'Corredor de umidade' provoca temporal em Salvador e no interior da Bahia
No Farol da Barra, as estruturas do Carnaval montadas para a Polícia Civil desabaram
Com informações do repórter Raphael Marques, da TV Aratu
As nuvens carregadas chegaram à capital baiana na tarde desta quarta-feira (24/1), acompanhadas de rajadas de vento de até 46 km/h. Não demorou muito e os efeitos atingiram várias regiões da cidade.
No Farol da Barra, as estruturas do Carnaval montadas para a Polícia Civil desabaram, afetando teto, piso e equipamentos. Apesar do susto, ninguém ficou ferido. "Muita gente correndo, tentando se abrigar, mas foi vento, areia, chuva, tudo!", disse uma testemunha à TV Aratu.
Na Federação, parte de uma árvore caiu e atingiu a fiação de um ponto de ônibus. O teto desabou, mas, felizmente, no momento não havia passageiros no local.
Houve alagamento em Águas Claras, e moradores da Rua da Glória tiveram as casas invadidas pela água. No terminal de ônibus do mesmo bairro, além da estação de metrô, passageiros enfrentaram ventos e a água acumulada. Em Cajazeiras VIII também foram registrados pontos de alagamento.
A capital baiana está sob um sistema meteorológico de baixa pressão, que é favorecido com o aumento do calor e também da umidade do ar. Com isso, nuvens carregadas chegam à cidade com chuvas intensas, ainda que rápidas, mas Salvador deve continuar em alerta nos próximos dias.
Segundo a meteorologista do Inmet, Cláudia Valérias, essas chuvas se devem "a um corredor ou canal de umidade que inicialmente se formou a partir de um sistema de baixa pressão sobre o oceano e, na sequência dos dias, acabou formando uma ZCAS [Zona da Convergência do Atlântico Sul], que é a principal responsável pelas chuvas durante essa época do ano na Bahia".
No interior do estado a situação é mais complicada, e pelo menos 40 cidades podem receber grandes volumes de chuva. Na região da Chapada Diamantina, os rios subiram e o volume impressiona, como registrado em Rio de Contas.
No sul da Bahia, Ilhéus está em alerta vermelho. A cidade registrou o segundo maior acumulado de chuvas do Brasil, com mais de 200 mm até agora, o que era esperado para 30 dias. As avenidas do Centro, como a Soares Lopes e a Milton Santos, em Cidade Nova, ficaram alagadas.
Até as estradas foram afetadas. Árvores caíram na BR-415, entre Itabuna e Ilhéus, mas nenhum acidente foi registrado. À TV Aratu, a Gerente da Defesa Civil de Ilhéus, Camilla Maria Torres, informou que ainda há previsão de 150 mm até sexta-feira (26), e 190 mm até domingo (28). "Então quero pedir a vocês para tomar cuidado e acionar a Defesa Civil", disse.
Veja abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=2y67yDzGozA&ab_channel=TVAratu
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