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Líder comunitário executado em Paripe tinha posse de pistola calibre 380

A execução de Valdemar Marinho foi a quarta, somente no domingo, no Subúrbio de Salvador.

Por Jean Mendes

Líder comunitário executado em Paripe tinha posse de pistola calibre 380arquivo pessoal

Foi enterrado, na tarde desta segunda-feira (7/11), o corpo do líder comunitário Valdemar Marinho Santos Filho, conhecido como Júnior Marinho. Ele foi executado com vários tiros na porta de casa, na manhã de domingo (6/11), na BA-528 (Estrada do Derba), já no bairro de Paripe, em Salvador. 


O caso está sendo apurado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Oficialmente, o órgão não deu detalhes do crime. A vítima estava limpando a calçada quando foi surpreendida por pelo menos dois homens. Vizinhos dizem ter ouvido vários tiros e os bandidos fugiram logo em seguida. 



A reportagem do Aratu On apurou que Júnior Marinho teve, pelo menos até agosto, registro para a posse de uma pistola calibre 380. Por não possuir o porte da arma, ele foi apresentado pela Polícia Militar após ser flagrado no ano de 2018 na 5ª Delegacia Territorial (DT/Paripe). Foram apresentadas ainda 16 munições. 


Na ocorrência, policiais militares da 19ª Companhia Independente disseram que faziam rondas no bairro de Paripe quando resolveram abordar Marinho. Com ele, foi encontrada a pistola, que era registrada. Na época, a fiança foi estipulada em R$ 4 mil. O motivo para o líder comunitário ter uma arma ainda é um mistério. 


"Ele era um líder que fazia um trabalho para sua comunidade. O líder está aberto para conversar com todos da comunidade, quem seja [...] Ele tinha um trabalho social. Ele formava pessoas para que fossem do bem", disse, à reportagem do Grupo Aratu, o também líder comunitário conhecido como Gil, amigo de Marinho. 



"Estamos em choque, pois foi uma coisa inesperada. Todos os líderes comunitários estão tristes com isso. Ele só fazia ajudar as pessoas. A gente é contra qualquer tipo de violência", completou Gil.  Júnior Marinho foi candidato a vereador de Salvador em 2020, mas obteve 166 votos e não conseguiu se eleger. 


SUBÚRBIO SANGRENTO 


A execução de Valdemar Marinho foi a quarta, somente no domingo, no Subúrbio de Salvador. As outras, segundo o Boletim Diário da Secretaria da Segurança Pública, ocorreram nos bairros do Lobato, Rio Sena e São Tomé de Paripe. Os detalhes dos crimes não foram informados pelas Polícias Militar e Civil. 


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