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Empatadas no Ibope, I Love e Babilônia vivem céu e inferno

Empatadas no Ibope, I Love e Babilônia vivem céu e inferno

Por Da Redação

Empatadas no Ibope, I Love e Babilônia vivem céu e infernoReprodução / TV Globo

Em seus primeiros dez capítulos, exibidos entre 11 e 21 de maio, a novela das 19h da Globo, I Love Paraisópolis, conseguiu uma façanha: empatar em audiência com o folhetim das 9 da noite, Babilônia.


Ambas registram média de 26 pontos. Na comparação dos índices, cada produção venceu a outra 5 vezes. Isso é inédito nos 50 anos de teledramaturgia da emissora. Nunca antes o novelão da principal faixa do horário nobre havia amargado números tão baixos se comparados aos de outra trama do canal.


Babilônia ainda nem chegou à metade (isso acontecerá no capítulo 72, em 6 de junho) e já carrega o rótulo de maior fracasso da Globo. Sua média geral é, até aqui, de 25 pontos.


Abaixo de outras novelas malsucedidas como a recordista Em Família, exibida em 2014, com 29 de média. Pouco comentada nas redes sociais e sem a repercussão boca a boca, Babilônia vive um crepúsculo antecipado.


A imprensa e boa parte dos telespectadores parecem mais interessados em saber detalhes sobre a próxima novela das 21h, A Regra do Jogo, com estreia antecipada para agosto.


O fato de o autor, João Emanuel Carneiro, ser o mesmo da fenomenal Avenida Brasil (média de audiência: 39 pontos) gera exagerada expectativa de outro sucesso de audiência e popularidade entre twitteiros e facebookers.


Babilônia sofre com dois problemas: a descaracterização decorrente das mudanças abruptas em tramas e no perfil de personagens, e uma certa má vontade generalizada.


?Já que todo mundo diz que é uma novela ruim, então acho a mesma coisa. Prefiro não gostar.? Este se tornou quase um pensamento coletivo. As qualidades da produção parecem ter se tornado invisíveis.


Ainda que a trama principal ? a guerra envolvendo Beatriz (Gloria Pires), Inês (Adriana Esteves) e Regina (Camila Pitanga) ? seja insossa e repetitiva, Babilônia não carece de falhas graves detectadas em tramas recentes, como personagens caricatos, diálogos pobres e situações sem verossimilhança.


Enquanto Babilônia está solitária no purgatório, I Love Paraisópolis mal começou e já garantiu vaga no céu. A novela das 19h é um sucesso imediato, situação rara nos últimos anos.


A boa audiência da produção tem impulsionado o ibope do Jornal Nacional e já ficou vários dias no topo do ranking, sendo o programa mais visto da televisão brasileira.


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