Mãe acusa dono de restaurante de convidar sua filha de 15 anos para “passeio de lancha"
Ainda conforme a genitora, Pedro também ofereceu às meninas entradas em uma boate a qual ele estaria abrindo
redes sociais
Através de publicações nas redes sociais, a mãe de uma jovem de 15 anos acusa o empresário Pedro Miguel, sócio de um restaurante, localizado em um shopping da capital baiana, de assediar diversas vezes sua filha e duas amigas, que jantavam no estabelecimento na última sexta-feira (3/3).
Em entrevista para o Aratu On, Paloma Portela informou que as meninas entraram no estabelecimento, pediram uma mesa e jantaram no local por volta das 21h. Em determinado momento, as jovens foram abordadas pelo homem. “Ele chegou na mesa delas e ofereceu uma bebida com álcool, elas recusaram, informaram serem menores. Em diversos momentos, ele voltou à mesa das meninas, chegou a se sentar, ofereceu um passeio de lancha para elas, e até chegou a oferecer uma viagem”, detalhou a responsável.
Ainda conforme a genitora, Pedro também ofereceu às meninas entradas em uma boate a qual ele estaria abrindo. Somado aos supostos convites, Pedro teria influenciado uma das meninas a criar um grupo no WhatsApp com ele. “Uma delas, mais medrosa, ficou coagida e criou o grupo. Assim que elas voltaram para casa, orientei a saírem do grupo e deixar apenas ele”, detalhou a mãe.
Por meio de nota destinada à imprensa, a 33 Steakhouse informou que a empresa e seus sócios repudiam qualquer tipo de assédio e está tomando todas as medidas cabíveis para o melhor esclarecimento da situação. "Primamos pela excelência no atendimento, comprovados ao longo da nossa existência, pautados pelo bem servir aos baianos, e fiéis os nossos valores, bem como da sociedade", completou a nota.
Em conversa por telefone, a assessora do estabelecimento, que também responde pelo empresário, afirmou que Pedro Miguel chegou a oferecer os drinks, mas por ser parte da personalidade dele recepcionar bem todas as pessoas. “Ele é alegre, expansivo e após oferecer, quando soube serem menores, saiu de perto da mesa. Para ele foi uma grande surpresa, tanto a idade delas, quanto qualquer desconforto", afirmou.
GRUPO DO WHATSAPP
Uma captura de tela retirada do celular da menina e enviada pela mãe mostra um grupo de WhatsApp onde apenas o número de Pedro Miguel é visto como administrador. O grupo foi criado na sexta-feira (3/3), por volta das 21h, no mesmo momento em que as garotas jantavam no restaurante.
A equipe do restaurante também questionou os detalhes da criação do grupo. “O que foi que ele fez para elas se sentirem coagidas? Queria entender o que significa elas serem coagidas a criar um grupo, ou entrar num grupo? Ele pegou o celular delas a força? O que é coagir em um restaurante? Em um lugar público com tanta gente do lado? São tantas mesas”, indagou a assessora.
“Pedro está a mais de 20 anos, a marca tem reputação, tem imagem, ele iria fazer o que ali na frente de todo mundo? Vamos imaginar o contexto e apelar para o bom-senso. Temos que ver o que elas acharam, e perceber a percepção delas ... se houve falha, ok, mas dai achar que é uma coisa X ou que é crime. Ele não tem ficha criminal, é um empresário estabelecido, com filhos, inclusive”, completou a profissional.
Conforme o restaurante, o grupo foi criado em mútuo acordo dos envolvidos, com objetivo de convidar as jovens para a inauguração de uma balada na parte de cima do estabelecimento nas próximas semanas. Somado a isso, a equipe voltou a negar qualquer tratamento ruim do gestor. "Temos filmagens da interação entre as jovens e o Pedro, vamos entregar a justiça.", afirmou.
INVESTIGAÇÃO
A Polícia Civil informou que está investigando a ocorrência, que será liderada pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (DERCA). O dono do restaurante ainda não prestou depoimento.
Paloma compareceu junto a outras mães e as três vítimas à sede da DERCA, ainda na noite de sexta-feira, logo depois das meninas terem chegado em casa e abrirem um Boletim de Ocorrência. O empresário poderá ser acusado de “aliciar, assediar, instigar, por qualquer meio de comunicação, criança, com fim de, com ela, praticar ato libidinoso (ART-241-D da lei 8.069/1990 — Estatuto da Criança e do adolescente)".
LEIA MAIS: Na CCJ da AL-BA, deputados aprovam relatório com indicação de Aline Peixoto ao TCM
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Em entrevista para o Aratu On, Paloma Portela informou que as meninas entraram no estabelecimento, pediram uma mesa e jantaram no local por volta das 21h. Em determinado momento, as jovens foram abordadas pelo homem. “Ele chegou na mesa delas e ofereceu uma bebida com álcool, elas recusaram, informaram serem menores. Em diversos momentos, ele voltou à mesa das meninas, chegou a se sentar, ofereceu um passeio de lancha para elas, e até chegou a oferecer uma viagem”, detalhou a responsável.
Ainda conforme a genitora, Pedro também ofereceu às meninas entradas em uma boate a qual ele estaria abrindo. Somado aos supostos convites, Pedro teria influenciado uma das meninas a criar um grupo no WhatsApp com ele. “Uma delas, mais medrosa, ficou coagida e criou o grupo. Assim que elas voltaram para casa, orientei a saírem do grupo e deixar apenas ele”, detalhou a mãe.
Por meio de nota destinada à imprensa, a 33 Steakhouse informou que a empresa e seus sócios repudiam qualquer tipo de assédio e está tomando todas as medidas cabíveis para o melhor esclarecimento da situação. "Primamos pela excelência no atendimento, comprovados ao longo da nossa existência, pautados pelo bem servir aos baianos, e fiéis os nossos valores, bem como da sociedade", completou a nota.
Em conversa por telefone, a assessora do estabelecimento, que também responde pelo empresário, afirmou que Pedro Miguel chegou a oferecer os drinks, mas por ser parte da personalidade dele recepcionar bem todas as pessoas. “Ele é alegre, expansivo e após oferecer, quando soube serem menores, saiu de perto da mesa. Para ele foi uma grande surpresa, tanto a idade delas, quanto qualquer desconforto", afirmou.
GRUPO DO WHATSAPP
Uma captura de tela retirada do celular da menina e enviada pela mãe mostra um grupo de WhatsApp onde apenas o número de Pedro Miguel é visto como administrador. O grupo foi criado na sexta-feira (3/3), por volta das 21h, no mesmo momento em que as garotas jantavam no restaurante.
A equipe do restaurante também questionou os detalhes da criação do grupo. “O que foi que ele fez para elas se sentirem coagidas? Queria entender o que significa elas serem coagidas a criar um grupo, ou entrar num grupo? Ele pegou o celular delas a força? O que é coagir em um restaurante? Em um lugar público com tanta gente do lado? São tantas mesas”, indagou a assessora.
“Pedro está a mais de 20 anos, a marca tem reputação, tem imagem, ele iria fazer o que ali na frente de todo mundo? Vamos imaginar o contexto e apelar para o bom-senso. Temos que ver o que elas acharam, e perceber a percepção delas ... se houve falha, ok, mas dai achar que é uma coisa X ou que é crime. Ele não tem ficha criminal, é um empresário estabelecido, com filhos, inclusive”, completou a profissional.
Conforme o restaurante, o grupo foi criado em mútuo acordo dos envolvidos, com objetivo de convidar as jovens para a inauguração de uma balada na parte de cima do estabelecimento nas próximas semanas. Somado a isso, a equipe voltou a negar qualquer tratamento ruim do gestor. "Temos filmagens da interação entre as jovens e o Pedro, vamos entregar a justiça.", afirmou.
INVESTIGAÇÃO
A Polícia Civil informou que está investigando a ocorrência, que será liderada pela Delegacia Especializada de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescente (DERCA). O dono do restaurante ainda não prestou depoimento.
Paloma compareceu junto a outras mães e as três vítimas à sede da DERCA, ainda na noite de sexta-feira, logo depois das meninas terem chegado em casa e abrirem um Boletim de Ocorrência. O empresário poderá ser acusado de “aliciar, assediar, instigar, por qualquer meio de comunicação, criança, com fim de, com ela, praticar ato libidinoso (ART-241-D da lei 8.069/1990 — Estatuto da Criança e do adolescente)".
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