Fogos, ceia e visitas: como proteger os pets nas festas de fim de ano

Quebra da rotina e o barulho excessivo exigem atenção redobrada na hora de proteger os pets

Por Anna Caroline Santiago.

As celebrações de dezembro são momentos de união familiar, e para os pais de pets, isso inclui os animais de estimação. A quebra da rotina, o barulho excessivo e o acesso a alimentos inadequados exigem atenção redobrada dos tutores para evitar emergências veterinárias.

Fogos, ceia e visitas: como proteger os pets nas festas de fim de ano.Foto: Freepik

Fogos de artifício

Assim como ocorre nas festas juninas, os fogos de artifício voltam a representar um problema para os animais durante as comemorações de fim de ano. 

Ruídos festivos podem ultrapassar 150 decibéis, nível ensurdecedor para a audição sensível de cães e gatos. Esse estresse acústico costuma desencadear quadros de ansiedade e comportamentos de risco, como:

  • Sintomas físicos: Tremores, taquicardia e salivação excessiva;

  • Comportamento: Tentativas de fuga, vocalização alta e atitudes destrutivas;

  • Quadros graves: Crises de pânico e até convulsões.

Em entrevista ao SBT News, o professor de Medicina Veterinária da UNG, Diego de Mattos, recomenda a criação de um "refúgio" doméstico. "O tutor deve preparar um cômodo silencioso, com luz baixa e itens familiares, como caminha e brinquedos, para que o animal se sinta protegido", orienta.

Ceia segura

A culinária típica do Natal e Réveillon esconde perigos químicos para o metabolismo animal. O chocolate, por exemplo, contém teobromina e cafeína, substâncias altamente tóxicas para pets.

Alimentos proibidos no cardápio animal:

  • Tóxicos diretos: Uva-passa, cebola, alho, nozes e bebidas alcoólicas;

  • Risco inflamatório: Carnes gordurosas ou temperadas (podem causar pancreatite);

  • Risco físico: Ossos cozidos, que podem lascar e perfurar o sistema digestivo;

  • Fermentados: Massas cruas de pães ou bolos.

Como incluir o pet na comemoração?

Para quem não quer deixar o animal de fora, a estratégia é a substituição. "O ideal é não oferecer restos da mesa. Se quiser agradar, prepare opções seguras como carnes magras cozidas apenas em água, legumes permitidos ou petiscos específicos para o mercado pet", aconselha Mattos.

Foto: Freepik

Como viajar com pets de forma segura durante o período de férias

Com a chegada do período de férias e o aumento da oferta de destinos pet friendly, cresce o número de animais que acompanham os tutores em viagens. Para que o passeio não se transforme em transtornos, especialistas alertam para cuidados essenciais que garantem segurança, saúde e bem-estar aos pets.

Segundo o médico-veterinário e professor da Universidade Salvador (Unifacs), José Pereira, a atenção deve começar ainda no planejamento do deslocamento. Em viagens de carro, a recomendação é o uso adequado de dispositivos de segurança.

“Para quem vai viajar de carro, por exemplo, o ideal é colocar o pet em uma caixa de transporte e deixá-la presa com cinto de segurança. No caso de animais de porte grande ou gigante, eles devem estar com rede de proteção e utilizando cinto de segurança”, explica. Ele também destaca a importância de programar paradas regulares para hidratação e necessidades fisiológicas dos animais.

Já em viagens aéreas, os cuidados devem ser redobrados. “Temos que ter cuidado com algumas raças, entre elas os braquicefálicos (animais com crânios curtos e largos e focinhos achatados), que historicamente têm dificuldades respiratórias”, alerta o especialista. Outro ponto citado por ele é a definição do local onde o animal será transportado. “O local onde o pet vai estar durante a viagem, se na cabine, onde o porte e o peso influenciam na decisão, ou se despachado em um ambiente especial para o transporte animal”, completa.

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