Fogos, ceia e visitas: como proteger os pets nas festas de fim de ano
Quebra da rotina e o barulho excessivo exigem atenção redobrada na hora de proteger os pets
As celebrações de dezembro são momentos de união familiar, e para os pais de pets, isso inclui os animais de estimação. A quebra da rotina, o barulho excessivo e o acesso a alimentos inadequados exigem atenção redobrada dos tutores para evitar emergências veterinárias.

Fogos de artifício
Assim como ocorre nas festas juninas, os fogos de artifício voltam a representar um problema para os animais durante as comemorações de fim de ano.
Ruídos festivos podem ultrapassar 150 decibéis, nível ensurdecedor para a audição sensível de cães e gatos. Esse estresse acústico costuma desencadear quadros de ansiedade e comportamentos de risco, como:
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Sintomas físicos: Tremores, taquicardia e salivação excessiva;
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Comportamento: Tentativas de fuga, vocalização alta e atitudes destrutivas;
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Quadros graves: Crises de pânico e até convulsões.
Em entrevista ao SBT News, o professor de Medicina Veterinária da UNG, Diego de Mattos, recomenda a criação de um "refúgio" doméstico. "O tutor deve preparar um cômodo silencioso, com luz baixa e itens familiares, como caminha e brinquedos, para que o animal se sinta protegido", orienta.
Ceia segura
A culinária típica do Natal e Réveillon esconde perigos químicos para o metabolismo animal. O chocolate, por exemplo, contém teobromina e cafeína, substâncias altamente tóxicas para pets.
Alimentos proibidos no cardápio animal:
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Tóxicos diretos: Uva-passa, cebola, alho, nozes e bebidas alcoólicas;
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Risco inflamatório: Carnes gordurosas ou temperadas (podem causar pancreatite);
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Risco físico: Ossos cozidos, que podem lascar e perfurar o sistema digestivo;
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Fermentados: Massas cruas de pães ou bolos.
Como incluir o pet na comemoração?
Para quem não quer deixar o animal de fora, a estratégia é a substituição. "O ideal é não oferecer restos da mesa. Se quiser agradar, prepare opções seguras como carnes magras cozidas apenas em água, legumes permitidos ou petiscos específicos para o mercado pet", aconselha Mattos.

Como viajar com pets de forma segura durante o período de férias
Com a chegada do período de férias e o aumento da oferta de destinos pet friendly, cresce o número de animais que acompanham os tutores em viagens. Para que o passeio não se transforme em transtornos, especialistas alertam para cuidados essenciais que garantem segurança, saúde e bem-estar aos pets.
Segundo o médico-veterinário e professor da Universidade Salvador (Unifacs), José Pereira, a atenção deve começar ainda no planejamento do deslocamento. Em viagens de carro, a recomendação é o uso adequado de dispositivos de segurança.
“Para quem vai viajar de carro, por exemplo, o ideal é colocar o pet em uma caixa de transporte e deixá-la presa com cinto de segurança. No caso de animais de porte grande ou gigante, eles devem estar com rede de proteção e utilizando cinto de segurança”, explica. Ele também destaca a importância de programar paradas regulares para hidratação e necessidades fisiológicas dos animais.
Já em viagens aéreas, os cuidados devem ser redobrados. “Temos que ter cuidado com algumas raças, entre elas os braquicefálicos (animais com crânios curtos e largos e focinhos achatados), que historicamente têm dificuldades respiratórias”, alerta o especialista. Outro ponto citado por ele é a definição do local onde o animal será transportado. “O local onde o pet vai estar durante a viagem, se na cabine, onde o porte e o peso influenciam na decisão, ou se despachado em um ambiente especial para o transporte animal”, completa.
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