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Quem foi Zumbi dos Palmares? Conheça a história do Dia da Consciência Negra
O Dia da Consciência Negra marca a morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares assassinado em 1695
Por Bruna Castelo Branco.
O Dia da Consciência Negra é celebrado nesta quinta-feira (20), feriado nacional desde 2024. A data marca a morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares assassinado em 1695. O território, um dos maiores quilombos do período colonial, tornou-se símbolo de resistência contra a escravização no Brasil. Com informações da Agência Brasil.
O reconhecimento da data levou décadas. A escolha pelo 20 de novembro surgiu em 1971, durante a ditadura militar, por iniciativa de um grupo de estudantes e militantes negros de Porto Alegre. Eles questionavam a centralidade das comemorações do 13 de maio, dia da assinatura da Lei Áurea, e buscavam um marco que homenageasse a luta da população negra. O coletivo, formado por Oliveira Ferreira da Silveira, Ilmo Silva, Vilmar Nunes e Antônio Carlos Cortes, viria a se denominar Grupo Palmares.
Quem foi Zumbi
O Quilombo dos Palmares se formou por volta de 1600 com a reunião de negros fugidos dos engenhos de açúcar da Zona da Mata, instalados na Serra da Barriga, atual União dos Palmares, Alagoas. A comunidade chegou a abrigar mais de 30 mil pessoas e resistiu a ataques de tropas portuguesas e holandesas ao longo do século 17. O território reunia diversas aldeias com nomes de origem africana, indígena e portuguesa.
Zumbi nasceu livre em Palmares, possivelmente em 1655, e seria descendente do povo imbamgala ou jaga, de Angola. Ainda criança, foi capturado em uma investida portuguesa e entregue a um padre, que o batizou como Francisco e lhe ensinou português e latim. Aos 15 anos, fugiu e retornou ao quilombo, adotando o nome Zumbi.
Aos 25 anos, tornou-se líder de Palmares, comandando a resistência contra ataques coloniais. Em 1694, após nova ofensiva portuguesa que destruiu a Aldeia do Macaco, principal núcleo do quilombo, Zumbi foi ferido, mas conseguiu fugir. Permaneceu na mata por mais de um ano, realizando ataques a aldeias portuguesas. Em 20 de novembro de 1695, ele foi localizado, morto e esquartejado por tropas coloniais.
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