A Bahia &eacute; o estado com o maior n&uacute;mero de mortes por les&otilde;es provocadas por autoagress&atilde;o entre adolescentes no Nordeste, contabilizando 143 &oacute;bitos nos &uacute;ltimos dois anos, segundo levantamento recente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/cb3d5067-8731-481f-9e43-d4f13de3e8d5.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Autoagress&atilde;o entre adolescentes no Nordeste. Foto: Pexels">
&nbsp;A regi&atilde;o Nordeste, onde a Bahia est&aacute; inserida, &eacute; a segunda do Brasil com maior n&uacute;mero de casos de autoagress&atilde;o entre jovens de 10 a 19 anos, totalizando 19.022 registros no mesmo per&iacute;odo.
De acordo com o estudo, realizado com base nos dados do Sistema de Informa&ccedil;&atilde;o de Agravos de Notifica&ccedil;&atilde;o (Sinan), a cada 10 minutos &eacute; registrado um novo caso de autoagress&atilde;o entre adolescentes no pa&iacute;s, chegando a uma m&eacute;dia di&aacute;ria de 137 atendimentos.
Al&eacute;m da Bahia, estados como Cear&aacute; (4.320) e Pernambuco (4.234) respondem por quase metade das notifica&ccedil;&otilde;es na regi&atilde;o Nordeste. No restante do Brasil, o Sul lidera com 19.653 casos, especialmente no Paran&aacute; (8.417); o Centro-Oeste registra 9.782 casos, com Goi&aacute;s (3.428) e Distrito Federal (3.148) &agrave; frente; e o Norte contabiliza 5.303 ocorr&ecirc;ncias, concentradas no Par&aacute; (1.174) e Tocantins (1.183).
O levantamento tamb&eacute;m aponta que, entre 2023 e 2024, cerca de 3,8 mil interna&ccedil;&otilde;es hospitalares de adolescentes por viol&ecirc;ncia autoprovocada foram registradas, principalmente entre jovens de 15 a 19 anos. O estudo destaca ainda que aproximadamente mil adolescentes morrem por suic&iacute;dio anualmente no Brasil, sendo esta a faixa et&aacute;ria mais afetada.
<h2>Risco de suic&iacute;dio cresce mais entre adolescentes</h2>
Uma pesquisa divulgada pela Escola Nacional de Sa&uacute;de P&uacute;blica (Ensp/Fiocruz), revela um aumento significativo na<a href="https://aratuon.com.br/saude/risco-de-suicidio-cresce-mais-entre-adolescentes-do-que-em-outras-faixas-etarias"> taxa de suic&iacute;dios entre adolescentes no Brasil, principalmente na faixa dos 10 aos 19 anos</a>. Em 2022, a taxa de suic&iacute;dio neste p&uacute;blico foi 53,6 vezes maior do que em 2000.
O estudo indica que o aumento dos n&uacute;meros nesta faixa et&aacute;ria &eacute; mais acentuado do que em outros grupos. Em 2022, a probabilidade de suic&iacute;dios entre adolescentes superou em 21% a de jovens adultos (20 a 29 anos), uma invers&atilde;o que come&ccedil;ou em 2019.
Al&eacute;m disso, o levantamento tamb&eacute;m observou mudan&ccedil;as nas taxas de mortalidade por suic&iacute;dio em diferentes grupos et&aacute;rios, destacando que, entre os jovens de 10 a 29 anos, o suic&iacute;dio representou 4,02% das mortes. Entre adolescentes (10 a 19 anos), esse &iacute;ndice foi de 3,63%, e entre jovens adultos (20 a 29 anos), de 4,21%.
<h2>Escolas podem ter que notificar casos de automutila&ccedil;&atilde;o e suic&iacute;dio</h2>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/52eea1e4-b3ed-4122-80ac-c9b756cccd2e.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Foto: Pexels">
As <a href="https://aratuon.com.br/politica/escolas-poderao-ser-obrigadas-a-notificar-automutilacao-e-suicidio">escolas ter&atilde;o que notificar para o Conselho Tutelar casos de automutila&ccedil;&atilde;o e suic&iacute;dio</a>. &Eacute; o que define um Projeto de Lei, PL 270/2020, aprovado em maio deste ano pela Comiss&atilde;o de Direitos Humanos (CDH) do Senado.&nbsp;
O objetivo da proposta &eacute; aprimorar a coleta e an&aacute;lise de dados sobre automutila&ccedil;&otilde;es, tentativas e suic&iacute;dios consumados. Na an&aacute;lise da atual situa&ccedil;&atilde;o da lei, apenas hospitais e m&eacute;dicos legistas s&atilde;o obrigados a comunicar esses casos.
"Quando as crian&ccedil;as est&atilde;o se automutiliando ou quando est&atilde;o tendo comportamento suicida, a notifica&ccedil;&atilde;o tem que ser compuls&oacute;ria. Nossas crian&ccedil;as est&atilde;o se machucando. Essas crian&ccedil;as est&atilde;o em processo de dor e sofrimento. N&oacute;s j&aacute; temos registro de crian&ccedil;a se suicidando no Brasil est&aacute; do DataSUS", destacou a senadora Damares Alves (Republicanos), que &eacute; presidente da CDH.
O texto do projeto coloca as escolas neste grupo que tem a obrigatoriedade de fazer a notifica&ccedil;&atilde;o. O relator do PL, o senador Eduardo Gir&atilde;o (Novo), afirma que a proposta responde &agrave; crescente preocupa&ccedil;&atilde;o com a sa&uacute;de mental de jovens.
<h2>Meninas e jovens LGBTQIA+ registram maiores n&iacute;veis de depress&atilde;o</h2>
Uma pesquisa realizada na Austr&aacute;lia com mais de 6,5 mil adolescentes identificou que <a href="https://aratuon.com.br/saude/meninas-e-jovens-lgbtqia-registram-niveis-mais-altos-de-depressao-diz-pesquisa">meninas e jovens LGBTQIA+ registram n&iacute;veis significativamente mais altos de depress&atilde;o, ansiedade e sofrimento psicol&oacute;gico.</a>
&nbsp;O estudo, publicado em junho no Australian and New Zealand Journal of Public Health, acompanhou estudantes de 12 a 16 anos entre 2019 e 2022. Com informa&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Einstein.
Os resultados mostram que quase tr&ecirc;s em cada dez adolescentes apresentavam sintomas indicativos de depress&atilde;o at&eacute; o 10&ordm; ano escolar. Em compara&ccedil;&atilde;o aos meninos cisg&ecirc;nero, a preval&ecirc;ncia foi maior entre meninas e jovens que se identificam com diferentes g&ecirc;neros ou orienta&ccedil;&otilde;es sexuais.
A an&aacute;lise indica que a &ldquo;lacuna de g&ecirc;nero&rdquo; na sa&uacute;de mental n&atilde;o apenas persiste, como se amplia ao longo da adolesc&ecirc;ncia.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/saude/pobreza-eleva-em-3-vezes-risco-de-surgimento-de-ansiedade-e-depressao">Pobreza eleva em 3 vezes risco de surgimento de ansiedade e depress&atilde;o</a>

As escolas ter&atilde;o que notificar para o Conselho Tutelar casos de automutila&ccedil;&atilde;o e suic&iacute;dio. &Eacute; o que define um Projeto de Lei, PL 270/2020, aprovado nesta quarta-feira (14) pela&nbsp;Comiss&atilde;o de Direitos Humanos (CDH) do <a href="https://aratuon.com.br/politica/senador-pede-foto-e-defende-virginia-na-cpi-das-bets-que-moral-a-gente-tem" target="_blank" rel="noopener">Senado</a>.&nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/d62ded5b-b550-40ca-9787-0161cbc437df.jpg?width=936&amp;height=560" alt="Escolas Poder&atilde;o Ser Obrigadas a Notificar Automutila&ccedil;&atilde;o E Suic&iacute;dio">
O objetivo da proposta &eacute; aprimorar a coleta e an&aacute;lise de dados sobre automutila&ccedil;&otilde;es, tentativas e suic&iacute;dios consumados. Na an&aacute;lise da atual situa&ccedil;&atilde;o da lei, apenas hospitais e m&eacute;dicos legistas s&atilde;o obrigados a comunicar esses casos.
"Quando as crian&ccedil;as est&atilde;o se automutiliando ou quando est&atilde;o tendo comportamento suicida, a notifica&ccedil;&atilde;o tem que ser compuls&oacute;ria. Nossas crian&ccedil;as est&atilde;o se machucando. Essas crian&ccedil;as est&atilde;o em processo de dor e sofrimento. N&oacute;s j&aacute; temos registro de crian&ccedil;a se suicidando no Brasil est&aacute; do DataSUS", destacou a senadora <a href="https://aratuon.com.br/politica/damares-alves-recebe-comenda-2-de-julho-por-atuacao-em-direitos-humanos" target="_blank" rel="noopener">Damares Alves</a> (Republicanos), que &eacute; presidente da CDH.
O texto do projeto coloca as escolas neste grupo que tem a obrigatoriedade de fazer a notifica&ccedil;&atilde;o. O relator do PL, o senador Eduardo Gir&atilde;o (Novo), afirma que a proposta responde &agrave; crescente preocupa&ccedil;&atilde;o com a sa&uacute;de mental de jovens.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/3f68f58c-0d7c-4ea5-9334-c62c7509c09c.jpg?width=936&amp;height=560" alt="Escolas Poder&atilde;o Fazer Coleta E An&aacute;lise De Dados Sobre Automutila&ccedil;&otilde;es, Tentativas E Suic&iacute;dios Consumados">
<h2>Cen&aacute;rio no Brasil</h2>
A taxa de suic&iacute;dio entre jovens no Brasil aumentou, em m&eacute;dia, 6% ao ano entre 2011 e 2022. J&aacute; as notifica&ccedil;&otilde;es de autoles&otilde;es na faixa et&aacute;ria de 10 a 24 anos cresceram 29% ao ano no mesmo per&iacute;odo.&nbsp;J&aacute; as notifica&ccedil;&otilde;es de autoles&otilde;es na faixa et&aacute;ria de 10 a 24 anos cresceram 29% ao ano no mesmo per&iacute;odo.&nbsp;Os dados s&atilde;o do Centro de Integra&ccedil;&atilde;o de Dados e Conhecimentos para Sa&uacute;de (Cidacs/Fiocruz Bahia).
Ap&oacute;s a aprova&ccedil;&atilde;o na Comiss&atilde;o de Direitos Humanos, o texto do PL 270/2020&nbsp;ser&aacute; analisado pela Comiss&atilde;o de Educa&ccedil;&atilde;o (CE) do Senado.&nbsp;
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A Bahia registrou 902 casos de suicídio em 2023, o que representa um aumento de 6,2% em relação a 2022. Isso significa que seis a cada 100 mil baianos foram vítimas de suicídios no ano passado.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (24/9), pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), com base nos registros da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab). Segundo a SEI, é possível observar que os suicídios são um fenômeno em expansão no estado, e os casos se intensificaram a partir de 2019.

Os homens são maioria entre as vítimas, com 83,3% do total, contra 16,7% de mulheres. O levantamento apresenta ainda o recorte por idade: a maior parte dos casos (54,3%) está entre os adultos de 30 a 59 anos, seguidos por jovens (25,6$), idosos (19,2%) e crianças (0,9%). Outro padrão observado é a concentração de casos entre as vítimas solteiras (66,6%). Já os casados eram 20,7%.

Em relação ao local onde o ato foi cometido, o domicílio ocupa a primeira posição, com 75,9% dos casos. Ou seja, sete a cada dez suicídios na Bahia ocorreram na casa da vítima. Ainda sobre estes espaços, 7,4% dos casos aconteceram em via pública e 16,7% em outros locais.

Quando se trata da escolaridade, o painel aponta que 35% das vítimas tinham o Ensino Médio completo. Em relação à ocupação, uma a cada três vítimas era trabalhador agrícola, Este último dado não é um padrão exclusivo da Bahia, considerando que existem estudos internacionais apontando o alto número de suicídios em regiões intensivas em produtividade agrícola, a exemplo de países como Estados Unidos, África do Sul e China.

SERVIÇO - PROCURE AJUDA!

Centro de Valorização da Vida – CVV – 188
Oferece apoio emocional e prevenção ao suicídio. O atendimento é gratuito, 24 horas, pelo telefone 188. As ligações são gratuitas a partir de qualquer linha telefônica, fixa ou celular. Atende também através do e-mail, chat ou de forma presencial em um dos postos de atendimento do CVV. Acesse cvv.org.br.

CVV em Salvador
E-mail: salvador@cvv.org.br
Endereço: Rua do Bângala, 47/99, Casa, Nazaré, CEP 40040-140, Salvador (BA). Mantenedora: Associação Baiana de Apoio à Vida - ABAVI

CVV em Feira de Santana
E-mail: feiradesantana@cvv.org.br
Endereço: Avenida Santo Antônio, 25, bairro Brasília, CEP 44003-541, Feira de Santana (BA). Mantenedora: Núcleo de Apoio à Vida de Feira de Santana - NAVIFS

SAMU 192
Em caso de urgências e emergências, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pode ser acionado pelo telefone 192.

NEPS/SESAB - Salvador
O Núcleo de Estudo e Prevenção do Suicídio (NEPS), unidade da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), oferece atendimento psicológico, psiquiátrico e de terapia ocupacional para pessoas em risco. Fica na Estrada do Saboeiro, s/n, Cabula, Salvador (BA). Agendamento pelo telefone (71) 3103-4343.

CAPS na Bahia
A Bahia conta com 270 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) habilitados pelo Ministério da Saúde espalhados nos municípios do estado.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/saude/2024-09-19/risco-de-suicidio-cresce-mais-entre-adolescentes-do-que-em-outras-faixas-etarias/" target="_blank" rel="noopener">Risco de suicídio cresce mais entre adolescentes do que em outras faixas etárias</a>

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Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (19/9), pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), revela um aumento significativo na taxa de suicídios entre adolescentes no Brasil, principalmente na faixa dos 10 aos 19 anos. Em 2022, a taxa de suicídio neste público foi 53,6 vezes maior do que em 2000.

O estudo indica que o aumento dos números nesta faixa etária é mais acentuado do que em outros grupos. Em 2022, a probabilidade de suicídios entre adolescentes superou em 21% a de jovens adultos (20 a 29 anos), uma inversão que começou em 2019.

Além disso, o levantamento também observou mudanças nas taxas de mortalidade por suicídio em diferentes grupos etários, destacando que, entre os jovens de 10 a 29 anos, o suicídio representou 4,02% das mortes. Entre adolescentes (10 a 19 anos), esse índice foi de 3,63%, e entre jovens adultos (20 a 29 anos), de 4,21%.

O relatório técnico "Adolescência e suicídio: um problema de saúde pública" foi feito sob coordenação dos pesquisadores Raphael Mendonça Guimarães, Nilson do Rosário Costa e Marcelo Rasga Moreira, a partir de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/SUS).

INFLUÊNCIA DA PANDEMIA

A pandemia de Covid-19 também contribuiu para esse quadro, reforçando as dificuldades enfrentadas pela geração mais jovem, impactada por incertezas em relação ao futuro e pela crise climática.

Segundo Raphael Guimarães, o avanço do suicídio entre adolescentes sugere que questões contemporâneas, como a precariedade econômica e o impacto das mudanças climáticas, têm um efeito devastador sobre a saúde mental.

“Embora, hoje, as taxas entre adultos sejam maiores, a taxa entre adolescentes cresce mais rápido. Não tem epidemia de suicídio. O que tem é uma tendência de crescimento que aponta o momento exato para a intervenção de políticas públicas. Se não houver, aí sim, em 20 anos chegaremos a algo preocupante”, ressaltou.

CASOS ENTRE JOVENS ADULTOS LIDERAM

A taxa de pessoas que tiraram a própria na faixa-etária entre 10 e 25 anos cresceu 6% por ano no país, entre 2011 e 2022, quase o dobro do observado na população em geral (3,7%). É o que mostram os dados do Ministério da Saúde e de outro estudo feito pela Fiocruz.

Além disso, o número de atendimentos ambulatoriais por automutilação é 1.925% maior em 2023, na comparação com 2014, quando considerada a faixa-etária de 7 a 19 anos.

ONDE PROCURAR AJUDA
-CVV (Centro de Valorização à Vida): Atendimento por ligação gratuita, 24 horas por dia, pelo número 188. Há também as opções de atendimento físico, chat e e-mail.

-Pode falar: Canal de atendimento da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) criado para ajudar pessoas de 13 a 24 anos a lidarem com questões de saúde mental.

Além disso, pela rede pública, o atendimento para questões de saúde mental pode começar via atendimento pelas UBSs (Unidade Básica de Saúde) ou pelos Caps (Centros de Atenção Psicossocial) Infanto-Juvenil espalhados pelo Brasil.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/saude/2024-09-19/alcool-e-cancer-bebidas-alcoolicas-tem-relacao-com-pelo-menos-seis-tipos-da-doenca-diz-estudo/">Álcool e câncer? Bebidas alcoólicas têm relação com pelo menos seis tipos da doença, diz estudo</a>

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, todos os anos, mais de setecentas mil pessoas no mundo tiram a própria vida. No Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, lembrado nesta terça-feira (10/9), a entidade - em parceria com a Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IASP, na sigla em inglês) - alerta para a necessidade de reduzir o estigma e encorajar o diálogo sobre o tema.
Até 2026, a campanha que faz alusão à data - encabeçada por ambas as organizações - tem como tema Mudando a Narrativa sobre o Suicídio. A proposta, segundo a OMS, é romper com a cultura do silêncio e do estigma, dando lugar para a abertura ao diálogo, compreensão e apoio. Números da entidade mostram que o suicídio figura, atualmente, como a quarta principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
Em nota, a OMS cita consequências sociais, emocionais e econômicas de longo alcance provocadas pelo suicídio e que afetam profundamente indivíduos e comunidades. Para a organização, uma simples conversa é uma ferramenta com o potencial de contribuir para uma sociedade mais solidária e compreensiva, independentemente do tempo de duração desse diálogo.
PREVENÇÃO
Outro ponto de destaque da campanha é enfatizar a necessidade de se priorizar a prevenção do suicídio e a saúde mental em meio às definições de políticas públicas. A proposta é que ações de governo, de maneira geral, coloquem em primeiro plano o contexto da saúde mental, ampliando o acesso ao tratamento e também fornecendo apoio aos que precisarem.
Por fim, a OMS lembra que reduzir a taxa global de suicídio em pelo menos um terço até 2030 é uma das metas dos chamados Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
“Os desafios que levam uma pessoa a tirar a própria vida são complexos e associam-se a fatores sociais, econômicos, culturais e psicológicos, incluindo a negação de direitos humanos básicos e acesso a recursos”, destaca a organização.
O suicídio, para a entidade, pode ser impulsionado ainda por eventos registrados ao longo da vida e capazes de gerar tensão, como a perda de meios de subsistência, pressões no trabalho, rompimentos de relacionamentos e discriminação. “A meta é dedicar maior atenção ao problema, reduzir o estigma e aumentar a consciência de organizações, governos e o público, ressaltando que os suicídios são evitáveis”.
SETEMBRO AMARELO
No Brasil, uma das principais campanhas de combate ao estigma na temática da saúde mental é o Setembro Amarelo que, este ano, tem como lema Se precisar, peça ajuda.
Definido por diversas autoridades sanitárias como um problema de saúde pública, o suicídio, no Brasil, responde por cerca de 14 mil registros todos os anos. Isso significa que, a cada dia, em média, 38 pessoas tiram a própria vida.
Na avaliação de Héder Bello, psicólogo e especialista em Trauma e Urgências Subjetivas, transtornos mentais representam fatores de vulnerabilidade em meio à temática do suicídio – mas não são os únicos.
Ele cita ainda uma pessoa ser LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e queer), estar em situação de precariedade financeira ou social, ser refugiado político ou enfrentar ameaças, abuso ou violência. “Esses e outros fatores contribuem para processos de ideação (fase criativa) ou até de tentativa de suicídio”.
“Políticas públicas que possam, de alguma maneira, falar sobre esse assunto, sem tabu, são importantes. Instrumentos nas áreas de educação e saúde também podem ser amplamente divulgados – justamente para que a gente possa mostrar que existem possibilidades e recursos amplos para lidar com determinadas situações que são realmente muito estressantes e de muita vulnerabilidade”.
ABORDAGEM
O psicólogo detalha ainda como abordar uma pessoa que pensa em tirar a própria vida. “Não é questionar a pessoa sobre o motivo daquilo ou dizer que ela tem que valorizar a vida, mas ouvir essa pessoa atentamente, tentar entender o ponto de vista dela e quais são os motivos que fizeram com que ela não conseguisse lidar de outras maneiras com a situação que está passando.”
“Isso nem sempre é fácil e, muitas vezes, nem profissionais da área da saúde e da saúde mental têm um treinamento mais extenso para lidar com essa questão de ideação suicida ou com as tentativas de suicídio”, concluiu.
No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) é um serviço voluntário de apoio emocional e prevenção ao suicídio para quem precisa conversar. O atendimento está disponível 24 horas por dia pelo telefone 188.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/celebridades/2024-09-10/a-mae-ta-enjaulada-de-novo-deolane-descumpre-medidas-cautelares-e-volta-para-presidio-em-recife/" target="_blank" rel="noopener">A mãe tá enjaulada de novo: Deolane descumpre medidas cautelares e volta para presídio em Recife</a>

Uma mulher é suspeita de ter esfaqueado os dois filhos, um casal de 8 e 10 anos, nesta quinta-feira (5/9), no município de América Dourada, no interior da Bahia. Segundo informações da Polícia Civil, a criança mais velha não resistiu aos ferimentos.
Ainda de acordo com a polícia, após atacar as duas crianças, a mãe tentou suicídio. Ela foi socorrido para o Hospital Regional de Irecê, onde segue internada. O filho de 8 anos está internado na mesma unidade de saúde.
Segundo o g1, testemunhas afirmam que a mulher já teria tentado suicídio outras duas vezes. A delegacia da cidade está investigando o caso.
LEIA MAIS:<a href="https://aratuon.com.br/interior/2024-09-06/antas-salvador-eficiencia-investimentos/"> Antas é cidade mais eficiente em investimentos em educação, saúde e saneamento na Bahia; Salvador é 143ª</a>

<div style="text-align: justify;">Aurelimar Araújo Santos, de 38 anos, é suspeito de cometer feminicídio contra Cilene Ventura Gomes Pereira, 44, sua companheira. Após o crime, ocorrido na noite desta terça-feira (27/6), no bairro de Cajazeiras VI, o rapaz se atirou do prédio onde estava.</div>
<div style="text-align: justify;"></div>
<div style="text-align: justify;">Por meio de nota, a Polícia Militar (PM) informou que foi acionada para a ocorrência para prestar apoio a uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Saúde (SAMU), após a ocorrência do crime. Conforme a PM, o local foi isolado e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado.</div>
<div class="gmail_default" style="text-align: justify;"></div>
<div class="gmail_default" style="text-align: justify;">Ainda de acordo com a Polícia Civil, o caso ocorreu na localidade conhecida como Estrada do Matadouro. O caso será investigado pela Delegacia de Proteção a Pessoas (DHPP).</div>
<div style="text-align: justify;"></div>
<div style="text-align: justify;">LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/cidade/2023-06-28/idoso-perseguir-crianca-shopping/" target="_blank" rel="nofollow noopener">Idoso suspeito de perseguir criança de 13 anos em shopping de Salvador é liberado</a></div>
<div style="text-align: justify;"></div>
<div style="text-align: justify;">Acompanhe nossas transmissões ao vivo no <a href="https://aratuon.com.br/aovivo/aratuon" target="_blank" rel="noopener">www.aratuon.com.br/aovivo</a>. Siga a gente no <a href="https://instagram.com/aratuonline" target="_blank" rel="noopener nofollow">Insta</a>, <a href="https://www.facebook.com/aratuon/" target="_blank" rel="noopener nofollow">Facebook</a> e <a href="https://twitter.com/aratuonline?ref_src=twsrc%5Egoogle%7Ctwcamp%5Eserp%7Ctwgr%5Eauthor" target="_blank" rel="noopener nofollow">Twitter</a>. Quer mandar uma denúncia ou sugestão de pauta, mande WhatsApp para <a href="tel:(71) 99940 - 7440">(71) 99940 – 7440</a>. Nos insira nos seus grupos!</div>

Líder do União Brasil na Câmara, o deputado baiano Elmar Nascimento manifestou nesta terça-feira (13) sua insatisfação com a atual relação do partido com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante uma reunião da bancada, Elmar afirmou que não garantirá o apoio integral dos deputados do partido ao governo, mesmo que os pedidos da legenda sejam atendidos.

"Eu não vou obrigar ninguém a se suicidar", declarou Nascimento, demonstrando sua posição crítica em relação à adesão total ao governo Lula, segundo o jornal Folha de S. Paulo.

O deputado citou parlamentares como Kim Kataguiri (SP), Rosângela Moro (SP), Felipe Francischini (PR) e Mendonça Filho (PE), afirmando que eles votariam contra a pauta do PT, indo contra a vontade de seus próprios eleitores, caso apoiassem o partido.

A União Brasil solicitou ao Palácio do Planalto a substituição da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, pelo deputado Celso Sabino (União Brasil-PA). Lula se reuniu com Daniela nesta terça-feira e decidiu mantê-la no cargo por enquanto. No entanto, aliados do presidente já consideram sua demissão nos próximos dias como certa.

Nascimento ressaltou que a escolha e a demissão de ministros são prerrogativas exclusivas do presidente Lula, e que, se houver necessidade, ele será convocado para participar das decisões. O líder da União Brasil também destacou que há um consenso entre o partido e o governo de que a forma como os ministérios foram distribuídos no início do mandato não foi adequada, pois não houve a validação da bancada.

Durante a reunião da bancada, foi perceptível um clima de insatisfação com a decisão de Lula de manter Daniela Carneiro no cargo, pelo menos por enquanto. Enquanto alguns parlamentares defendiam que Nascimento adotasse uma postura mais dura contra o governo, outros, como Sabino, buscavam apaziguar a situação.

Um participante da reunião relatou que Nascimento afirmou que uma postura mais contundente só poderia ser adotada se contasse com o apoio de parlamentares de outros partidos do centro ou até mesmo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Após a reunião da bancada na Câmara, a União Brasil promoveu um jantar que contou com a presença de ministros do governo Lula, como Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Juscelino Filho (Comunicações).

Nascimento ressaltou que as negociações com o Palácio do Planalto devem buscar uma nova configuração para que os ministros da União Brasil possam atender às demandas dos parlamentares. "Queremos uma nova configuração. Vamos discutir todos os assuntos relacionados à União Brasil", afirmou o deputado.

Os deputados do partido estão pleiteando indicações para o comando da Embratur e dos Correios, órgãos vinculados ao Ministério das Comunicações, mas atualmente controlados por um aliado do PT.

Nascimento enfatizou que não se trata apenas de trocar pessoas, mas sim de criar condições adequadas para que o ministro Waldez Góes, responsável pela Integração Nacional, Juscelino Filho, responsável pelas Comunicações, e o eventual sucessor de Daniela Carneiro possam atender não apenas aos interesses da União Brasil, mas também do Congresso como um todo.

O posicionamento de Elmar Nascimento reflete a insatisfação de parte dos deputados da União Brasil com o governo Lula e coloca em xeque a estabilidade da base aliada. A possibilidade de uma ruptura ou redução do apoio do partido ao governo poderia impactar a governabilidade e a aprovação de medidas legislativas.

A continuidade do impasse em relação ao Ministério do Turismo e as tensões entre o partido e o governo Lula revelam a complexidade do cenário político atual. Resta aguardar os desdobramentos das negociações e a possível reconfiguração da relação entre a União Brasil e o governo federal nos próximos dias.

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A sensa&ccedil;&atilde;o de que o ano vai acabar aumenta a cobran&ccedil;a de finalizar tudo, avaliar o que n&atilde;o deu certo, antecipar as metas para o pr&oacute;ximo ano, comprar e consumir para as festas que est&atilde;o chegando, se cobrar de estar com a fam&iacute;lia e rever alguns amigos... tudo isso tende a piorar os casos de depress&atilde;o. Em 2017, o Centro de Valoriza&ccedil;&atilde;o da Vida (CVV) divulgou que, no m&ecirc;s de dezembro, principalmente durante o per&iacute;odo de datas comemorativas, as liga&ccedil;&otilde;es de pessoas pedindo ajuda costumam aumentar 15%.&nbsp;

&ldquo;O ser humano tem uma liga&ccedil;&atilde;o forte com datas, quer seja anivers&aacute;rios, Natal ou mesmo a virada do ano. Enquanto para a maioria das pessoas momentos como estes s&atilde;o motivos de alegria e felicidade, para pessoas que est&atilde;o com o c&eacute;rebro funcionando de maneira alterada ,como na depress&atilde;o, esses momentos podem se tornar motivo de mais cobran&ccedil;a pela felicidade que n&atilde;o sentem e de culpa por estarem doentes e deprimido&quot;, explica a m&eacute;dica psiquiatra Dra. J&eacute;ssica Martani, especialista em comportamento humano e sa&uacute;de mental.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/noticia/noticiaboa/ele-fez-uma-passageira-desistir-do-suicidio-em-salvador-conheca-germano-o-motorista-por-app-que-ganhou-fama-de-psicologo" target="_blank">Ele fez uma passageira desistir do suic&iacute;dio em Salvador: conhe&ccedil;a Germano, o motorista por app que ganhou &quot;fama&quot; de psic&oacute;logo</a>

Caso voc&ecirc; esteja se sentido assim, nessa ou em qualquer &eacute;poca do ano, o Aratu On recomenda que voc&ecirc; visite um profissional qualificado, como um m&eacute;dico psiquiatra ou um psic&oacute;logo.A liga&ccedil;&atilde;o para o CVV, pelo n&uacute;mero 180, &eacute; gratuita.

Conforme a especialista, o per&iacute;odo tende a ser sentido de forma mais forte para quem j&aacute; possui epis&oacute;dios de depress&atilde;o. &quot;A maneira distorcida do deprimido enxergar a realidade faz com que ele piore os desfechos, pense de maneira pessimista e sem esperan&ccedil;a, e n&atilde;o veja sa&iacute;da para os problemas. Tudo isso pode aumentar o estresse emocional no final do ano e precipitar desfechos negativos como o suic&iacute;dio&quot;, alerta.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/noticia/especiais/aratu-on-explica-porque-ocorrencias-relacionadas-a-pessoas-que-cometem-suicidios-nao-costumam-ser-noticiadas-entenda" target="_blank">Aratu On explica porque ocorr&ecirc;ncias relacionadas a pessoas que cometem suic&iacute;dios n&atilde;o costumam ser noticiadas; entenda</a> 
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A explica&ccedil;&atilde;o &eacute; que o c&eacute;rebro faz um flashback do ano dando &ecirc;nfase as partes ruins - al&eacute;m de fazer esses momentos parecerem ainda piores do que foram. &ldquo;Geralmente o indiv&iacute;duo deprimido apresenta uma distor&ccedil;&atilde;o das mem&oacute;rias, isto &eacute;, lembra mais de fatos passados negativos e pensa mais negativamente. Dessa maneira, parece que tudo que aconteceu e o que est&aacute; para acontecer foi e ser&aacute; ruim. N&atilde;o h&aacute; sa&iacute;da. Tudo &eacute; mais dif&iacute;cil e tomar decis&otilde;es se torna absurdamente dif&iacute;cil&rdquo;, comenta a psiquiatra. 
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&Eacute; importante destacar que nem toda pessoa deprimida apresentar&aacute; ideias de se matar, o que &eacute; chamado tecnicamente de &#39;idea&ccedil;&atilde;o suicida&#39;. Mesmo assim, a presen&ccedil;a de algumas caracter&iacute;sticas j&aacute; devem servir de luz vermelha para amigos e parentes.&nbsp;

&quot;Se alguma pessoa deprimida apresenta algum destes fatores de risco &eacute; muito importane que se aproxime dela neste final de ano, impedindo que este momento de festas possa se transformar em um momento de maior sofrimento para ela&quot;, adverte. A avalia&ccedil;&atilde;o do risco dever&aacute; ser feita por um profissional qualificado.

Confira alguns pontos:

- Elevado grau de depress&atilde;o, desesperan&ccedil;a, desamparo e desespero (4 D`s do suic&iacute;dio);

- Apresentar uma ideia ou um plano de suic&iacute;dio bem estruturado;

- Hist&oacute;ria de tentativas pr&eacute;vias de suic&iacute;dio;

- Presen&ccedil;a de um transtorno psiqui&aacute;trico grave j&aacute; diagnosticado (esquizofrenia, bipolaridade, alcoolismo);

- Acesso a muitos meios e m&eacute;todos de autoexterm&iacute;nio;

- Aus&ecirc;ncia de suporte familiar;

- Fatores de estresse que precipitem o suic&iacute;dio como estar solteiro ou separado; estar desempregado; estar distante da fam&iacute;lia; estar sofrendo ass&eacute;dio moral em ambiente de trabalho;

- Doen&ccedil;as m&eacute;dicas graves: c&acirc;ncer, quadros dolorosos, doen&ccedil;as reumatol&oacute;gicas, doen&ccedil;as neurol&oacute;gicas, AIDS, doen&ccedil;as dermatol&oacute;gicas graves, etc.

- Impulsividade aumentada (por exemplo em alguma depress&atilde;o do espectro bipolar);

- Aus&ecirc;ncia de fatores de prote&ccedil;&atilde;o como autoestima elevada; bom suporte familiar; la&ccedil;os sociais bem estabelecidos com fam&iacute;lia e amigos; religiosidade independente da afilia&ccedil;&atilde;o religiosa e raz&atilde;o para viver; aus&ecirc;ncia de doen&ccedil;a mental; estar empregado; ter crian&ccedil;as em casa; senso de responsabilidade com a fam&iacute;lia; gravidez desejada e planejada; capacidade de adapta&ccedil;&atilde;o positiva; capacidade de resolu&ccedil;&atilde;o de problemas e rela&ccedil;&atilde;o terap&ecirc;utica positiva, al&eacute;m de acesso a servi&ccedil;os e cuidados de sa&uacute;de mental. 
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J&aacute; come&ccedil;ou o Setembro Amarelo. Criado pela Associa&ccedil;&atilde;o Brasileira de Psiquiatria (ABP) em 2014, o Setembro Amarelo &eacute; uma campanha nacional que promove centenas de debates e a&ccedil;&otilde;es relacionadas &agrave; preven&ccedil;&atilde;o ao suic&iacute;dio, contra o estigma e a favor do acolhimento. O m&ecirc;s foi escolhido porque, no dia 10, acontece o Dia Mundial de Preven&ccedil;&atilde;o ao Suic&iacute;dio, com iniciativas relacionadas ao tema em todo o mundo.

No Brasil, de acordo com os dados mais recentes da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS), de 2019, s&atilde;o notificados cerca de 14 mil suic&iacute;dios por ano, ou seja, 38 por dia. No mundo, houve&nbsp;700 mil v&iacute;timas em 2019. E, enquanto os n&uacute;meros caem em todos os continentes, aumentam nas Am&eacute;ricas. Por isso, como explica o psic&oacute;logo e neuropsic&oacute;logo Ciro Guedes, &eacute; preciso agir - e r&aacute;pido.

&ldquo;&Eacute; um m&ecirc;s em que a gente vai pensar sobre o suic&iacute;dio, sobre a depress&atilde;o. &Eacute; nesse momento que a gente tem que quebrar esse tabu sobre o&nbsp;assunto. H&aacute; uma cren&ccedil;a na sociedade que, ao falar sobre esse assunto, as coisas v&atilde;o piorar, mas&nbsp;eu acredito que n&atilde;o. Acredito que, quando a gente fala, a gente leva informa&ccedil;&atilde;o para as pessoas que est&atilde;o precisando, e a gente promove uma qualidade de sa&uacute;de mental e de vida para a nossa sociedade&rdquo;.

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PANDEMIA

Segundo informa&ccedil;&otilde;es da Secretaria de Sa&uacute;de da Bahia (Sesab), de janeiro at&eacute; junho deste ano, foram notificados 379 casos de suic&iacute;dio no estado - uma m&eacute;dia de dois casos por dia -. A&nbsp;faixa et&aacute;ria mais atingida &eacute; a de 30 a 49 anos.

A pandemia de Covid-19, que estourou no Brasil em mar&ccedil;o de 2020, contribuiu, como explica Ciro, para o aumento de diagn&oacute;sticos de depress&atilde;o e ansiedade, o que interfere diretamente no n&uacute;mero de casos de suic&iacute;dio: de acordo com a OMS, quase 100% de todos os casos est&atilde;o ligados a doen&ccedil;as mentais.

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&ldquo;A pandemia mudou o contexto da maioria das pessoas. Algumas pessoas se adaptaram, e outras, n&atilde;o. Essas que n&atilde;o conseguiram se adaptar, que &eacute; uma quest&atilde;o de inflexibilidade cognitiva, acabaram tendo a ansiedade e a depress&atilde;o potencializadas. A pandemia deu uma afrouxada, mas, essas pessoas continuam com os sintomas, e a gente precisa cuidar delas, acolher esse p&uacute;blico que foi mais afetado&rdquo;.

E os n&uacute;meros da Bahia confirmam essa informa&ccedil;&atilde;o: de 2019, antes da pandemia come&ccedil;ar, at&eacute; 2021, os registros de suic&iacute;dio subiram: nesses tr&ecirc;s anos, os casos foram de 698 em 2019 para 740 em 2020, para terminar com 783 em 2021. Por isso, como explica o psic&oacute;logo, perceber os sinais, quando eles existem, pode salvar vidas:

&ldquo;A fam&iacute;lia tem que prestar aten&ccedil;&atilde;o no comportamento desse indiv&iacute;duo, que pode ser um adolescente, pode ser um adulto. O comportamento muda: a pessoa come&ccedil;a a ficar mais calada, silenciosa. E, quando ela diz algo, &eacute; no sentido de: &lsquo;Eu queria desistir de tudo, nada mais me alegra&rsquo;. A pessoa come&ccedil;a a ter pensamentos depreciativos de si e da pr&oacute;pria exist&ecirc;ncia. Esses s&atilde;o os primeiros sinais. Quem est&aacute; observando, pode come&ccedil;ar a ficar atento e se aproximar mais dessa pessoa&rdquo;.

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AJUDA

Se perceber os sinais, vindos de voc&ecirc; mesmo ou de algu&eacute;m pr&oacute;ximo, &eacute; importante n&atilde;o minimiz&aacute;-los e procurar ajuda de pronto. &ldquo;A melhor coisa &eacute; procurar um profissional. E, enquanto procura um profissional, evitar um comportamento que acaba piorando essa situa&ccedil;&atilde;o, que &eacute;: &lsquo;Ah, isso &eacute; frescura, isso &eacute; besteira, isso &eacute; falta de Deus&rsquo;. Esses coment&aacute;rios acabam potencializando a dor que aquele adolescente, aquele adulto, pode estar passando&rdquo;.

O N&uacute;cleo de Estudo e Preven&ccedil;&atilde;o do Suic&iacute;dio (Neps), uma iniciativa p&uacute;blica, vai realizar um evento sobre preven&ccedil;&atilde;o e conscientiza&ccedil;&atilde;o no dia 14 de setembro. Se precisar de ajuda com urg&ecirc;ncia, ligue para o 188 - Centro de Valoriza&ccedil;&atilde;o da Vida, com atendimentos 24 horas por dia.

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