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Contrato de R$ 18,6 milhões entre prefeitura de Salvador e Hospital Santa Clara é alvo de operação do MP-BA

Um vereador de Salvador teria ajudado na contratação de uma entidade fantasma, sem capacidade para a prestação dos serviços. Segundo as investigações, isto resultou em prejuízo financeiro para o município de Salvador e no enriquecimento dos investigados.

Por Lorena Dias

Contrato de R$ 18,6 milhões entre prefeitura de Salvador e Hospital Santa Clara é alvo de operação do MP-BADivulgação/MPBA

Um contrato de R$ 18,6 milhões entre a Prefeitura de Salvador e o Hospital Santa Clara é alvo de investigação do Ministério Publico da Bahia. A 'Operação Pandemia' ocorre contra investigados por suposto envolvimento em irregularidades na contratação de serviços de saúde relacionados ao tratamento ambulatorial e à internação de pacientes com Covid-19, em agosto de 2020. A investigação do MP apura, ainda, a participação de um vereador de Salvador, que teria ajudado na contratação de uma entidade fantasma, sem capacidade técnica ou profissional para a prestação de serviço. Os nomes dos investigados não foram revelados. 


Na manhã desta quarta-feira (14/12), foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e profissionais de sete investigados, sendo quatro na capital, dois em Lauro de Freitas, três em Feira de Santana e dois em Teixeira de Freitas, na Bahia. Outros dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos no município de São João D'Aliança, no estado de Goiás, e um em Brasília. Durante a operação, foram apreendidos celulares, pendrives, computadores e documentos.


Segundo as investigações, a contratação do Hospital Santa Clara resultou em prejuízo financeiro para o Município de Salvador e em desassistência à saúde da população, já que os valores destinados à aquisição de insumos e medicamentos teriam sido desviados pela entidade contratada. O desvio teria gerado enriquecimento de investigados em detrimento da saúde das pessoas atendidas no hospital e dos profissionais que trabalharam no local. 


Os investigados poderão responder pelas práticas de modificação ou pagamento irregular de contrato administrativo, além dos crimes de peculato, associação criminosa, e lavagem de dinheiro.


LEIA MAIS: MP aciona instituições financeiras por cobranças abusivas e inscrições indevidas no SPC


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