Bancos de praça com divisórias no meio, grades e estruturas pontiagudas em superfícies. Todas essas são formas de afastar pessoas de locais públicos. São técnicas construtivas agressivas, mais conhecidas como “arquitetura hostil”, que afetam principalmente a população em situação de rua (mas não só).
Segundo o arquiteto e urbanista Victor Gonzalez, o tema é estudado desde a década de 1990. “Esse afastamento é feito de maneira silenciosa e normalmente atinge pessoas com pouco poder social, com a construção de muros, grades e cercas em praças, construções sem marquise e bancos com braços metálicos para evitar que pessoas possam deitar”, pontua.
A prática, mais comum em grandes cidades, está associada à aversão aos pobres, ou “aporofobia”, termo criado em 2017 pela filósofa espanhola Adela Cortina. A palavra, que une duas expressões gregas - “á-poros” (pobre, sem recursos) e “fobos” (medo, aversão, ódio), - ficou mais conhecida no Brasil por meio do padre Júlio Lancellotti, de São Paulo, que promove trabalhos sociais desde a década de 1980 e denuncia situações assim, frequentemente, nas redes sociais.
A postura engajada do pároco, inclusive, foi inspiração para a <a href="https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2022/12/22/lei-padre-julio-lancellotti-que-proibe-arquitetura-hostil-e-promulgada#:~:text=Foi%20promulgada%20nesta%20quarta%2Dfeira,%2C%20viadutos%2C%20cal%C3%A7adas%20e%20jardins." target="_blank" rel="noopener">Lei 14.489, de 2022</a>, de âmbito nacional, que leva seu nome e proíbe a arquitetura hostil no país. O projeto que deu origem à lei, de autoria do senador Fabiano Comparato (PT-ES), chegou a ser vetado pelo então presidente, Jair Bolsonaro (PL), mas o veto foi derrubado pouco depois pelo Congresso Nacional.
Padre Júlio também teve influência na capital baiana, onde um projeto de lei foi sancionado em abril deste ano, pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil). Com a referência de Comparato e proposto pela vereadora licenciada Maria Marighella (PT-BA), atual presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), o texto altera o <a href="https://leismunicipais.com.br/a/ba/s/salvador/lei-ordinaria/1999/551/5503/lei-ordinaria-n-5503-1999-codigo-de-policia-administrativa-do-municipio-do-salvador" target="_blank" rel="noopener">Código de Polícia Administrativa do Município do Salvador</a> e foi construído em diálogo com o Movimento População de Rua e com o Padre Júlio Lancellotti.
No artigo 169-A do Código consta que "é vedado o emprego sobre passeios e espaços públicos de materiais, estruturas, equipamentos e técnicas construtivas hostis que tenham como objetivo ou resultado o afastamento de pessoas em situação de rua, idosos, jovens e outros segmentos da população". Diz ainda que "a prefeitura não concederá alvará aos projetos que violem o conforto, abrigo, descanso, bem-estar e acessibilidade na fruição dos espaços livres de uso público".
De acordo com Maria Marighella, o ‘estopim’ para a mudança na lei foi quando uma situação de arquitetura hostil em Salvador ganhou repercussão nacional, no final de 2021. Um restaurante de alto padrão, situado em um bairro nobre da cidade, colocou “garras” ao redor de um canteiro de tijolos, e essa estrutura cortante ficava na calçada, em frente ao estabelecimento. “Uma coisa perigosíssima”, afirma a presidente da Funarte ao Aratu On.
“Nós denunciamos, à época, e isso ganhou repercussão nas redes, em outras cidades, e muitas pessoas marcaram o padre Júlio. Fui ao encontro dele e foi ele próprio quem sugeriu [a legislação municipal]”, conta. “Mesmo com a aprovação no Senado, ele entendia que as cidades também deveriam propor projetos de lei para visibilizar que o uso dessa técnica é muito mais usual do que a gente podia imaginar”, completa Marighella.
A vereadora licenciada ressalta, ainda, que muitas vezes esse recurso aparece de “forma lúdica”, ou com técnicas mais “sutis”, mas com a mesma ideia de “expulsar do espaço público a população mais vulnerável”. “Não é só o que é mais ‘violento’, com garras, tridentes e metal que furam ou cortam. São pontos de ônibus sem espaço para o descanso, que não têm sombra, bancos com ondas, cactos sob viadutos… técnicas variadas, desde as mais violentas e segregadoras, às disfarçadas”, pontua.
Apesar da legislação vigente, ainda são encontrados espaços, em Salvador, com técnicas hostis (confirmadas ao Aratu On pelo arquiteto Victor Gonzales). A equipe de jornalismo do site registrou alguns desses pontos. Confira:
- Os bancos do ponto de ônibus em frente ao Cine Glauber Rocha, no Centro, são separados por braços que impedem que alguém se deite. O mesmo ocorre do outro lado da rua, na Praça Castro Alves.


[caption id="attachment_248936" align="alignnone" width="740"]<img class="size-full wp-image-248936" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/09/bancos-2-foto-aratu-on.jpeg" alt="" width="740" height="470" /> Ponto em frente ao Cine Glauber Rocha, Centro | Foto: Aratu On[/caption]

[caption id="attachment_248988" align="alignnone" width="740"]<img class="wp-image-248988 size-full" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/09/banco-praca-2.jpg" alt="" width="740" height="413" /> Ponto de ônibus na Praça Castro Alves | Foto: Aratu On[/caption]
- As grades colocadas em frente ao Hub Salvador, no bairro do Comércio, também se enquadram. "São exemplos mais comuns. Inclusive considero as grades do Campo Grande e da Piedade exemplos, também, de arquitetura hostil, apesar de serem obras de arte baseadas em desenhos de Caribé", diz Gonzales.


[caption id="attachment_248990" align="alignnone" width="740"]<img class="wp-image-248990 size-full" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/09/hub2-foto-aratu-on.jpg" alt="" width="740" height="414" /> Foto: Aratu On[/caption]
<a href="https://aratuon.com.br/especiais/2023-09-22/arquitetura-hostil-em-salvador-grades-cactos-e-bancos-desconfortaveis-afastam-pessoas-em-situacao-de-rua/attachment/grades-campo-grande-print-maps-google/" rel="attachment wp-att-248817"><img class="size-full wp-image-248817" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/09/grades-campo-grande-print-maps-google.jpg" alt="" width="740" height="470" /></a>
Imagem: reprodução/Google Maps
- Cactos sob viaduto na Avenida Reitor Miguel Calmon, no bairro do Canela. A cena gera dúvidas, por se tratar de vegetação, mas também é uma tática utilizada, segundo o arquiteto. Inclusive o local já foi tema de debate, em 2015, pelo mesmo motivo. À época, Bruno Reis - então secretário de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps) - falou que as plantas estavam lá "há bastante tempo".
"Quando eu entrei, todos os viadutos estavam sendo ocupados por pessoas em situação de rua e, através de nossas equipes de abordagem, que dobramos o quantitativo, conseguimos convencê-los a ir para nossas unidades de acolhimento", disse, na ocasião, ao site Bahia Notícias.


[caption id="attachment_248813" align="alignnone" width="740"]<a href="https://aratuon.com.br/especiais/2023-09-22/arquitetura-hostil-em-salvador-grades-cactos-e-bancos-desconfortaveis-afastam-pessoas-em-situacao-de-rua/attachment/viaduto-canela-2/" rel="attachment wp-att-248813"><img class="wp-image-248813 size-full" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/09/viaduto-canela-2-.jpg" alt="" width="740" height="414" /></a> Foto: Aratu On[/caption]
Em outros espaços, como o "Pela Porco", na Rua Cônego Pereira, na região das Sete Portas, e sob o viaduto do Politeama, perto do Orixás Center, há estruturas que também causam dúvidas. São espécies de esculturas em forma de bolas e pássaros, coloridos, colocados na calçada e no canteiro central. Nesses casos, Victor Gonzales diz não ter achado referências nos estudos que ele conhece.
Porém, de acordo com o defensor público do estado da Bahia, Armando Fauaze, "todo obstáculo que dificulte acesso das pessoas em situação de rua às praças, viadutos, túneis e demais logradouros públicos são considerados  arquitetura hostil".


[caption id="attachment_248246" align="alignnone" width="732"]<a href="https://aratuon.com.br/viaduto-politeama-foto-juana-castro/" rel="attachment wp-att-248246"><img class="wp-image-248246 size-full" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/09/viaduto-politeama-foto-juana-castro.jpg" alt="" width="732" height="465" /></a> Estruturas geométricas sob o viaduto do Politeama | Foto: Aratu On[/caption]
<a href="https://aratuon.com.br/especiais/2023-09-22/arquitetura-hostil-em-salvador-grades-cactos-e-bancos-desconfortaveis-afastam-pessoas-em-situacao-de-rua/attachment/passaros-sete-portas/" rel="attachment wp-att-248819"><img class="wp-image-248819 size-full" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/09/passaros-sete-portas.jpg" alt="" width="740" height="415" /></a>
Esculturas em forma de pássaros na região das Sete Portas | Foto: Aratu On
<a href="https://aratuon.com.br/especiais/2023-09-22/arquitetura-hostil-em-salvador-grades-cactos-e-bancos-desconfortaveis-afastam-pessoas-em-situacao-de-rua/attachment/sete-portas/" rel="attachment wp-att-248823"><img class="size-full wp-image-248823" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/09/sete-portas.jpg" alt="" width="740" height="416" /></a>
Calçada na região das Sete Portas | Foto: Aratu On
Segundo a Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (Desal), as peças são, originalmente, parte do mobiliário urbano, colocadas em diferentes locais da cidade. Ao site, o órgão informou que a instalação foi feita há cerca de seis anos como forma de "compor o paisagismo", além de evitar, na região das Sete Portas, que jogassem lixo. Pontuou, contudo, que irá consultar um corpo técnico para avaliar se infringe, ou não, a legislação.
PONTOS DE ÔNIBUS SERÃO TROCADOS
Procurada pelo Aratu On, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur) informou que "os abrigos de  ônibus estão sendo substituídos por modelos mais modernos". Quanto às outras situações, disse não ter identificado técnicas construtivas hostis, pois os cactos integrariam com a vegetação e as grades podem ter sido colocadas "por questão de segurança".
Por meio de nota, afirmou que "os processos de licenciamento são analisados de acordo com as legislações vigentes e não permite a instalação de técnicas construtivas hostis. Caso seja identificada alguma irregularidade, o órgão notifica o responsável para realizar a remoção das estruturas".
DESIGUALDADE E FISCALIZAÇÃO
Para Maria Marighella, para que Salvador seja uma cidade justa, é preciso proteger toda a sua população e garantir conforto nos espaços públicos. “A classe média e classe média/alta estão em espaços acolhedores, arborizados, com uma estética pública agradável, que muitas vezes se assemelham a países desenvolvidos ou ricos, enquanto a população pobre vulnerável está sem conforto ambiental, em espaços com desmatamento e onde essas técnicas são mais usuais”, reflete.
Ela destaca, ainda, a importância da participação do cidadão para ajudar a cobrar a proibição dessas práticas, bem como a de órgãos fiscalizadores: “A Câmara Municipal é um ambiente para fiscalizar o poder Executivo. A sociedade precisa entender que é papel constitucional da Casa legislativa fiscalizá-lo, seja através da ouvidoria, das comissões de desenvolvimento urbano, frente parlamentar mista ambientalista, do vereador que o cidadão elegeu”.
Outros órgãos que podem auxiliar nesse sentido são o Ministério Público e a Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA), como complementa o defensor público Armando Fauaze, titular da 2ª Defensoria Especializada em Direitos Humanos, que compreende os núcleos de População em Situação de Rua e de Saúde Mental. "As nossas instituições estão aí, justamente para garantir direitos", crava.
Segundo ele, a DPE tem atuado de forma extrajudicial em relação às técnicas construtivas hostis. "Sendo uma instituição permanente, essencial à função judicial do Estado, a Defensoria também é um órgão processante. Como tal, acompanha, monitora e faz, regularmente, audiências extrajudiciais", explica Fauaze.
"Nós fazemos a visita institucional e vamos em busca de eliminar, paulatinamente, esses obstáculos que são colocados nas vias públicas para dificultar o acesso das pessoas vulnerabilizadas", salienta, acrescentando que não é algo muito fácil, mas que o órgão tem obtido êxito. "Há contra-argumentos, mas a gente tem conseguido resolver algumas coisas", comemora.
Ainda conforme Fauaze, os últimos dados que a DPE-BA registrou são de 2017, indicando que aproximadamente 18 mil pessoas estavam em situação de rua, em Salvador. Um novo censo deve ser divulgado ainda neste mês de setembro, em parceria com a Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) e o Projeto Axé.
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Com o tema &quot;Reescrever o C&oacute;digo-Fonte da Cultura Digital&quot;, acontece nesta quarta-feira (1/2), em Salvador, o&nbsp;encontro &quot;Digitalia Campus Hacker&quot;. O evento come&ccedil;a a partir das 16h, na Doca 1, polo de economia criativa da cidade instalado no bairro do Com&eacute;rcio.

Entre os convidados confirmados est&atilde;o o&nbsp;cantor e compositor baiano Gilberto Gil, novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), a cantora e pesquisadora Mariella Santiago, a presidente da Funarte,&nbsp;Maria Marighella,&nbsp;Russo Passapusso, do Baiana System, Zulu Ara&uacute;jo, representante do Minist&eacute;rio da Cultura, Paulo Miguez (reitor da Ufba) e &nbsp;Nelson Pretto, da Faculdade de Educa&ccedil;&atilde;o da Ufba.

O encontro tem como fio condutor o novo momento do Brasil na reconstru&ccedil;&atilde;o do setor cultural, abordando ainda temas como inteligência artificial, NFT&rsquo;s (tokens não-fungíveis), humanidades digitais e plataformiza&ccedil;&atilde;o da cultura. O evento &eacute; aberto ao p&uacute;blico, com <a href="https://www.sympla.com.br/evento/digitalia-campus-hacker-2023/1864030?lang=PT" target="_blank">inscri&ccedil;&otilde;es pr&eacute;vias pelo Sympla</a>.

O Digitalia Campus Hacker marca a retomada da agenda da Rede Digitalia para o per&iacute;odo 2023-2024, o que inclui o Ciclo Digitalia de Debates, o Festival/Congresso Internacional de M&uacute;sica e Cultura Digital (fevereiro/2024) e a mobiliza&ccedil;&atilde;o visando ao desenvolvimento do projeto de cria&ccedil;&atilde;o de um centro de cultura digital em Salvador.

SERVI&Ccedil;O

Digitalia Campus Hacker &ndash; reescrever o c&oacute;digo-fonte da cultura digital 
Quando:&nbsp;esta quarta-feira (1/2), &agrave;s 16h30 
Onde:&nbsp;Doca 1 &ndash; Polo de Economia Criativa &ndash; Com&eacute;rcio, Salvador 
Quanto:&nbsp;aberto ao p&uacute;blico, com <a href="https://www.sympla.com.br/evento/digitalia-campus-hacker-2023/1864030?lang=PT" target="_blank">inscri&ccedil;&otilde;es pr&eacute;vias pelo Sympla</a>

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Com oito trof&eacute;us Grande Otelo, o&nbsp;filme &quot;Marighella&quot;, dirigido pelo baiano&nbsp;Wagner Moura, foi o grande vencedor do 21&ordm; Grande Pr&ecirc;mio do Cinema Brasileiro. A solenidade de premia&ccedil;&atilde;o foi realizada pela Academia Brasileira de Cinema e Artes Audiovisuais na noite dessa quarta-feira (10/8), na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro.

O longa-metragem&nbsp;foi premiado nas seguintes categorias: melhor longa-metragem fic&ccedil;&atilde;o, melhor primeira dire&ccedil;&atilde;o de longa-metragem, melhor ator (Seu Jorge),&nbsp;melhor roteiro adaptado, melhor dire&ccedil;&atilde;o de fotografia, melhor som, melhor dire&ccedil;&atilde;o de arte e melhor figurino.

Na ocasi&atilde;o, Wagner - que fez seu primeiro filme como diretor - comentou que escrever roteiro &eacute; o of&iacute;cio mais dif&iacute;cil da ind&uacute;stria cinematogr&aacute;fica mesmo em &quot;condi&ccedil;&otilde;es de democracia normal&quot;. Depois,&nbsp;agradeceu aos colegas que leram o roteiro previamente e a todos os &quot;ex-guerrilheiros da ALN&quot; (A&ccedil;&atilde;o Libertadora Nacional), &quot;que prestaram um servi&ccedil;o incr&iacute;vel e foram muito generosos conosco&quot;.&nbsp;

O Trof&eacute;u Grande Otelo de melhor ator foi para Seu Jorge, int&eacute;rprete de Marighella, e o de melhor&nbsp;atriz foi para Dira Paes, no filme Veneza.&nbsp;Zez&eacute; Motta ganhou na categoria melhor atriz coadjuvante, no longa &quot;Doutor Gama&quot;, enquanto Rodrigo Santoro, com &quot;7 Prisioneiros&quot; foi escolhido melhor ator coadjuvante. Este ano, o Pr&ecirc;mio contou com apoio da prefeitura carioca, da Secretaria Municipal de Governo e Integridade P&uacute;blica (Segovi) e RioFilme.

Com dire&ccedil;&atilde;o de Batman Zavareze e roteiro de Bebeto Abrantes, a cerim&ocirc;nia exibiu imagens de produ&ccedil;&otilde;es que marcaram a hist&oacute;ria do audiovisual. Foram anunciados 32 pr&ecirc;mios, nas categorias: longa-metragem, curta-metragem e s&eacute;ries brasileiras, escolhidos pelo amplo j&uacute;ri formado por profissionais associados &agrave; Academia Brasileira de Cinema.

Outra premia&ccedil;&atilde;o foi a de melhor filme pelo escolhido pelo j&uacute;ri popular, que ficou com &quot;O Auto da Boa Mentira&quot;, de Jos&eacute; Eduardo Belmonte, que teve vota&ccedil;&atilde;o pelo site da institui&ccedil;&atilde;o. Mantendo a tradi&ccedil;&atilde;o, a abertura dos envelopes ocorreu ao vivo. O pr&ecirc;mio de melhor dire&ccedil;&atilde;o foi entregue a Daniel Filho, pelo longa-metragem &quot;O Sil&ecirc;ncio da Chuva&quot;.

O 21&ordm; Grande Pr&ecirc;mio do Cinema Brasileiro homenageou as mulheres produtoras de cinema que t&ecirc;m sido, ao longo da hist&oacute;ria, protagonistas na realiza&ccedil;&atilde;o de filmes dos mais diversos g&ecirc;neros. O evento celebrou tamb&eacute;m os 60 anos do filme &quot;O Pagador de Promessas&quot;, dirigido por Anselmo Duarte (1920-2009), e que &eacute; o &uacute;nico longa-metragem brasileiro a conquistar a Palma de Ouro do Festival de Cannes, em 1962.

A edi&ccedil;&atilde;o 2022 tamb&eacute;m marcou o retorno do pr&ecirc;mio ao Rio de Janeiro, em solenidade presencial, depois de tr&ecirc;s edi&ccedil;&otilde;es em S&atilde;o Paulo, sendo que as duas &uacute;ltimas, em 2020 e 2021, foram realizadas no formato virtual, em raz&atilde;o da pandemia do novo coronav&iacute;rus

CONFIRA TODOS OS GANHADORES DO 21&ordm; GRANDE PR&Ecirc;MIO DO CINEMA BRASILEIRO

Melhor longa-metragem fic&ccedil;&atilde;o: 
Marighella, de Wagner Moura. Produ&ccedil;&atilde;o: Bel Berlinck, Andrea Barata 
Ribeiro, Fernando Meirelles por O2 Filmes e Wagner Moura por Maria da F&eacute;

Melhor filme - j&uacute;ri popular: 
O Auto da Boa Mentira, de Jos&eacute; Eduardo Belmonte. Produ&ccedil;&atilde;o: M&ocirc;nica 
Monteiro, F&aacute;tima Pereira e Luciana Pires por Cinegroup.

Melhor dire&ccedil;&atilde;o: 
Daniel Filho por O Sil&ecirc;ncio da Chuva

Melhor primeira dire&ccedil;&atilde;o de longa-metragem: 
Wagner Moura por Marighella

Melhor ator: 
Seu Jorge como Marighella por Marighella

Melhor ator coadjuvante: 
Rodrigo Santoro como Luca por 7 Prisioneiros

Melhor atriz: 
Dira Paes como Rita por Veneza

Melhor atriz coadjuvante: 
Zez&eacute; Motta como Francisca por Doutor Gama

Melhor filme internacional: 
Nomadland - Nomadland (EUA) / Document&aacute;rio / Dire&ccedil;&atilde;o: Chloe Zhao

Melhor filme ibero-americano: 
Ema - Ema (Chile) / Fic&ccedil;&atilde;o / Dire&ccedil;&atilde;o: Pablo Larra&iacute;n

Melhor longa-metragem document&aacute;rio: 
A &Uacute;ltima Floresta, de Luiz Bolognesi. Produ&ccedil;&atilde;o: Caio Gullane; Fabiano Gullane por Gullane, La&iacute;s Bodanzky e Luiz Bolognesi por Buriti Filmes

Melhor longa-metragem com&eacute;dia: 
Depois A Louca Sou Eu, de Julia Rezende 
Produ&ccedil;&atilde;o: Mariza Le&atilde;o por Atitude Produ&ccedil;&otilde;es e Empreendimentos

Men&ccedil;&atilde;o honrosa &ndash; longa-metragem anima&ccedil;&atilde;o: 
Bob Cuspe &ndash; N&oacute;s N&atilde;o Gostamos De Gente, de Cesar Cabral 
Produ&ccedil;&atilde;o: Cesar Cabral e An&aacute;lia Tahara por Coala Produ&ccedil;&otilde;es Audiovisuais

Melhor longa-metragem infantil 
Turma Da M&ocirc;nica &ndash; Li&ccedil;&otilde;es, de Daniel Rezende. 
Produ&ccedil;&atilde;o: Bianca Villar, Fernando Fraiha e Karen Castanho por Bi&ocirc;nica Filmes, Marcio Fraccaroli por Paris Entretenimento e Daniel Rezende

Melhor curta-metragem document&aacute;rio 
Ya&otilde;kwa, Imagem e Mem&oacute;ria, de Rita Carelli e Vincent Carelli

Melhor curta-metragem de anima&ccedil;&atilde;o 
Mitos Ind&iacute;genas Em Travessia, de Julia Vellutini e Wesley Rodrigues

Melhor curta-metragem de fic&ccedil;&atilde;o 
Ato, de B&aacute;rbara Paz

Melhor montagem fic&ccedil;&atilde;o 
Karen Harley, Edt por Piedade

Melhor montagem document&aacute;rio 
Ricardo Farias por A &Uacute;ltima Floresta

Melhor roteiro original 
Henrique dos Santos e Aly Muritiba por Deserto Particular

Melhor roteiro adaptado 
Felipe Braga e Wagner Moura - adaptado da obra &quot;Marighella: O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo&quot;, de Mario Magalh&atilde;es - por Marighella

Melhor dire&ccedil;&atilde;o de fotografia 
Adrian Teijido, Abc, por Marighella

Melhor efeito visual 
Pedro de Lima Marques por Contos do Amanh&atilde;

Melhor som 
George Saldanha, Abc, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima e Renan Deodato por Marighella

Melhor dire&ccedil;&atilde;o de arte 
Frederico Pinto, ABC por Marighella

Melhor maquiagem 
Mart&iacute;n Mac&iacute;as Trujillo por Veneza

Melhor figurino 
Ver&ocirc;nica Julian por Marighella

Melhor s&eacute;rie brasileira document&aacute;rio, de produ&ccedil;&atilde;o independente - tv paga/ott 
Transamaz&ocirc;nica - Uma Estrada Para O Passado &ndash; 1&ordf; Temporada (HBO e HBO GO) Dire&ccedil;&atilde;o Geral: Jorge Bodanzky. Produtora Brasileira Independente: Ocean Films.

Melhor s&eacute;rie brasileira anima&ccedil;&atilde;o, de produ&ccedil;&atilde;o independente - TV paga/ott 
Angeli The Killer &ndash; 2&ordf; Temporada (Canal Brasil). Dire&ccedil;&atilde;o Geral: Cesar Cabral. Produtora Brasileira Independente: Coala Produ&ccedil;&otilde;es Audiovisual.

Melhor s&eacute;rie brasileira fic&ccedil;ao, de produ&ccedil;&atilde;o independente - TV aberta 
Sob Press&atilde;o &ndash; 4&ordf; Temporada (Globo). Dire&ccedil;&atilde;o Geral: Andrucha Waddington. Produtora Brasileira Independente: Conspira&ccedil;&atilde;o

Melhor s&eacute;rie brasileira fic&ccedil;&atilde;o, de produ&ccedil;&atilde;o independente - TV paga/ott 
Dom &ndash; 1&ordf; Temporada (Amazon Prime Video) Dire&ccedil;&atilde;o Geral: Breno Silveira. Produtora Brasileira Independente: Conspira&ccedil;&atilde;o

Melhor trilha sonora 
Andr&eacute; Abujamra e M&aacute;rcio Nigro por Bob Cuspe - N&oacute;s N&atilde;o Gostamos de Gente

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Habituado a colecionar pol&ecirc;micas, o secret&aacute;rio nacional de Fomento &agrave; Cultura, o baiano Andr&eacute; Porci&uacute;ncula, recebeu o Linha de Frente - segmento de pol&iacute;tica do Grupo Aratu -&nbsp;na &uacute;ltima quarta-feira (10/11), em Bras&iacute;lia. Ligado ao vereador bolsonarista em Salvador, Alexandre Aleluia (DEM), ele n&atilde;o se esquivou de nenhuma pergunta.

E, de bate-pronto, ele fez cr&iacute;ticas ao filme &ldquo;Marighella&rdquo;, dirigido pelo ator baiano Wagner Moura. Para ele, o personagem homenageado na produ&ccedil;&atilde;o &eacute; &ldquo;terrorista&rdquo; e &ldquo;abjeto&rdquo;.&nbsp;

O gestor tamb&eacute;m assegura que o longa-metragem recebeu verba p&uacute;blica. &ldquo;Eu acho que causa efeitos s&eacute;rios &agrave; mem&oacute;ria fazer filme propagandista a terrorista. Se Wagner Moura n&atilde;o lembra, ele, nos antigos governos, pegou metade do financiamento do filme, quase R$ 5 milh&otilde;es, para produzir. Ent&atilde;o, tem dinheiro p&uacute;blico, sim, aplicado no filme, infelizmente&rdquo;, atacou.

Ele defendeu que a legisla&ccedil;&atilde;o permita que o Governo Federal fa&ccedil;a filtragem para definir quais produ&ccedil;&otilde;es ter&atilde;o apoio de iniciativas p&uacute;blicas. Ele ainda disse que o filme de Wagner Moura &ldquo;queima o Brasil l&aacute; fora&quot;.

&ldquo;Infelizmente a legisla&ccedil;&atilde;o n&atilde;o permite esse tipo de an&aacute;lise? Eu acho que deveria permitir. E por que eu digo infelizmente? &Eacute; dinheiro do contribuinte indo para um filme que faz propaganda para um terrorista. N&atilde;o &eacute; um filme informativo sobre um fato hist&oacute;rico. &Eacute; um filme que d&aacute; glamour &agrave; atividade terrorista. &Eacute; um sujeito que pregava atos terroristas de revolu&ccedil;&atilde;o e &eacute; um sujeito abjeto, que n&atilde;o merece ser glamourificado &ldquo;, opinou.

Ele ainda defendeu o secret&aacute;rio Especial de Cultura do Governo,&nbsp;Mario Frias, e afirmou que Gilberto Gil n&atilde;o seria seu nome favorito para assumir a pasta &ndash; ele foi ministro da Cultura em dois mandatos do ex-presidente Lula (PT) -.&nbsp;

&ldquo;N&atilde;o conhe&ccedil;o muito o Gilberto Gil. N&atilde;o creio que seria minha escolha para gerir absolutamente nada. Acho que o gestor precisa mais ser mais que cantor, tem que ser algo a mais. Se pegar o secret&aacute;rio Mario Frias, apesar de ser um artista bastante famoso, ele tem essa experi&ecirc;ncia&rdquo;, afirmou, defendendo Frias como perfil t&eacute;cnico, com expertise em gest&atilde;o e administra&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

&ldquo;O sujeito tem que ter tido alguma experi&ecirc;ncia em n&iacute;vel administrativo para estar gerindo a vida de milh&otilde;es de pessoas. N&atilde;o basta cantar, fazer uma m&uacute;sica, oba oba, Expresso 2222, camarote e Carnaval. Precisa de algo mais do que isso&rdquo;, emendou.

Porci&uacute;ncula, contudo, n&atilde;o se limitou apenas a assuntos relacionados &agrave; cultura. Ele criticou a terceira via, demonstrou restri&ccedil;&otilde;es ao ex-ministro da Justi&ccedil;a, Sergio Moro &ndash; filiado na &uacute;ltima quarta ao Podemos para disputar a presid&ecirc;ncia &ndash;, e defendeu o presidente Jair Bolsonaro, a quem ele considera como &uacute;nico representante da direita no Brasil.&nbsp;

&ldquo;No Brasil n&atilde;o existe direita: existe o presidente Bolsonaro. &Eacute; a c&eacute;lebre frase de Olavo de Carvalho. &Eacute; o presidente que consegue mimetizar os valores que movimentam a direita. N&atilde;o &eacute; o que seja o mais popular, &eacute; o &uacute;nico. N&atilde;o h&aacute; op&ccedil;&atilde;o sem ele&rdquo;, analisou.&nbsp;

&ldquo;N&atilde;o h&aacute; uma outra via, terceira, quarta, quinta, sexta, d&eacute;cima via. Existe a via &uacute;nica que defende nossas liberdades, tenta impedir o avan&ccedil;o do Estado sobre os direitos civis, que tenta proteger o cidad&atilde;o e os valores da civiliza&ccedil;&atilde;o. Esse &eacute; o nosso presidente&rdquo;, defendeu.

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O ator Wagner Moura, diretor do filme &ldquo;Marighella&rdquo;, concedeu entrevista exclusiva <a href="https://aratuon.com.br/linha-de-frente/noticia/politica/tenho-dois-sonhos-derrubar-bolsonaro-e-que-franciel-seja-presidente-do-vitoria-diz-wagner-moura-ao-linha-de-frente" target="_blank">ao Linha de Frente, do Grupo Aratu</a>. Ao jornalista Pablo Reis, ele revelou que seria &ldquo;muito dif&iacute;cil&rdquo; interpretar algum papel sendo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

&ldquo;Eu acho muito dif&iacute;cil, porque eu estou muito envolvido com tudo hoje, mas seria um exerc&iacute;cio muito bonito por que gente est&aacute; vivendo este momento de polariza&ccedil;&atilde;o de bolhas, que, mesmo que a gente precise romp&ecirc;-las, tenho muita dificuldade&rdquo;, explica. &quot;Quando o MBL chamou um monte de gente para a rua protestar contra Bolsonaro, eu pensei: &#39;n&oacute;s precisamos nos unir contra Bolsonaro&#39;. Mas eu n&atilde;o teria coragem de sair &agrave; rua com o MBL, por exemplo, que eu n&atilde;o considero uma direita democr&aacute;tica&rdquo;, acrescenta.&nbsp;

Para ele, representar o papel seria um desafio. &ldquo;Representar Bolsonaro seria dif&iacute;cil porque as pessoas s&atilde;o complexas. Eu tenho certeza que, para os amigos de Bolsonaro e para a fam&iacute;lia dele, ele n&atilde;o &eacute; um monstro, mas um produto de coisas da vida dele que o transformaram naquilo&rdquo;, analisa.&nbsp;

Em momentos da entrevista, ele critica o chefe de Estado. Para o ator, o atual Governo Federal &eacute; respons&aacute;vel por dilapidar a cultura do pa&iacute;s, relembrando que o filme do qual &eacute; diretor deveria ter sido lan&ccedil;ado em 2019. Para ele, o longa sofreu com censura da gest&atilde;o Bolsonaro.&nbsp;

&ldquo;Eu n&atilde;o tenho o menor problema em dizer que meu filme n&atilde;o estreou em 2019 porque foi censurado. Os pedidos que a O2 [Filmes] fez na Ancine foram simplesmente normais, naturais, comuns, feitos por qualquer produtora. Foram negados numa &eacute;poca que Bolsonaro falava abertamente sobre filtragem na Ancine. Falou que o filme de Bruna Surfistinha n&atilde;o podia ter&rdquo;, lamenta.&nbsp;

&ldquo;N&atilde;o foi s&oacute; Marighella. Era uma &eacute;poca em que a cultura brasileira, que sempre foi odiada por essa gente que est&aacute; no poder, come&ccedil;ou a sofrer ataques cont&iacute;nuos. Olha o estado da cultura no Brasil. Quem toma conta? N&atilde;o existe. Acabou. O cinema brasileiro independente acabou. Foi destru&iacute;do&rdquo;, emenda.&nbsp;

Jornalista graduado pela Faculdade de Comunica&ccedil;&atilde;o da Universidade Federal da Bahia (Facom/UFBa), onde estudou com o ex-deputado Jean Wyllys, ele cr&ecirc; que o jornalismo &eacute; fundamental no papel de preservar a democracia no Brasil.&nbsp;

&ldquo;A arte est&aacute; sendo atacada, a cultura, os artistas, a democracia como um todo. E o jornalismo livre &eacute; um pilar da democracia. Eu tenho discord&acirc;ncias com o Supremo, mas n&atilde;o quero que o Supremo feche. O exerc&iacute;cio da democracia &eacute; trabalhar para que as institui&ccedil;&otilde;es melhorem&rdquo;, pontua. 
 
ASSISTA A ENTREVISTA COMPLETA

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Em entrevista exclusiva ao Linha de Frente&nbsp;nesta segunda-feira (25/10), o ator e diretor baiano Wagner Moura declarou que tem dois objetivos pol&iacute;ticos no Brasil: &quot;derrubar Bolsonaro e que Franciel [Cruz]* seja presidente do Vit&oacute;ria&quot;. Este &uacute;ltimo, afirmou, &eacute; o &quot;sonho da vida&quot;.

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Entrevista completa ser&aacute; disponibilizada nesta ter&ccedil;a-feira (26). &quot;O <a href="https://twitter.com/hashtag/Vit%C3%B3ria?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Vit&oacute;ria</a> &eacute; o microcosmo do Brasil&quot;.<a href="https://twitter.com/hashtag/spoiler?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#spoiler</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/linhadefrente?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#linhadefrente</a> <a href="https://t.co/bVHlxPUfBw">pic.twitter.com/bVHlxPUfBw</a>
&mdash; Linha de Frente (@LinhadeFrenteBA) <a href="https://twitter.com/LinhadeFrenteBA/status/1452758447854862345?ref_src=twsrc%5Etfw">October 25, 2021</a></blockquote>
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Torcedor declarado e apaixonado pelo&nbsp;Le&atilde;o, Wagner disse que o rubro-negro &eacute; o &quot;microcosmo do Brasil&quot;, n&atilde;o poupando cr&iacute;ticas a Paulo Carneiro, presidente afastado do clube. &quot;&Eacute; um time com uma administra&ccedil;&atilde;o da &eacute;poca do dinossauro, de um neg&oacute;cio que n&atilde;o tem mais sentido a forma com que o Vit&oacute;ria &eacute; administrado. N&atilde;o tem sentido Paulo Carneiro ser presidente do Vit&oacute;ria at&eacute; hoje&quot;, e se corrige: &quot;ainda bem que n&atilde;o &eacute; mais! Est&aacute; afastado... mas n&atilde;o faz sentido. Ent&atilde;o, esse momento, agora, &eacute; de torcer pro Vit&oacute;ria assim como de torcer pelo Brasil. S&oacute; que para que isso aconte&ccedil;a &eacute; preciso que Franciel seja presidente do Vit&oacute;ria&quot;, concluiu.

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Entrevista completa ser&aacute; disponibilizada nesta ter&ccedil;a-feira (26). &quot;O <a href="https://twitter.com/hashtag/Vit%C3%B3ria?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#Vit&oacute;ria</a> &eacute; o microcosmo do Brasil&quot;.<a href="https://twitter.com/hashtag/spoiler?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#spoiler</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/linhadefrente?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#linhadefrente</a> <a href="https://t.co/bVHlxPUfBw">pic.twitter.com/bVHlxPUfBw</a>
&mdash; Linha de Frente (@LinhadeFrenteBA) <a href="https://twitter.com/LinhadeFrenteBA/status/1452758447854862345?ref_src=twsrc%5Etfw">October 25, 2021</a></blockquote>
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*Franciel Cruz &eacute; jornalista e escritor, autor de &quot;Ingresia&quot;.

ENTREVISTA

O jornalista Pablo Reis, da&nbsp;TV Aratu, entrevistou Wagner Moura, seu ex-colega de faculdade, para falar, entre outros assuntos,&nbsp;sobre o lan&ccedil;amento do filme Marighella, primeiro trabalho de Moura como diretor, cuja&nbsp;estreia ser&aacute; no dia 4 de novembro, nos cinemas de todo o Brasil.

A entrevista completa ser&aacute; disponibilizada nesta ter&ccedil;a-feira (26), nos canais do&nbsp;Aratu On.

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O Teatro Castro Alves (TCA) sediar&aacute; a primeira exibi&ccedil;&atilde;o do filme &quot;Marighella&quot; no Brasil, longa que marca a estreia de Wagner Moura como diretor. A sess&atilde;o ser&aacute; na Sala Principal, na segunda-feira (25/10), apenas para convidados.&nbsp;

Depois de passar por importantes festivais mundo afora, em cidades como Berlim, Seattle, Hong Kong, Sydney, Santiago, Havana, Istambul, Atenas, Estocolmo, Cairo, entre cerca de 30 exibi&ccedil;&otilde;es em pa&iacute;ses dos cinco continentes, o longa-metragem ser&aacute; lan&ccedil;ado nos cinemas nacionais no dia 4 de novembro, exatamente 52 anos ap&oacute;s o assassinato de Carlos Marighella pela Ditadura Militar Brasileira, em 1969. &nbsp;

&#39;Marighella&#39; traz no elenco Seu Jorge, no papel-t&iacute;tulo, Bruno Gagliasso, Luiz Carlos Vasconcellos, Herson Capri, Humberto Carr&atilde;o, Adriana Esteves, Bella Camero, Maria Marighella, Ana Paula Bouzas, Carla Ribas, Jorge Paz, entre outros. O longa conta a hist&oacute;ria dos &uacute;ltimos anos de Carlos Marighella, guerrilheiro que liderou um dos maiores movimentos de resist&ecirc;ncia contra a ditadura militar no Brasil, na d&eacute;cada de 1960.&nbsp;

SINOPSE&nbsp;

1969. Marighella n&atilde;o teve tempo pra ter medo. De um lado, uma violenta ditadura. Do outro, uma esquerda intimidada. Cercado por guerrilheiros 30 anos mais novos e dispostos a reagir, o l&iacute;der revolucion&aacute;rio escolheu a a&ccedil;&atilde;o.&nbsp;

&nbsp;Em &quot;Marighella&quot;, o inimigo n&uacute;mero 1 da Ditadura Militar tenta articular uma frente de resist&ecirc;ncia enquanto denuncia o horror da tortura e a inf&acirc;mia da censura instalados por um regime opressor. Em uma experi&ecirc;ncia radical de combate, ele o faz em nome de um povo cujo apoio &agrave; sua causa &eacute; incerto &mdash; enquanto procura cumprir a promessa de reencontrar o filho, de quem por anos se manteve distante, como forma de proteg&ecirc;-lo.&nbsp;

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/esportes/noticia/esportes/apos-sucesso-nas-olimpiadas-rebeca-andrade-conquista-outra-medalha-de-ouro-no-mundial-de-ginastica" target="_blank">Ap&oacute;s sucesso nas olimp&iacute;adas, Rebeca Andrade conquista outra medalha de ouro no Mundial de gin&aacute;stica</a>

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