Advogado de caso Mãe Bernadete diz ter visto carros suspeitos em frente à sua casa: 'família desesperada'
Os carros que apareceram na porta do advogado não tem restrição de roubo e as placas condizem com os veículos
O advogado David Menezes, responsável pela representação jurídica de familiares de Mãe Bernadete, relatou em mensagens por aplicativo ter notado a presença de "carros suspeitos" parados na porta de sua casa, na madrugada desta sexta-feira (1/9). De acordo com ele, a sua família ficou 'desesperada", especialmente pelo histórico de violência que envolve toda a história.
As mensagens foram disparadas pelo próprio jurista, enquanto estava fora de sua residência. Segundo ele, parentes que estavam dentro da casa teriam percebido uma movimentação estranha, de dois veículos, e feito as imagens, uma vez que se sentiram inseguros.
Os carros, que se tratam de uma Sprinter Branca e um Fiat Freemont também branco, segundo apuração do Aratu On, não têm restrição de roubo e suas respectivas placas batem com os modelos dos carros.
A reportagem ouviu Jurandir Pacífico, filho de Mãe Bernadete, que estava com o advogado no momento em que tudo aconteceu. Os dois acompanharam de longe o medo dos familiares de David. "Criamos coragem e fomos levar David até sua casa. Ele entrou bem", explicou.
De acordo com Menezes, a Polícia Militar foi acionada, através do 190, em pelo menos três oportunidades, mas nenhuma viatura foi enviada para verificar a situação. A assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que a situação será apurada pelo órgão.
PROGRAMA DE PROTEÇÃO
David Menezes, que também era advogado da própria líder quilombola e yalorixá, Mãe Bernadete, entrou com um pedido para ser incluído no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas (PPDDH). Ao Aratu On, ele revelou já ter sido perseguido, e diz que também foi alvo de ameaças “simbólicas”, deixadas em sua casa.
Segundo o processo de solicitação, ao qual o Aratu On teve acesso, o advogado revela que começou na militância com a fundação do Instituto Malê de Acesso à Justiça e Cidadania (IMAJ), do qual é sócio-fundador e diretor jurídico. A partir deste momento, ele relata ter sofrido ao menos três ameaças, envolvendo duas perseguições de carro e o fato de uma poça de sangue ter sido deixada na porta de sua residência.
https://youtu.be/WX5yeAjBvtQ
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