Mulheres preferem tomar iniciativa em relacionamentos, diz pesquisa
A pesquisa também revela que as mulheres estão cada vez mais criteriosas em relação aos relacionamentos
Por Da Redação.
Em março, mês dedicado à comemoração do Dia Internacional da Mulher, é possível observar uma evolução no papel feminino na sociedade e nas relações afetivas. Uma pesquisa realizada pelo aplicativo de namoro Happn revelou que as prioridades das mulheres também passaram por mudanças significativas nos últimos tempos. As informações são do portal Metrópoles.
De acordo com o estudo, 49% das mulheres agora priorizam o bem-estar e o desenvolvimento pessoal, enquanto o aspecto profissional surge em segundo lugar, especialmente entre as mulheres com até 35 anos.
Outro dado relevante é que a maioria das mulheres prefere tomar a iniciativa nos relacionamentos, refletindo uma mudança cultural significativa. Movimentos sociais como o 4B, na Coreia do Sul, e tendências virais no TikTok também têm influenciado a maneira como as mulheres se relacionam, com 66% das usuárias afirmando que esses fenômenos impactaram suas dinâmicas afetivas.
Em relação ao que mais atrai as mulheres, os valores e posicionamentos foram destacados por 38% das participantes, seguidos por intenções claras (29%) e aparência física (14%). Esse dado reflete uma tendência crescente entre as mulheres de priorizar a compatibilidade de princípios e ideais em vez de focar apenas em aspectos superficiais. De fato, 90% das mulheres afirmaram já ter interrompido uma comunicação com um "crush" devido a ideais potencialmente machistas.

De acordo com o estudo, 49% das mulheres agora priorizam o bem-estar e o desenvolvimento pessoal. | Foto: Ilustrativa/Pexels
A psicóloga especializada em relacionamentos, Bruna Dandara, analisa essa mudança de comportamento no contexto histórico e social das mulheres. Ela ressalta que o papel das mulheres nos relacionamentos evoluiu consideravelmente ao longo das décadas, acompanhando as transformações sociais, culturais e econômicas.
“Com o avanço da educação, mais discussões sobre mulheres em diferentes espaços, a entrada feminina no mercado de trabalho e a luta por igualdade de direitos, as mulheres conquistaram mais autonomia e passaram a buscar relações equilibradas. Hoje, muitas não veem o relacionamento como a prioridade número um, mas sim como uma escolha, priorizando respeito, parceria e reciprocidade”, afirma Bruna.
Além disso, essa mudança de perspectiva também impactou a dinâmica dos relacionamentos, exigindo maior comunicação e adaptação entre os casais. “As expectativas sobre casamento, maternidade e divisão de tarefas domésticas ficaram mais negociáveis, permitindo que elas tenham maior liberdade para definir seus próprios papéis”, alerta a especialista.
Mais criteriosas
A pesquisa também revela que as mulheres estão cada vez mais criteriosas em relação aos relacionamentos. Um expressivo 84% das participantes afirmaram que elevaram suas expectativas nos últimos anos, com os principais motivos sendo aprendizados de relacionamentos passados (48%), maior acesso a informações sobre relacionamentos saudáveis (25%) e a busca por independência (18%).

Foto: Ilustrativa/Pexels
“Observo que o feminismo teve um impacto profundo na maneira como as mulheres percebem e vivenciam seus relacionamentos. Um dos principais efeitos foi a conscientização sobre direitos, autonomia e padrões de relacionamento saudáveis”, acrescenta Bruna.
A psicóloga ainda destaca que muitas mulheres permaneciam em relações desgastadas por dependência financeira ou pressões sociais. Embora essa realidade ainda exista em alguns casos, Bruna celebra o movimento em direção à autonomia, à independência financeira, ao amor próprio e ao estabelecimento de limites saudáveis nas relações.
Esses dados refletem uma transformação significativa nas expectativas e comportamentos das mulheres nos relacionamentos, que, cada vez mais, priorizam sua felicidade, independência e bem-estar.
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