Foi publicado no Diário Oficial da União, nesta terça-feira (29/10), a nomeação da otorrinolaringologista Lorena Pinheiro no cargo de professor adjunto A, Classe A, Nível 1, da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

A nomeação ocorreu após <a href="https://aratuon.com.br/cidade/2024-10-24/em-nova-decisao-justica-concede-liminar-para-nomear-medica-que-utilizou-cotas-para-negros-em-concurso-da-ufba/">decisão da juíza Arali Maciel Duarte</a>, a mesma que antes havia impedido a posse da médica, conceder liminar favorável a Lorena.

De acordo com a portaria assinada pelo reitor da universidade, Paulo Cesar Miguez de Oliveira, a professora recém-nomeada deverá trabalhar em regime de 20 horas semanais, com lotação no Departamento de Cirurgia Experimental e Especialidades Cirúrgicas da Faculdade de Medicina da Bahia (FMB).

Lorena, inscrita como candidata autodeclarada negra, em concurso público da Ufba, teve homologada sua colocação no último dia 13 de agosto, mas acabou perdendo a vaga, mediante <a href="https://aratuon.com.br/geral/2024-09-03/aprovada-em-concurso-medica-negra-perde-vaga-de-professora-apos-acao-de-candidata-branca-contra-cotas-da-ufba/">determinação judicial em processo movido por uma concorrente</a>, branca, sob o pretexto de ter obtido nota superior.

RELEMBRE O CASO EM MATÉRIA EXIBIDA NO DIA 03/09/2024:

https://www.youtube.com/watch?v=_V1ZIExdwLg&amp;t=426s

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/politica/2024-10-29/oposicao-vota-contra-dois-novos-emprestimos-de-jeronimo-que-totalizam-r-16-bilhao/">Oposição vota contra dois novos empréstimos de Jerônimo que totalizam R$ 1,6 bilhão</a>

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A aflição vivida pela otorrinolaringologista de 39 anos, Lorena Pinheiro, parece estar chegando ao fim. A médica, que havia sido impedida de assumir uma vaga disponibilizada em concurso para professor da Universidade Federal da Bahia, está mais perto de ver uma decisão judicial contrária ao seu interesse ser revogada.

Lorena, inscrita como candidata autodeclarada negra, teve homologada sua colocação no dia 13 de agosto, mas acabou perdendo a vaga, mediante <a href="https://aratuon.com.br/geral/2024-09-03/aprovada-em-concurso-medica-negra-perde-vaga-de-professora-apos-acao-de-candidata-branca-contra-cotas-da-ufba/">determinação judicial em processo movido por uma concorrente</a>, branca, sob o pretexto de ter obtido nota superior.

RELEMBRE O CASO EM MATÉRIA EXIBIDA NO DIA 03/09/2024:

https://www.youtube.com/watch?v=_V1ZIExdwLg&amp;t=426s

NOVA DECISÃO:

Nesta terça-feira (22/10), uma decisão liminar concedida pela mesma juíza que impediu a posse da candidata, Arali Maciel Duarte, determinou que a Ufba nomeie e dê posse à médica como professora da Faculdade de Medicina da Bahia (FMB) e assuma uma das vagas "comprovadamente desocupadas".

Originalmente, a decisão foi publicada no dia 4 de outubro, com um prazo de cinco dias para o cumprimento da determinação, contudo, a UFBA não cumpriu. Agora, a juíza reforçou a decisão, emitindo o novo despacho para a Ufba, que terá dois dias para o cumprimento, sob pena de multa diária.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/geral/2024-09-03/aprovada-em-concurso-medica-negra-perde-vaga-de-professora-apos-acao-de-candidata-branca-contra-cotas-da-ufba/">Arena Fonte Nova inicia uso de tecnologia de reconhecimento facial em jogos do Bahia</a>

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Ao completar 10 edições neste ano, o Afro Fashion Day (AFD) aposta em novidades e mostra o motivo de se consolidar como a passarela de moda mais negra no Brasil. O desfile acontecerá em 1º de novembro, em Salvador, abrindo o mês em que se celebra a Consciência Negra, com o tema "Música – Resgatando raízes e elevando vozes".
Depois de três edições no Terreiro de Jesus, no Pelourinho, em 2024 o evento vai ocupar a Praça 2 de Julho, no Largo do Campo Grande. A entrada será gratuita e a programação se inicia às 11h com a Feira da Sé, oficinas e atrações musicais. Já o desfile está previsto para às 19h.
Nesta edição, o evento contará com duas seletivas de modelos não profissionais nos bairros da capital baiana. Podem participar pessoas afrodescendentes, com idade a partir de 13 anos. Haverá ainda uma seleção específica de modelos profissionais, com data e local a serem divulgados.
A primeira Seletiva de Bairros foi realizada na última terça-feira (10/9), no Espaço Nilda Spencer (Espaço Cultural Boca de Brasa), na Barroquinha, no Centro Histórico de Salvador. Mais de 110 pessoas compareceram. A segunda, no Espaço Cultural Boca de Brasa de Cajazeiras, será no dia 17 de setembro, das 14h às 17h.
As datas e locais da grande final das Seletivas de Bairro e a seleção de modelos profissionais serão divulgados em breve.
LEIA MAIS:<a href="https://aratuon.com.br/variedades/2024-09-09/evento-afro-fashion-day-anuncia-selecao-de-modelos-nao-profissionais-em-bairros-de-salvador/"> Evento Afro Fashion Day anuncia seleção de modelos não profissionais em bairros de Salvador</a>

Uma médica negra, aprovada em concurso feito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), para exercer o cargo de professora de otorrinolaringologia, teve a sua nomeação impedida por uma decisão liminar que destinou a vaga para uma profissional branca.

A situação aconteceu com Lorena Pinheiro, de 39 anos. Ela se inscreveu como candidata autodeclarada negra e teve homologada sua colocação no dia 13 de agosto, mas acabou perdendo a vaga, mediante determinação judicial em processo movido pela concorrente, sob o pretexto de ter obtido nota superior.

Lorena questionou a decisão na Justiça Federal, alegando a não utilização do critério de cotas para a escolha, considerando que o edital da seleção previa essa determinação para os casos de apenas uma vaga.

A liminar foi concedida pela juíza Arali Maciel Duarte, da 1ª Vara Federal Cível da Bahia, que determinou a mudança do critério de escolha e proibiu a nomeação de cotista para vaga, favorecendo, nesse episódio, a candidata Carolina Cincurá Barreto.

Em sua decisão, a magistrada considera que a regra do edital "implicará a concessão de 100% das vagas para candidatos cotistas, em afronta ao direito de quem se submeteu à ampla concorrência e obteve notas mais altas".

A UFBA informou que nomeou a indicada pela Justiça, Carolina Cincurá Barreto, mas que vai recorrer da decisão.

CONFIRA REPORTAGEM NO BOM DIA BAHIA

https://www.youtube.com/watch?v=_V1ZIExdwLg

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/cidade/2024-09-03/ensaio-para-desfile-da-independencia-altera-transito-em-salvador-nesta-quinta-feira-5/">Ensaio para desfile da Independência altera trânsito em Salvador nesta quinta-feira (5)</a>

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Encerrando as ações do Julho da Mulher Negra, a Secretaria do Trabalho, Emprego Renda e Esporte (Setre), por meio da Rede SineBahia, realiza nesta próxima quarta-feira (31/7), a ação Mulher Negra – SineBahia, voltada para trabalhadoras que se autodeclaram negras e buscam oportunidade de qualificação e de inserção no mercado de trabalho.

O evento acontece a partir das 9h, na unidade SineBahia do Shopping Liberdade (2º andar), em Salvador. As trabalhadoras vão ter acesso às vagas de emprego disponíveis na Rede, cadastramento ou atualização cadastral, emissão gratuita de RG, orientação para Carteira de Trabalho e Previdência Social Digital (CTPS), palestras sobre acesso a crédito (CREDIAFRO) e serviços de saúde.

O Julho da Mulher Negra – SineBahia é realizado em parceria com a Secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionais (Sepromi) e da Secretaria de Saúde (Sesab).

Vagas de trabalho - Durante o atendimento para pesquisa de vaga de trabalho, as candidatas que já possuem cadastro atualizado no SineBahia precisam estar de posse da CTPS física ou digital, RG e CPF. As trabalhadoras que ainda não têm cadastro no sistema devem levar CTPS, também física ou digital, RG e CPF, comprovantes de residência e escolaridade, além de certificados de cursos (se a vaga exigir).

Documentação gratuita - Para a emissão de RG, as mulheres interessadas precisam estar de posse da seguinte documentação: fotos 3x4 recentes (fundo branco); CPF (original e cópia); RG anterior (original e cópia); certidão de nascimento original e xerox em bom estado (solteira); certidão de casamento original e xerox em bom estado (casada); certidão de casamento com averbação do estado civil (divorciada) e certidão de óbito do companheiro ou companheira, além da certidão de casamento averbada (viúvas).

Programação*

09h às 09h30 – Saudação das autoridades presentes para abertura dos trabalhos

9h30 às 16h – Serviços - Intermediação de mão de obra; emissão de RG, orientação para CTPS Digital; orientação CrediBahia e palestras. Serviços da area de saúde: aferição de pressão arterial e glicemia;

10h às 11h – Palestra 1 - Doenças Sexualmente Transmitidas – DST. Palestrante: Tiago Jordão de Freitas Pinheiro Gomes.

11h às 12h – Palestra 2 - Acesso ao Crédito – CREDIAFRO. Palestrante: Carolina Barbosa, agente de crédito – CREDIAFRO

16h – Encerramento

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O governo federal vai adotar uma série de ações de combate à fome com foco nas mulheres negras. O anúncio da agenda de medidas foi feito pela ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, nesta quinta-feira (25/7), no Rio de Janeiro. A data foi escolhida por ser o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, criado para dar visibilidade a temas como violência, racismo e sexismo.
O conjunto de ações é uma parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e soma R$ 330 milhões em investimentos. A iniciativa está no âmbito do programa Brasil sem Fome, do governo federal.
Durante o lançamento da agenda de enfrentamento à fome, hoje no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, Anielle explicou que a atenção especial às mulheres negras se dá por causa da maior situação de vulnerabilidade dessa população. “Setenta e cinco por cento das casas que estão com insegurança alimentar grave são de pessoas negras. Nas casas chefiadas por mulheres negras, 40% são afetadas pela fome de alguma forma.”
Insegurança alimentar grave é quando a pessoa está sem acesso a alimentos e passou um dia ou mais sem comer.
O programa tem frentes que preveem investimento na formação de gestores e profissionais do Sistema Único de Assistência Social (Suas) e do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) e estudos e pesquisa de dados.
“A gente precisa dos dados para que saber onde está [a população vulnerabilizada] e aonde queremos chegar”, disse Anielle.
A ministra informou que haverá esforços para aprimorar cadastros de populações tradicionais e específicas. “Chegar a esses territórios especificamente para a gente é importante: favelas, periferias quilombolas, povos de terreiros e matriz africana”, listou.
Outra ação é o fomento de cozinhas solidárias e projetos liderados por mulheres negras. “Quem sabe melhor resolver o problema da fome é quem está no dia a dia com isso”, afirmou Anielle.
Lembrando uma citação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que “enquanto houver família sem comida na mesa, crianças nas ruas e jovens sem esperança, não haverá paz”, a ministra defendeu o direcionamento de recursos públicos para o combate às desigualdades. “A gente lança essa agenda com muita certeza de que cada real investido para enfrentar a desigualdade retorna à sociedade, multiplicando a qualidade de vida e direitos”, declarou.
RIO ADERE AO BRASIL SEM FOME
O evento marcou também a adesão do governo do Rio de Janeiro ao Plano Brasil sem Fome, lançado há um ano pelo governo federal.
Com a formalização, que não envolve transferência de recursos, o estado se compromete com uma série de medidas que buscam acabar com a situação de insegurança alimentar e nutricional grave.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, manifestou intenção em aumentar o número de restaurantes populares, que oferecem refeições pelo preço de R$ 1. Atualmente existem 12. “O meu sonho é que ao final do meu mandato [2026] sejam pelo menos entre 35 e 40”, disse.
Castro afirmou que, mesmo o estado tendo as contas deficitárias, ou seja, tendo mais despesas que receitas, terá investimentos para tirar o Rio de Janeiro do Mapa da Fome até o fim de 2026.
“O Rio de Janeiro vive com déficit anual de R$ 8,5 bilhões. Pode faltar dinheiro para tudo, mas não vai faltar para a gente alimentar o nosso povo”.
BUSCA ATIVA
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, ressaltou que o combate à insegurança alimentar no país é feito de forma conjunta entre complementação alimentar e políticas de transferência de renda.
Wellington Dias defendeu o “pobre no Orçamento”. “Quando a gente dá a mão a essas pessoas para sair da fome e, ao mesmo tempo, o passo seguinte, para tirar da pobreza, a gente tem de efeito o crescimento da classe média, do país”, considerou.
Segundo o ministro, neste ano, R$ 6,6 bilhões do governo federal serão transferidos para pessoas em situação de vulnerabilidade no estado, por meio de programas como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que garante um salário mínimo por mês ao idoso a partir de 65 anos e para pessoa com deficiência de qualquer idade.
De acordo com Dias, o governo tem a “obrigação” de localizar todas as pessoas em situação de vulnerabilidade que têm direito a transferências e outros programas, como Auxílio Gás, Farmácia Popular e Minha Casa Minha Vida. É a chamada busca ativa.
“Vamos garantir direito a quem tem direito”, disse.
MENOS FOME
O subdiretor-geral e representante regional da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) para a América Latina e o Caribe, Mario Lubetkin, elogiou o desempenho do Brasil no combate à fome.
Ele se referia ao Relatório das Nações Unidas sobre o Estado da Insegurança Alimentar Mundial, divulgado na quarta-feira (24), que revelou que mais de 14,7 milhões de brasileiros deixaram de passar fome em 2023. Como ainda há 2,5 milhões de pessoas nessa situação no país, o Brasil ainda figura no chamado Mapa da Fome.
Segundo o uruguaio, os números do Brasil são um estímulo. “Foi graças ao Brasil que teve queda na tendência do problema na América do Sul”, afirmou.
Mario Lubetkin considerou a política brasileira de combate à fome “concreta e coesa”. “Muitos milhões voltaram a comer novamente”, enfatizou Lubetkin, ressaltando que deve haver uma conjunção entre enfrentamento à insegurança alimentar e qualidade nutricional. “Tem que garantir que as pessoas comam e comam bem”, acrescentou.
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O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha vai ser comemorado antecipadamente no Parque Shopping Bahia, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), com uma palestra gratuita e aberta ao público nesta quinta-feira (18/7).

Com o tema "A mulher negra e o desafio cotidiano frente à violência urbana", a roda de conversa, que acontece na Praça de Alimentação do centro comercial, vai contar com a presença de Creuza Oliveira, presidenta de honra da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) e Doutora Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), e Solange Coutinho, advogada e escritora, que vai lançar o livro "Superação. A história de uma sobrevivente", na ocasião .

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, criado para lembrar a importância, a resistência e a luta dessas mulheres contra o racismo, machismo e outras violências,  é celebrado no dia 25 de julho, conforme estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/cultura/2024-07-15/espetaculo-em-homenagem-ao-dia-da-mulher-negra-afro-latino-americana-estreia-em-salvador/">Espetáculo em homenagem ao Dia da Mulher Negra Afro Latino-Americana estreia em Salvador</a>

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O projeto Ajeum Literário chega à terceira edição com uma programação de oficinas de escrita criativa, bate-papos e saraus voltados para promoção da literatura negra, periférica e soteropolitana. O circuito de oficinas acontece entre maio e junho em oito escolas públicas de Salvador, do Fundamental I ao EJA. Todas as atividades são gratuitas e contam com interpretação em Libras. Ao todo, estima-se que o projeto impacte mais de 1300 pessoas.
“Esta formação tem como objetivo fomentar o incentivo à leitura, a preservação da memória cultural afro-diaspórica, a divulgação da produção literária local, o enfrentamento ao racismo, a democratização do acesso aos bens culturais nas periferias de Salvador, além de estimular a produção textual a partir de narrativas e perspectivas afro-referenciadas”, declara Anderson Gavião, coordenador geral do Ajeum.
O projeto prevê a realização de atividades em bairros como Alto do Cabrito, Cabula, Paripe e São Caetano. As atividades realizadas nas escolas darão início à produção de quatro saraus que contarão com a participação de diversos artistas, como Akueran Mc, Negra Winnie, Thallia Anatália, Rool Cerqueira, Jade Lu e Sued Hosaná. A proposta também prevê a realização de dois bate-papos online com artistas negos(as) de Salvador sobre os temas “Narrativas infanto-juvenis” e “Produção Afrofuturista”.
O Ajeum Literário é uma iniciativa do Quilombo Educacional Gbesa, organização negra de Salvador, criada em 2020, com vista a promover ações no campo da educação, artes e culturas articuladas aos princípios da ancestralidade negroafricana.
O projeto 3ª edição Ajeum Literário foi contemplado pelo Edital Gregórios Ano III, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.
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O I Congresso Baiano de Estética Negra será realizado em Salvador em dois dias, sexta e sábado (24 e 25/5), na Unime do Shopping Paralela. O evento vai reunir renomadas profissionais baianas, como dermatologistas, dermopigmentadoras e esteticistas, para abordar temas relacionados ao universo da beleza afro-brasileira, como micropigmentação, colorimetria, estética capilar afro, técnicas de bronzeamento e maquiagem para pele negra.
"Acreditamos que a beleza negra vai além do que os olhos podem ver. Ela é uma expressão de identidade, cultura e resistência. Nosso objetivo foi criar um congresso que transcenda a superfície da beleza, sendo uma ferramenta para capacitar, educar e conectar mulheres negras", diz uma das organizadoras do congresso, Dijara Santos, estrategista de marketing, acrescentando que serão dois dias de aprendizado, networking e celebração da diversidade.
Para a afropigmentadora Sheila Valverde e uma das organizadoras, o I Congresso Baiano de Estética Negra será um marco na promoção da representatividade negra, diversidade e inclusão. “Estamos propondo mais do que um evento, mas um movimento para expandir o conhecimento e promover a inclusão. Somos um verdadeiro marketplace na startup Pele Negra Hub, onde empresas dedicadas à beleza e estética negra encontram seu espaço para brilhar. Na Pele Negra Hub, a melanina é protagonista e cada tonalidade é celebrada".
Para enriquecer ainda mais o debate, o evento contará com a presença do renomado psicoterapeuta Hilvan Coutinho, que abordará questões essenciais sobre saúde mental e prosperidade. Além disso, as afroeducadoras Aline Lisboa e Carol Adesewa farão palestras sobre o empoderamento estético de crianças negras.
Os interessados em participar do I Congresso Baiano de Estética Negra podem fazer a inscrição pelo Instagram <a href="https://instagram.com/congressoesteticanegra" target="_blank" rel="noopener">@congressoesteticanegra</a>.
PROGRAMAÇÃO
Sexta-feira (24)
8h30 - Cerimônia de abertura;
9h - Fisiologia da pele negra, com a dermatologista Carolina Alice;
10h - Os melhores ativos para tratar pele negra e como atender sem erro, com a farmacêutica esteta Arina Gabriela;
11h - Como abordar a diversidade da pele negra, com as dermatogistas Carolina Alice e Arina Gabriela;
14h30 - Micropigmentação tipos de pele, estrutura e característica que influenciam colorimetria com as dermopigmentadora Marcela Dias e Sheila Valverde;
15h30 - Estrutura do cabelo crespo e cacheado com Flávia Santana, especialista em cabelos crespos;
16h - Tranças, ancestralidade e empoderamento de pessoas negras, celebrando a pretitude, com Vidal Neta, trancista;
16h50 - Empoderamento estético de crianças negras com pedagoga e psicoterapeuta Aline Lisboa e Carol Adesewa do Projeto Afroinfância, que busca contribuir com a construção da identidade e autoestima da criança negra, a partir de referências africanas e afro-diaspóricas;
19h - Saúde mental, como destravar a abundância e prosperidade com o terapeuta Hilvan Santos.

Sábado (25)
8h - Letramento racial e colorismo;
8h50 - Bronzeamento em pele negra, com Priscilla Luz do Spa Cravo e Canela;
9h30 - Técnicas de maquiagem em pele negra com a esteticista e cosmetóloga Dandara Santos;
10h10 – Crediafro, crédito para afroempreendedores com Sepromi;
11h30 - Inovação e tecnologia na estética e seus benefícios para a pele negra com a esteticista Daniela Barros;
12h30 - como destravar a mentalidade para seu real potencial de empresária com a mentora Isa Reis;
12h30 – Encerramento.

Organização:
Sheila Valverde: contadora, esteticista e micropigmentadora, especialista em pele negra. Atuante na área da micropigmentação de sobrancelhas e lábios. Idealizadora do Projeto Mulheres Vencedoras, que resgata a autoestima de mulheres que lutaram e lutam contra o câncer. Em 2022, conquistou seu primeiro prêmio nacional, como micropigmentadora destaque. Em 2023 recebeu o prêmio de micropigmentadora destaque de Salvador e foi homenageada como Mulher Empreendedora na Câmara de Vereadores em Salvador.
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"E se a gente fizer um bloco só de negão?". Esse foi o questionamento feito por Antonio Carlos dos Santos, mais conhecido como "Vovô do Ilê", na década de 1970, inspirado pelos apaches e blocos de índios no Carnaval da capital baiana. A história do primeiro bloco afro do Brasil, o Ilê Aiyê - "o mais belo dos belos" -, foi o tema do último painel do espaço "Café Literário" da Bienal do Livro da Bahia 2024, no Centro de Convenções de Salvador.
"O Ilê surgiu como uma proposta minha e de Apolônio [amigo e cofundador do bloco, falecido em 1992]. Nós curtíamos o bairro da Liberdade, o Gandhy, desfiles de blocos de samba... e percebemos que não tinha participação de pessoas negras", iniciou Vovô.
Nessa época, a dupla já se inspiravava no movimento negro americano, da ideologia às roupas coloridas, algo até então incomum para pessoas negras. "A gente tinha esse orgulho de ser negão da Liberdade, mas a juventude negra desfilava em blocos de índios... Por que não fazer um bloco só de negão?", lembrou.
Ao comentar sobre a ideia com a mãe, Mãe Hilda de Jitolu, ela indagou: "mas não vai sair só homem não, né? Porque eu também vou sair".
Segundo Vovô, a matriarca queria orientar o filho e amigos, e foi assim que fez. O terreiro Acé Jitolu, na casa dela, na Liberdade, foi a primeira casa do Ilê. "Se não fosse Mãe Hilda, não estaríamos comemorando os 50 anos do Ilê Aiyê", afirmou.
Ainda de acordo com o fundador, o diferencial do Ilê, além da matriarca, foi socializar as ideias do Movimento Negro nas músicas.
IDENTIFICAÇÃO
Também convidada do painel, a historiadora, professora e articulistra Luciana da Cruz Brito falou sobre seu primeiro contato com o Ilê, no final da década de 1990, ainda como estudante de História na Universidade Federal da Bahia (Ufba), e como isso a marcou.
"Venho de uma família de maioria de pessoas negras, mas de muitas cores, cujo ideal dessas pessoas era embranquecer. Não foi um caminho familiar [encontrar o Ilê]. A negritude era um peso", contou. "Nunca tive dúvida [da sua negritude], mas era um peso. Até que um dia, na universidade, me falaram 'vai ter o ensaio do Ilê'. Devia ser 1999... Fiquei impactada! A negritude ali não era um peso. Foi um mundo que se abriu", revelou.
Alguns anos se passaram até Luciana sair como foliã do bloco, em 2008. Ali, disse, entendeu que "sair no Ilê" era um megaevento de celebração da negritude individual. "Em três dias de desfile, as pessoas celebram o que elas são", destacou.
Rememorando o sentimento, afirmou que desfilar no Ilê, para ela, é celebrar ser uma mulher negra e a beleza do povo de Salvador, quando é possível passar por qualquer lugar "que o caminho se abre".
"Não há nenhuma hipocrisia nisso. É celebração e respeito da alegria e da negritude da cidade de Salvador. Foi uma suspensão de qualquer sentimento de fardo. Foi uma reconciliação com quem eu sou. Isso que significou para mim", concluiu.
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