ALERTA SPOILER: Relembre tudo que aconteceu na sexta temporada de Game of Thrones
ALERTA SPOILER: Relembre tudo que aconteceu na sexta temporada de Game of Thrones
Do Resetando, parceiro do Aratu Online
Mais uma temporada de Game of Thrones chega ao fim. Então, meus caros Reseters, chegou a hora de analisar a construção dessa temporada, que diferentemente das outras, não teve um livro como base (graças a longa demora do Tio Martin em lançar ?Os Ventos de Inverno?).
A HBO tomou algumas decisões acertadas para essa temporada. Como por exemplo: retornar plots esquecidos na série e introduzir alguns que são importantes nos livros e ainda não haviam aparecido. Além disso, o uso de flashbacks, para não se distanciar tanto dos acontecimentos do sexto livro, que poderão ser aproveitados na sétima temporada da série com previsão para 2017.
O diretor dos dois primeiros episódios Jeremy Podeswa, cometeu algumas falhas de continuidade. ?The Red Woman?, o primeiro episódio da temporada, foi um apanhado dos últimos fatos ocorridos, o que tornou esse episódio o mais fraco da sexta temporada. Mesmo que sejam detalhes pequenos, uma série com a grandeza de Game of Thrones com a superprodução milionária da HBO, não pode admitir erros de continuidade, como por exemplo as Serpentes de Areia. Elas estavam em terra firme quando Jaime partiu para Westeros com Myrcella e Trystane, e misteriosamente apareceram no mesmo barco que o Príncipe Herdeiro de Dorne (já que a série cortou os outros filhos de Doran Martell, Arianne e Quentyn). Nesse barco mataram Trystane e logo após mataram o próprio Doran, e acabando com a linhagem Martell. Qual o motivo disso? Vingar a morte de Oberyn Martell, irmão de Doran, e a justificativa usada foi: porquê ele não vingou a morte do irmão, se mostrou ser um comandante fraco. Utilizaram o ?Girl Power? de forma errada nesse caso, além de mais algumas tomadas erradas de decisões ou coisas que não serviram pra nada.
Já o segundo episódio dirigido por Podeswa foi bom de se assistir. Ainda que também com pequenas falhas técnicas, mas com uma boa história e perspectiva dos personagens, dando um rumo para que os telespectadores ficassem ansiosos e apreensivos e o fim do episódio. A tão aguardada ressurreição de Jon Snow, graças a Melisandre e a benção de R?hllor, foi o ápice do episódio.
Os episódios três e quatro, ?Oathbreaker? e ?Book of Strange?, foram assinados por Daniel Sackheim. Ele foi o responsável pela tão aguardada cena da Torre da Alegria, onde Eddard Stark juntamente com seus homens derrotam Arthur Dayne, A Espada da Manhã, Gerold Hightower, Touro Branco e Oswell Whent (todos eles membros da Guarda Real que foram incumbidos da missão de não permitir que ninguém entrasse na Torre onde se encontrava Lyanna). Porém, a mais famosa teoria não foi revelada nesse episódio, o que podemos dizer que foi um ?coito interrompido?.
Mas as cenas da batalha foram ótimas. Apesar de colocarem Arthur Dayne sem a sua famosa espada Alvorada e lutar com duas espadas para mostrar o quanto ele bom lutador, isso não diminuiu a alegria dos fãs.
Assim como nas temporadas anteriores, os acontecimentos só melhoram a cada episódio. E assim foi com o episódio quatro, onde Daenerys mostra o ?Girl Power? que foi a marca desta sexta temporada. Esse ?poder feminino? foi bem utilizado nas seguintes situações: acabando com os Dothraki e queimando eles (assim como seu doce e amável pai adorava fazer com as pessoas), mostrando que ela não vai ficar presa no Dosh Khaleenn que nenhuma mulher deve ser presa e que o sangue de dragão corre em suas veias. Além disso, tivemos mais fanservice com os flashbacks através de Bran e o Corvo de Três Olhos.
?The Door? foi sem dúvida, um dos episódios com o maior plot twist de toda a série. Jack Bender foi agraciado com o único episódio que teve uma supervisão maior de George R.R. Martin, além de sua ajuda na finalização do roteiro. Martin confirmou que essa cena realmente acontecerá nos livros, mas sabemos que será de uma forma mais detalhada. A trilha sonora, as cenas de ação, os sacrifícios de Folha, a última Filha da Floresta viva e de Verão o Lobo Gigante de Bran foram extremamente tristes. Mas o principal foi a cena final que alternava entre a visão de Bran no passado wargando Hodor no futuro e depois wargando no Hodor do passado. Isso causou um desequilíbrio, se assim posso dizer de Walder, que falava normalmente e era um cavalariço em Winterfell Mas tendo sua mente invadida em uma linha atemporal e ver ele ?segurando a porta? para salvar Meera Reed e Bran Stark (que se tornou o Corvo de Três Olhos após Brynden lhe passar seu conhecimento), foi realmente uma cena para marcar a temporada.
?Blood of my Blood? já começou explodindo a cabeça dos fãs. Visões de Bran, Aerys II Targaryen, o Rei Louco ?BURN THEM ALL? foi seu pedido a Jaime, e ver isso na série foi de saltar os olhos do telespectador. Logo após, aparece Benjen Stark, fazendo o papel que nos livros é o Mãos-Frias. Porém, segundo Martin, no livro não vai ser ele, mas vai saber né? Benjen Stark desapareceu na primeira temporada, foi dado como morto e apareceu exatamente na hora em que seu sobrinho necessitava de sua ajuda, tudo isso fazia parte do plano de Brynden Rivers, o Corvo de Três Olhos. Esse episódio mostrou a Assembléia dos Homens Livres, onde ocorreu a eleição para novo Rei das Ilhas de Ferro, após a morte de Balon IX Greyjoy, assassinado por seu irmão recém chegado após ser banido das Ilhas de Ferro. Yara se candidata e alguns homens de ferro negam sua reivindicação e apoiam Theon, filho e herdeiro de Balon que havia regressado a Pyke depois de escapar com Sansa das mãos de Ramsay Bolton. A Assembléia foi fraca, comparada a dos livros. A aparição de Euron é vaga e, além de cortar um personagem com POV nos livros como Victarion (outro irmão de Balon que reivindica a Cadeira de Pedra do Mar para si), deturparam a imagem do ótimo estrategista que Euron é, além de colocá-lo para fazer meia dúzia de piadas sobre Theon ser eunuco e ainda assumir fratricídio (que é considerado o maior crime nas Ilhas de Ferro). Mas mesmo assim, Euron consegue convencer a Assembléia que ele deve ser o Rei das Ilhas de Ferro, e assume como Euron III Greyjoy. A cena do batismo foi extremamente linda e mostrou bem a cultura dos Homens de Ferro. Yara e Theon fazem o papel que Victarion tem nos livros de sair de Pyke com a Frota de Ferro e oferecer aliança a Daenerys que está do outro lado do Mar Estreito. Daenerys que por sinal mostra porquê é a Khaleesi e que o Khalasar deve seguir-la e cumprir a promessa feita por Khal Drogo de ajudá-la a conquistar os Sete Reinos, afinal ela apareceu na frente de todos montada em um Dragão. Frases de impacto marcaram o episódio.
?The Broken Man? foi um episódio introdutório que preparou o terreno para os acontecimentos mais marcantes da temporada. Muitos acharam o episódio fraco, pois pensam que Game of Thrones se resume a guerras, mas as reviravoltas que aconteceram nesse episódio podem ter um grande impacto no futuro, e não é todo dia que Martin trás de volta alguém que havia sido dado como morto. Trouxe de volta um personagem que muitos achavam que estava morto. Mark Myold além do episódio sete, também foi o responsável pelo oito, ?No One?, onde após levar várias facadas na barriga de Waif, Arya Stark milagrosamente permaneceu viva e arquitetou seu plano de vingança. Fez um parkour pela cidade enquanto Waif foi atrás dela para completar o serviço, e com ?Agulha? em mãos, mostrou como é lutar sem enxergar, vencendo não somente a garota, mas também a hemorragia (por quê Areo Hotah um homem imenso e forte não sobreviveu a uma faquinha nas costas, mas uma garota sobrevive a várias estocadas na barriga?). Nem seu meio irmão Jon conseguiu, mas parabéns a Arya, seu treinamento valeu a pena. A cena em si foi boa, mas são esses detalhes que Game of Thrones peca as vezes. Enfim, Arya conseguiu sua vingança e falou na cara de Jaqen que a garota tinha nome, ela se chama Arya Stark e ela iria voltar para Westeros e executar sua vingança.
Miguel Spochnik, gravem esse nome. Ele foi o responsável pelos últimos dois episódios da sexta temporada, ?Batttle of Bastards? e ?Winds of Winter?, episódios que coincidentemente receberam a nota máxima de avaliação no IMDb, coisa que havia acontecido apenas uma vez com um episódio de Breaking Bad. Sem dúvida, a Batalha dos Bastardos foi o melhor episódio de todas as temporadas da série. Teve tudo, e tudo bem feito. Começou com Daenerys vencendo os Mestres das Cidades Livres e voando com seus três dragões: Drogon, Viserion e Rhaegal, trazendo alegria aos fãs que aguardavam ver eles três em ação novamente. Os cortes de cena, as cenas feitas em plano sequência, a trilha sonora, slow motion. Até Kit Harrington conseguiu fazer mais de duas expressões diferentes. Aliás, ele evoluiu bastante como ator essa temporada e merece um destaque. Mas a produção está realmente de parabéns. Com referência a Senhor dos Anéis, a batalha foi tensa, linda, agonizante e no final prazerosa.
Conseguimos ficar sufocados junto com Jon Snow sendo pisoteado. Também sentimos a felicidade ao ver ele esmurrando a cara de Ramsay Bolton, que por um momento quase ganhou a batalha, mas graças a Sansa (que deixou de ser Sonsa), o exército do Vale atendeu a seu chamado e salvou o que seria o fim dos Starks e a consolidação dos Bolton como Senhores do Norte. E Ramsay foi servido de refeição para seus cães famintos pela própria Sansa. Parece que o jogo virou, não é mesmo?
?Winds of Winter? foi um episódio maravilhoso, o segundo melhor dessa temporada, afinal é uma tarefa árdua superar a qualidade da Batalha dos Bastardos. A música temática da cena do julgamento de Loras até a explosão do Grande Septo de Baelor foi linda, muito bem escolhida e colocada.
Os pontos altos desse episódio foram: a vingança de Cersei contra o Alto Pardal e os septões, (especialmente Unella) e dua coroação dela como Rainha dos Sete Reinos, o discurso da pequena Lyanna Mormont resultando na proclamação de Jon Snow como Rei do Norte e Daenerys partindo rumo a Westeros. Sem contar a conclusão da cena na Torre da Alegria, que confirmou que Jon Snow é filho de Lyanna com Rhaegar, e portanto corre sangue Stark e Targaryen em suas veias, ou seja Gelo e Fogo.
A série realmente aparenta ser corrida, e muitos telespectadores reclamam do deslocamento rápido dos personagens. Nos livros é mais fácil de se fazer pois há a possibilidade de trabalhar com mais detalhes. A série se encaminha para o fim e restam poucos episódios e plots a serem resolvidos. Então, eles enxugam o máximo possível e não se importam com essas críticas e sim para não deixarem os arcos em aberto ao final da saga. A força que as mulheres têm foi muito bem apresentada nessa temporada, mostrando que elas também sabem jogar o jogo dos tronos. Resta agora especular sobre as possíveis teorias da próxima temporada e continuar aguardando o lançamento do sexto livro das Crônicas de Gelo e Fogo, ?Ventos de Inverno? (que ainda não tem previsão de lançamento), mas a série já vai começar a preparação pra gravar os novos episódios que estão previstos para abril de 2017.
?Valar Morghulis?