Tatau reflete sobre futuro do axé: 'Não queria que ficasse só em mim'
Ícones como Tatau refletem sobre o futuro do axé music e a necessidade de renovação para manter viva a essência do ritmo baiano
Fonte: Murillo Motta
Completando 40 anos de história, o axé music chega ao Carnaval de 2025 como um dos pilares da música baiana, celebrando artistas que ajudaram a construir o gênero, como Luiz Caldas, Sarajane e Márcia Freire. No entanto, uma pergunta se torna cada vez mais recorrente: quem dará continuidade ao axé quando esses grandes nomes se aposentarem?
Conversamos com o cantor e compositor Tatau, que também celebra quatro décadas de um dos maiores hinos do axé, "Protesto Olodum". O artista reflete sobre o futuro do gênero e a importância de incentivar novos talentos a manterem viva a identidade do axé music.
"Sempre há tempo pra tudo, eu não queria que o axé ficasse só em mim... Eu queria que o axé continuasse caminhando. Vou continuar motivando essa nova geração a fazer algo que é muito bacana. Quando eles começarem a olhar o axé um pouco além da parte financeira... porque o axé abraça a cultura. A música 'Protesto Olodum' completa 40 anos e eu queria que esse tipo de recado continuasse com a nova geração que está chegando."
Pioneiros do Axé Music celebram 40 anos do gênero. / Foto: Redes Sociais
Diferente de outros gêneros musicais, o axé não tem sido amplamente adotado por novas gerações, tornando raro o surgimento de novos artistas no segmento. Jovens e adolescentes, que antes cresciam embalados pelos grandes sucessos do gênero, hoje são mais influenciados por outros estilos musicais.
A declaração de Tatau reforça a necessidade de renovação, para que o axé siga pulsando nas ruas , nos trios elétricos e nos corações dos foliões. O desafio, agora, é encontrar os novos herdeiros desse legado e garantir que o ritmo continue sua trajetória.
Siga a gente no Insta, Facebook e no X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).