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25/05/2022 19h00 | Atualizado em 25/05/2022 19h03

Salvador é a capital com menos homossexuais do país, diz IBGE; 1,5% da população se declara gay ou bi

No restante do estado, menos de 2% dos adultos baianos se autoidentificam como homossexuais ou bissexuais

Salvador é a capital com menos homossexuais do país, diz IBGE; 1,5% da população se declara gay ou bi Foto: ilustrativa/Pexels
Da Redação

Salvador é a capital com menor número de homossexuais no país, segundo o Instituto Brasieliro de Geografia e Estatística (IBGE). O órgão divulgou, nesta quarta-feira (25/5) a primeira pesquisa sobre orientação sexual feita com os brasileiros. 

A proporção da população de 18 anos ou mais que se declarou homossexual ou bissexual em Salvador foi de apenas 1,5%, representando 35 mil pessoas. Esse número empatou apenas com a taxa de Fortaleza (1,5%), no Ceará, nos dois mais baixos do pais. Os dados são da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2019, mas foram analisados e tornados públicos apenas em 2022.

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Embora seja a 4ª capital com maior número total de pessoas de 18 anos ou mais de idade (2,287 milhões), Salvador tinha apenas a 8ª maior população autoidentificada como homossexual ou bissexual (35 mil).

Segundo a pesquisa, em toda a Bahia, 1,8% da população de 18 anos ou mais de idade se autoidentificou como homossexual (lésbica ou gay) ou bissexual. Isso representava 204 mil pessoas, de um total de 11,155 milhões nesse grupo etário.

Com esse dado, a Bahia ficou empatada com Alagoas e Rio Grande do Norte no sexto lugar no ranking de estados com amior população LGBTQIA+. A média brasileira foi igual a baiana (1,8%), onde 2,920 milhões de pessoas informaram essas orientações sexuais – de um total de 159,171 milhões de adultos.

Seguindo diversos exemplos internacionais, o IBGE optou por investigar o tema numa pesquisa de saúde em que há a garantia de que a pessoa entrevistada está falando apenas sobre si mesma, além da possibilidade de cruzar informações com outros assuntos importantes, como violência, trabalho, acesso ao serviço de saúde, etc.

O questionário com a pergunta sobre orientação sexual foi aplicado diretamente a uma pessoa de 18 anos ou mais de idade selecionada em cada um dos 108 mil domicílios visitados, que só respondia sobre si própria. A recomendação foi fazer essa entrevista individual preservando a privacidade do/a informante o máximo possível.

Em termos absolutos, a Bahia manteve seu viés demográfico. Tinha o 4º maior número de pessoas com 18 anos ou mais de idade do país (11,155 milhões) e também o 4º maior total das que se autoidentificaram como homossexuais ou bissexuais (204 mil). 

RENDA

Outro ponto percebido pelo IBGE é de que, no Brasil como um todo, a proporção de homossexuais ou bissexuais é maior entre quem tem mais instrução e renda. Entre quem tinha ensino superior completo, 3,2% se declararam dessa orientação, percentual significativamente maior do que entre os sem instrução ou com nível fundamental incompleto (0,5%).

Os maiores percentuais de LGBTQIA+ também foram observados nas duas classes de rendimento mais elevadas. Era de 3,1% entre quem morava em domicílios com renda per capita entre 3 e 5 salários mínimos e de 3,5% entre os que tinham rendimento domiciliar per capita maior que 5 salários mínimos – frente a 1,3% entre as pessoas sem rendimento ou com até ½ salário mínimo per capita.

Houve ainda uma correlação com a idade. Entre as pessoas mais jovens, de 18 a 29 anos de idade, 4,8% se autoidentificaram como homossexuais ou bissexuais, frente a 1,9% entre 30 e 39 anos; 1,0% entre 40 e 59 anos; e 0,2% entre as pessoas de 60 anos ou mais de idade.

Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os percentuais de autoidentificação como homossexual ou bissexual por sexo de nascimento (1,9% entre homens e 1,8% entre as mulheres), nem por cor ou raça (1,9% entre pessoas pardas, 1,9% entre as pretas e 1,8% entre as brancas).

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Fonte: Da redação