Saúde mental dos brasileiros no perido pós-pandemia é considerado uma das piores do mundo
Relatório internacional aponta que mais de um terço dos brasileiros está "angustiado"
Créditos da foto: Ilustrativa/Pexels
Os imapctos da pandemia de Covid-19 na saúde emocional afetaram diversos países, especialmente o Brasil. De acordo com relatório da Global Mind Project, que divulga dados anuais sobre o bem-estar do planeta, o Brasil ocupa a última posição da recuperaçao do 'bem-estar-mental 'na pós-pandemia, acompanhado da África do Sul e do Reino Unido.
De acordo com os dados do estudo, que busca mapear a situação e entender as tendências e propor medidas de prevenção de saúde-mental, no Brasil, a proporção dos angustiados é de 34% e jovens com menos de 35 anos são os mais afetados. Ainda de acordo com o estudo, a persistência dos baixos índices de saúde mental pode indicar que as novas dinâmicas trazidas pela pandemia, como trabalho remoto, hiperconectividade e mudanças no estilo de vida, podem estar dificultando o retorno aos níveis anteriores de bem-estar emocional.
Segundo avaliação feita pelo psiquiatra Elton Kanomata, do Hospital Israelita Albert Einstein, a pandemia de Covid-19 teve um impacto significativo na saúde mental devido a uma série de fatores estressantes, como isolamento social, preocupações com a saúde, incertezas econômicas e perda de entes queridos. “O Brasil foi afetado de forma significativa, com altas taxas de infecção, mortalidade e abalo econômico. O impacto prolongado da pandemia pode ter contribuído para o quadro de estresse crônico e ansiedade, comprometendo a saúde mental da população” - completou o médico.
Confira outros fatores associados:
-Ganhar o primeiro smartphone precocemente, comer com frequência alimentos ultraprocessados e a falta de relações familiares e amizades estão associados à piora na saúde mental.
-Os alimentos ultraprocessados, por sua vez, são geralmente ricos em gorduras saturadas, açúcares refinados e aditivos, e diversos estudos sugerem que a qualidade da dieta pode afetar a saúde mental. O relatório apontou que mais da metade dos que comem ultraprocessados diariamente está na categoria “angustiados” ou “se debatendo”, comparado a apenas 18% dos que raramente comem esse tipo de alimento.
-Já as relações sociais e familiares têm um papel crucial na saúde mental das pessoas. “Um ambiente familiar positivo, com apoio emocional, comunicação aberta e relações saudáveis, promove o bem-estar emocional e ajuda a proteger contra problemas de saúde mental. Por outro lado, conflitos familiares, falta de apoio e disfunção familiar podem aumentar o risco de desenvolver problemas de saúde mental”, lembra o psiquiatra do Einstein. Para o especialista, é importante reconhecer esses desafios e implementar estratégias eficazes de autocuidado e suporte emocional para lidar com eles.
*Com informações da Agência Einstein*
LEIA MAIS: Mesmo com gaúchos na disputa, Série C e D não tem previsão de paralisação pela CBF
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De acordo com os dados do estudo, que busca mapear a situação e entender as tendências e propor medidas de prevenção de saúde-mental, no Brasil, a proporção dos angustiados é de 34% e jovens com menos de 35 anos são os mais afetados. Ainda de acordo com o estudo, a persistência dos baixos índices de saúde mental pode indicar que as novas dinâmicas trazidas pela pandemia, como trabalho remoto, hiperconectividade e mudanças no estilo de vida, podem estar dificultando o retorno aos níveis anteriores de bem-estar emocional.
Segundo avaliação feita pelo psiquiatra Elton Kanomata, do Hospital Israelita Albert Einstein, a pandemia de Covid-19 teve um impacto significativo na saúde mental devido a uma série de fatores estressantes, como isolamento social, preocupações com a saúde, incertezas econômicas e perda de entes queridos. “O Brasil foi afetado de forma significativa, com altas taxas de infecção, mortalidade e abalo econômico. O impacto prolongado da pandemia pode ter contribuído para o quadro de estresse crônico e ansiedade, comprometendo a saúde mental da população” - completou o médico.
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-Já as relações sociais e familiares têm um papel crucial na saúde mental das pessoas. “Um ambiente familiar positivo, com apoio emocional, comunicação aberta e relações saudáveis, promove o bem-estar emocional e ajuda a proteger contra problemas de saúde mental. Por outro lado, conflitos familiares, falta de apoio e disfunção familiar podem aumentar o risco de desenvolver problemas de saúde mental”, lembra o psiquiatra do Einstein. Para o especialista, é importante reconhecer esses desafios e implementar estratégias eficazes de autocuidado e suporte emocional para lidar com eles.
*Com informações da Agência Einstein*
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