informação, mas queria achar o culpado, porque tem culpado. Meu pai era experiente, o mergulho era a paixão dele. Então, perder meu pai para algo que ele amava está doendo muito", contou Luciana.

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