Imagens estilo Ghibli: aprenda a fazer no ChatGPT e entenda a polêmica
A OpenAI possui um recurso no ChatGPT que permite a criação de imagens a partir de descrições textuais
Por Da Redação.
Se você utiliza redes sociais, deve ter visto, nos últimos dias, uma enxurrada de imagens - possivelmente reproduções de fotos já existentes - com características de "animes" (animações japonesas). São as imagens inspiradas no estilo do Studio Ghibli, estúdio japonês conhecido por animações como 'A Viagem de Chiriro' e 'Meu Amigo Totoro'.
E para quem quer entrar na trend (tendência), é simples: elas podem ser feitas via inteligência artificial (IA), pelo ChatGPT.
A OpenAI possui um recurso no ChatGPT que permite a criação de imagens a partir de descrições textuais. Utilizando a tecnologia do DALL-E, o sistema de geração de imagens da empresa, os usuários podem criar ilustrações detalhadas diretamente na plataforma.
Confira o passo a passo
1. Acesso à ferramenta: o usuário deve possuir uma conta na OpenAI e acesso ao recurso de geração de imagens. O serviço está disponível nos planos ChatGPT Plus, Pro, Team e Free, com previsão de expansão para versões empresariais e educacionais.
2. Descrição detalhada da imagem: para obter resultados próximos ao desejado, o ideal é fornecer uma descrição precisa da cena. Também é possível utilizar uma foto pré-existente e pedir, por exemplo: "Transforme em uma imagem inspirada no estilo do Studio Ghibli".
3. Refinamento: caso o primeiro resultado não seja satisfatório, é possível ajustar a descrição e tentar novamente.
Embora não exista um modo específico para criar imagens no estilo Ghibli, o ChatGPT pode gerar ilustrações com características semelhantes ao detalhar elementos como paleta de cores suaves, iluminação natural e personagens expressivos.
Polêmica
A viralização desses conteúdos gerou debates sobre os limites entre criatividade, inteligência artificial e direitos autorais. Diante de críticas, a OpenAI afirmou que a ferramenta evita copiar diretamente estilos protegidos por direitos autorais e que não permite a imitação de obras de artistas vivos. No entanto, até esta terça-feira (1), o sistema ainda gerava imagens inspiradas na estética do Studio Ghibli.
O debate sobre o impacto da IA na arte não é novo. Hayao Miyazaki, cofundador do Studio Ghibli, já se manifestou contra o uso de inteligência artificial na criação artística. Em 2016, ele declarou que a arte gerada por IA era um "insulto à própria vida" e afirmou que jamais incorporaria essa tecnologia ao seu trabalho.
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