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Babá que se jogou de 3º andar em Salvador fala sobre agressões sofridas no trabalho e diz que vai buscar justiça

Na conversa, a babá contou como era o dia-a-dia na residência e revelou que "vai correr atrás de Justiça" contra à patroa. 

Por Da Redação

Babá que se jogou de 3º andar em Salvador fala sobre agressões sofridas no trabalho e diz que vai buscar justiçaLícia Fontenele / TV Aratu

A babá Raiana Ribeiro da Silva, de 25 anos, que se jogou do terceiro andar de um prédio no bairro do Imbuí, em Salvador, para fugir da patroa que, segundo a jovem, a agredia e a mantinha em cárcere privado, deixou o hospital.


Sob um cama - por conta de fraturas no pé -, Raiana concedeu entrevista e relatou o ocorrido à repórter Lícia Fontenele, da TV Aratu. O caso aconteceu nesta última quarta-feira (25/8). 


Na conversa, a babá contou como era o dia-a-dia na residência e revelou que "vai correr atrás de justiça" contra a patroa. 




"Eu não sou obrigada a ficar num lugar que não me agrada. Ela tinha que me deixar ir. Quando eu cheguei ela não conversou comigo, só falou quando voltou da rua. Aí, ela disse que ia assinar minha carteira em janeiro. Na terça-feira, quando eu falei que ia embora, ela não aceitou. Não teve motivo nenhum para ela me agredir. Eu disse que só ia ficar até quarta-feira. Aí, ela falou: 'ah, vagabunda...você vai ver como vai sair daqui'. Aí, começou a esculhambar minha mãe, minhas tias", revela. 


Depois do início das agressões verbais, Raiana conta que a patroa passou a ficar "o tempo todo em casa". "A chave ficava no bolso dela", conta a trabalhadora, que despencou do terceiro andar do prédio ao tentar fugir.


"Quando eu vi o basculante do banheiro, tentei sair. Achava que alcançava a outra janela, mas não alcancei e me soltei. Fiquei pendurada em um 'degrauzinho' onde estende roupa, mas não alcancei a outra janela, me soltei e caí". 


INVESTIGAÇÃO


Na quarta-feira (25/8), a Polícia Civil informou que a 9ª Delegacia Territorial (DT/Boca do Rio) investigará o caso. Aos agentes do posto policial do Hospital Geral do Estado, Raiana já tinha informado que havia começado a trabalhar no local, há oito dias, mas após decidir deixar o emprego começaram as agressões por parte da patroa.


À PC ela relatou que ficou confinada em um cômodo da casa, além de ter seu celular retido pela empregadora. A 9ª DT já iniciou as providências em relação à ocorrência, mas detalhes não estão sendo divulgados para não prejudicar as investigações.


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