‘É o Tchan quebrou preconceitos e conquistou o mundo’, diz diretor da UBC
Marcelo Castello Branco ressaltou a qualidade e a relevância da música baiana no cenário musical global
Por João Brandão.
Em entrevista ao programa Linha de Frente, da TV Aratu, apresentado por Pablo Reis, o diretor executivo da União Brasileira de Compositores (UBC), Marcelo Castello Branco, ressaltou a qualidade e a relevância da música baiana no cenário musical global. Durante a conversa, ele destacou a exportação do pagode baiano e do Axé Music, mencionando especialmente o sucesso do É o Tchan na América Latina e a contribuição de Max Pierre, então diretor da Polygram, na expansão internacional do gênero.
“A qualidade musical era muito alta. Houve muito preconceito, não só com o Axé, mas também, principalmente, com o Tchan, até o Paulinho da Viola chegar na Veja e falar que era o samba de roda da Bahia, que era de uma qualidade muito boa, e era mesmo. Era impossível ficar parado ouvindo o Tchan, e a criatividade na coreografia era inigualável”, afirmou Castello Branco.
Ele ainda pontuou que a música baiana se consolidou como um fenômeno internacional e foi uma das apostas da administração da Polygram Universal na época. Segundo ele, a gravadora investiu fortemente na qualidade da produção musical, realizando gravações em Los Angeles e videoclipes na Bahia, buscando elevar o Axé Music ao nível de música pop brasileira com potencial de exportação.
“Essa migração de algo mais local para algo internacional, com padrões de qualidade, foi fundamental. Não economizamos nesse sentido e não me arrependo em momento nenhum, porque deixamos um legado e um catálogo maravilhoso”, destacou.
Castello Branco também defendeu que, ao celebrar os 40 anos do Axé, é importante olhar para o futuro e considerar uma reinvenção do gênero, mantendo sua essência, mas com novas influências e formatos. Para ele, a música baiana tem potencial para retomar o protagonismo no cenário internacional.
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