'Acho que vai ter greve de ônibus em Salvador', diz líder dos rodoviários

Presidente do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Hélio Ferreira considera que “o clima está muito para greve de ônibus em Salvador”. Atualmente, a categoria encontra-se em estado de greve desde a quinta-feira (15) e, nesta terça-feira (20), uma reunião pode selar a formalização da paralisação das atividades dos funcionários do sistema.

“Acho que este ano vai ter greve. Os empresários estão contra a pauta”, afirmou o dirigente, em entrevista exclusiva ao Aratu On, nesta segunda-feira (19).

Na quinta-feira (15), os rodoviários mantiveram o estado de greve diante do impasse.

Haverá, nesta terça, às 10h, nova rodada de negociações com mediação do Ministério Público do Trabalho (MTE). Na mesa, rodoviários e empresários do Consórcio Integra tentarão evitar a oficialização do movimento grevista.

A última greve de ônibus em Salvador aconteceu no dia 23 de março de 2018 por conta de divergências sobre questões salariais.10 de abr. de 2025.

O que pode contribuir para ter greve de ônibus em Salvador?

Segundo Hélio Ferreira, a contraproposta realizada pelos empresários retira direitos conquistados pela categoria. “Eles estão querendo voltar ao banco de horas pior do que era antes, querendo tirar um domingo de folga nossa e querendo aumentar o contrato de jornada parcial e outras coisas a mais”, explicou.

O dirigente aponta que os donos das empresas justificam crise do transporte público como justificativa para não atender as reivindicações dos rodoviários. 

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O que é estado de greve?

O estado de greve é uma deliberação formal tomada por uma categoria profissional, geralmente por meio de assembleia convocada pelo sindicato, que sinaliza a possibilidade de paralisação das atividades, caso as negociações com os empregadores não avancem.

Embora não represente a paralisação imediata dos serviços, o estado de greve indica que os trabalhadores estão em alerta e mobilizados. A decisão pode ser vista como uma etapa preparatória, prevista no ordenamento jurídico, para o exercício do direito de greve, assegurado pela Constituição Federal.

De acordo com a legislação brasileira, os trabalhadores devem comunicar aos empregadores e à população a intenção de iniciar uma greve com, no mínimo, 72 horas (três dias) de antecedência. O estado de greve cumpre essa função ao estabelecer o início desse prazo e criar um ambiente de pressão legítima durante as negociações coletivas.

Durante esse período, o sindicato pode convocar novas assembleias, promover atos públicos e negociar com as empresas, buscando um acordo que evite a interrupção dos serviços.