A participa&ccedil;&atilde;o da<a href="https://aratuon.com.br/politica/margareth-menzes-ganhou-r-640-mil-no-carnaval-com-contratos-publicos"> ministra da Cultura, Margareth Menezes, nos festejos de Carnaval de Salvador e Fortaleza</a> pode resultar em uma batalha judicial. Um processo movido na Justi&ccedil;a Federal do Distrito Federal questiona o pagamento de R$ 640 mil feito pelas prefeituras dessas cidades para que a cantora se apresentasse durante a folia nas capitais nordestinas. &nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/57282d65-62fb-4966-b0fb-e83b21c64165.png?width=850&amp;height=582" alt=" A contrata&ccedil;&atilde;o de Margareth Menezes para o Carnaval 2025 levanta debate sobre repasse de recursos p&uacute;blicos. / Foto: Valter Pontes/PMS">
O advogado Jo&atilde;o Henrique Nascimento de Freitas, ex-integrante da Comiss&atilde;o de &Eacute;tica P&uacute;blica da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica, entrou com a a&ccedil;&atilde;o argumentando que <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/com-autoridade-margareth-empolga-com-seus-hits-no-circuito-osmar">Margareth n&atilde;o poderia receber dinheiro p&uacute;blico de estados e munic&iacute;pios para realizar shows.</a> Em 2023, a pr&oacute;pria Comiss&atilde;o estabeleceu que a ministra n&atilde;o deveria firmar contratos com esse tipo de repasse. Contudo, a libera&ccedil;&atilde;o acabou ocorrendo este ano, o que motivou a contesta&ccedil;&atilde;o judicial. &nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/d6b8a99b-6ed5-4303-99b1-39cc44aadc0c.png?width=1090&amp;height=624" alt="Foto: Ricardo Stuckert/Lula.org">
O pedido, encaminhado &agrave; Justi&ccedil;a, solicita a anula&ccedil;&atilde;o dos contratos firmados e a devolu&ccedil;&atilde;o integral dos valores recebidos. O caso traz &agrave; tona a discuss&atilde;o sobre poss&iacute;veis conflitos entre fun&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas e atividades art&iacute;sticas remuneradas com verba estatal. &nbsp;
<a href="https://aratuon.com.br/carnaval/margareth-menezes-comanda-trio-da-cultura-com-fafa-de-belem-e-pongo">At&eacute; o momento, nem Margareth Menezes, nem o Minist&eacute;rio da Cultura, se pronunciaram sobre a a&ccedil;&atilde;o.</a>

Durante o evento de lan&ccedil;amento do Trio da Cultura, que desfilar&aacute; no Carnaval de Salvador no s&aacute;bado de Carnaval (1), no circuito Barra-Ondina, a cantora e <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/margareth-menezes-anuncia-convidados-para-trio-da-cultura-2025" target="_blank" rel="noopener">ministra da Cultura</a>, Margareth Menezes, destacou a import&acirc;ncia do samba-reggae para a m&uacute;sica baiana e sua influ&ecirc;ncia no ax&eacute; music, que completa 40 anos em 2025.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/c9ffbc8a-791c-4d14-a8e8-bcc288309b01.jpg?width=1025&amp;height=769" alt="A cantora e ministra da cultura Margareth Menezes, durante an&uacute;ncio do trio da cultura. Foto: Instagram/triodacultura">
Ao ser questionada pelo <a href="https://aratuon.com.br/secao/carnaval-2025" target="_blank" rel="noopener">Aratu On</a> sobre formas de valorizar o g&ecirc;nero precursor do ax&eacute;, Margareth ressaltou a necessidade de maior conhecimento e estudo sobre a musicalidade dos blocos afro.
&ldquo;Olha, eu acho que o que n&oacute;s podemos fazer &eacute; buscar conhecer, n&eacute;? Voc&ecirc; chega ali no Il&ecirc; Aiy&ecirc;, para apreciar aquela m&uacute;sica, aquela banda, voc&ecirc; vai ver ali v&aacute;rias levadas diferentes, v&aacute;rias melodias diferentes. E quando voc&ecirc; vai <a href="https://aratuon.com.br/verao/bloco-olodum-realiza-ultimo-ensaio-no-pelourinho-antes-do-carnaval" target="_blank" rel="noopener">no Olodum</a>, voc&ecirc; vai ver com a mesma raiz, que &eacute; a percuss&atilde;o e voz, mas com outras tend&ecirc;ncias, outras levadas. &Eacute; uma riqueza muito grande.&rdquo;
A ministra pontuou que ainda h&aacute; uma car&ecirc;ncia de pesquisas aprofundadas sobre as especificidades do samba-reggae e a identidade r&iacute;tmica de cada bloco afro.
&ldquo;Eu acho que ainda n&atilde;o existe um estudo para falar sobre isso, essas claves todas e a peculiaridade de estilo de cada. De cada bateria, de cada orquestra de tambores de bloco afro, o conhecimento desses maestros. Ent&atilde;o, o que a gente pensa &eacute; que aquele efeito daqueles v&aacute;rios instrumentos de percuss&atilde;o acontece&hellip; existe ali uma arruma&ccedil;&atilde;o naquela maneira de tocar qual instrumento toca o qu&ecirc;.&rdquo;
Comparando a organiza&ccedil;&atilde;o percussiva dos blocos afro com as escolas de samba do Rio de Janeiro, Margareth refor&ccedil;ou a necessidade de reconhecimento e aprendizado com os mestres da percuss&atilde;o.
&ldquo;Igual &agrave;s escolas de samba do Rio de Janeiro, cada uma tem uma identidade percussiva. Aqui tamb&eacute;m &eacute; a mesma coisa. Eu acho que a gente tem que agora come&ccedil;ar tamb&eacute;m a voltar para eles, dar aten&ccedil;&atilde;o a isso, ouvir, aprender. &Eacute; o grande aprender com os que vieram na frente, aprender com os que t&ecirc;m esse conhecimento e trazer isso para a nossa m&uacute;sica pop.&rdquo;
A cantora destacou ainda que essa fus&atilde;o entre ritmos afro-brasileiros e outros g&ecirc;neros foi essencial para a cria&ccedil;&atilde;o do ax&eacute; e deve continuar sendo explorada.
&ldquo;&Eacute; o que a nossa gera&ccedil;&atilde;o fez, de uma maneira muito inocente, mas foi feito isso a&iacute;. Ter at&eacute; no forr&oacute; esses cruzamentos, n&atilde;o ter n&atilde;o &eacute; um feliz. Cruzamento de clave, essa riqueza da nossa cultura afro-brasileira que cruzou as fronteiras, fez a m&uacute;sica baiana atravessar fronteiras.&rdquo;
O Trio da Cultura, promovido pelo Minist&eacute;rio da Cultura, desfilar&aacute; no Carnaval de Salvador com a proposta de celebrar a diversidade musical e a influ&ecirc;ncia do samba-reggae na identidade sonora da Bahia.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/5c2cb0e1-6e81-4b1e-903f-01565840bcd9.JPG?width=1028&amp;height=1371" alt="Margareth Menezes falou sobre a import&acirc;ncia do samba-reggae na ess&ecirc;ncia da musicalidade baiana.Foto: Juana Castro/Aratu On">

A cantora e <a href="https://aratuon.com.br/geral/ministra-margareth-menezes-fala-sobre-reconstrucao-de-igreja-que-desabou" target="_blank" rel="noopener">ministra da Cultura</a> (MinC), Margareth Menezes, anunciou, nesta sexta-feira (14), as novidades do "Trio da Cultura" para este Carnaval de 2025. Al&eacute;m de divulgar sua agenda para a festa, a artista divulgou as participa&ccedil;&otilde;es de Faf&aacute; de Bel&eacute;m e a cantora angolana Pongo, conhecida como "a rainha do kuduro".
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/d45e1e98-ca78-4727-ae29-d924228aed48.jpeg?width=1024&amp;height=768" alt="As cantoras Faf&aacute; de Bel&eacute;m e Pongo s&atilde;o as convidadas para o Trio da Cultura. Foto: Juana Castro/Aratu On">
Marcado para o s&aacute;bado de Carnaval, dia 1 de mar&ccedil;o, no circuito Dod&ocirc; (Barra-Ondina), o desfile ser&aacute; feito em um "trio aberto", segundo Margareth.
Margareth ainda informou que vai se apresentar em Salvador e tamb&eacute;m no Carnaval de Fortaleza. Confira: Quinta de Carnaval (27) - <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/carnaval-veja-a-programacao-dos-circuitos-barra-ondina-e-campo-grande" target="_blank" rel="noopener">Bloco Os Mascarados</a> - Circuito Dod&ocirc; (Barra-Ondina) Sexta de Carnaval (28) - Camarote Baiano - Circuito Dod&ocirc; (Barra-Ondina) S&aacute;bado de Carnaval (1) - Trio da Cultura - Circuito Dod&ocirc; (Barra-Ondina)&nbsp; Ter&ccedil;a de Carnaval(4) - Fortaleza
O lan&ccedil;amento aconteceu no Palacete Tira-chap&eacute;u, Centro Hist&oacute;rico de Salvador, reunindo imprensa e convidados, como os jornalistas Wanda Chase, Genilson Coutinho, o cantor de forr&oacute; Del Feliz e a diretora do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), Mar&iacute;lia Gil, filha do cantor, imortal e ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil.
No <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/gilberto-gil-recebera-homenagem-de-margareth-menezes-e-chico-cesar-no-carnaval" target="_blank" rel="noopener">Carnaval de 2024</a>, primeiro do Trio da Cultura, Margareth recebeu os cantores Chico C&eacute;sar e Gilberto Gil.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/78f67dd9-dd79-4430-9e09-834c07c48cbe.jpeg?width=1024&amp;height=768" alt="Margareth divulgou a programa&ccedil;&atilde;o dela para o Carnaval. Foto: Juana Castro/Aratu On">

A ministra da Cultura e cantora baiana Margareth Menezes lan&ccedil;ou um novo single, "Ramalhete de Flor", que exalta a vida, natureza, e a arte. A m&uacute;sica abre o <a href="https://aratuon.com.br/secao/verao-2025" target="_blank" rel="noopener">ver&atilde;o de 2025</a> para uma s&eacute;rie de a&ccedil;&otilde;es da artista, incluindo participa&ccedil;&otilde;es, shows e apresenta&ccedil;&otilde;es no Carnaval de Salvador. <a href="https://ada.lnk.to/RamalhetedeFlor" target="_blank" rel="noopener">Ou&ccedil;a aqui</a>.
Neste domingo (2), Margareth estar&aacute; Enxaguada de Yemanj&aacute;, a convite de Carlinhos Brown.
+ <a href="https://aratuon.com.br/verao/gabriel-mercury-filho-de-daniela-mercury-lanca-novo-album-nesta-sexta" target="_blank" rel="noopener">Gabriel Mercury, filho de Daniela Mercury, lan&ccedil;a novo &aacute;lbum hom&ocirc;nimo</a>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/afd9136a-cebf-458d-b91b-5280777f55f6.jpeg?width=1600&amp;height=1065" alt="A m&uacute;sica abre o ver&atilde;o de 2025 para uma s&eacute;rie de a&ccedil;&otilde;es da artista, incluindo participa&ccedil;&otilde;es, shows e apresenta&ccedil;&otilde;es no Carnaval de Salvador. | Foto: Lucas Assis/Divulga&ccedil;&atilde;o">
Composta por Margareth, "Ramalhete de Flor" foi inspirada no contexto p&oacute;s-pandemia, refletindo sobre o retorno dos artistas aos palcos e a alegria que isso traz ao p&uacute;blico. "Essa volta dos shows gerou em mim uma reflex&atilde;o sobre a alegria das pessoas recebendo de volta a m&uacute;sica, o canto, a uni&atilde;o e a sa&uacute;de que um show proporciona no povo. A can&ccedil;&atilde;o traduz o nosso reencontro com a m&uacute;sica na sua forma mais genu&iacute;na", explica a artista.
O single marca o retorno da cantora ap&oacute;s tr&ecirc;s anos de seu &uacute;ltimo lan&ccedil;amento, "Terra Afef&eacute;", parceria com Carlinhos Brown. A faixa mistura o Afropop Brasileiro, House Music, Afrobeat e elementos do Ijex&aacute;, com percuss&otilde;es ac&uacute;sticas de atabaques, xequer&ecirc;s e agog&ocirc;s.
A produ&ccedil;&atilde;o de "Ramalhete de Flor" &eacute; assinada por Margareth Menezes e Tito Oliveira, que tamb&eacute;m colaboraram com arranjos, bateria, percuss&atilde;o e mixagem. O time de m&uacute;sicos inclui Mano EL Xiri (arranjo de base, guitarra e teclados), Caio Oliveira (arranjos, percuss&atilde;o, beat, mixagem e masteriza&ccedil;&atilde;o), Nelmario Marques (baixo) e Pururu (percuss&atilde;o).
Agenda
Com 38 anos de carreira em 2025, Margareth Menezes inicia uma temporada intensa de ver&atilde;o, que inclui participa&ccedil;&otilde;es em diversos eventos e shows. Entre as atra&ccedil;&otilde;es confirmadas est&atilde;o, al&eacute;m da Enxaguada de Yemanj&aacute;, o show Maga Convida Ax&eacute; 40 anos (15 de fevereiro), e uma apresenta&ccedil;&atilde;o com a Orquestra Sinf&ocirc;nica da Bahia (22 de fevereiro).
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/b701b82c-d215-40f8-8f4b-de91c4696c7a.jpg?width=1200&amp;height=747" alt="A produ&ccedil;&atilde;o de ">
LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/geral/mpba-realiza-audiencia-publica-apos-denuncia-contra-claudia-leitte" target="_blank" rel="noopener">MPBA realiza audi&ecirc;ncia p&uacute;blica ap&oacute;s den&uacute;ncia contra Cl&aacute;udia Leitte</a>

No Dia Nacional da Cultura, celebrado nesta terça-feira (5/11), Salvador se transformou na capital mundial do segmento. A capital recebe os ministros da Cultura do G20, grupo que reúne algumas das principais economias do mundo.

No Centro de Convenções da capital baiana, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, recebeu os chefes do segmento da Bahia, Bruno Monteiro, e de Salvador, Pedro Tourinho.

Mais de 120 autoridades estão credenciadas para o encontro na capital baiana, incluindo os ministros da Cultura da Espanha, Alemanha, Índia, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Indonésia, Angola, África do Sul, União Africana, Vice-Ministro adjunto da Rússia, Vice-Ministro do Japão, Vice-Ministro da Coreia do Sul, Vice-Ministro da China, Vice-Ministro de Portugal, e mais de 20 organizações internacionais como Unesco e UNCTAD.

No espaço, os gestores discutem, principalmente, a importância da cultura no combate às mudanças climáticas. Mas, para além disto, os países debatem projetos protecionistas e regulamentações para as plataformas digitais, além do intercâmbio cultural, das artes e do audiovisual.
<h3>IMPORTÂNCIA DO BRASIL</h3>
O evento, realizado em Salvador desde a última segunda-feira (4/11), acontece até a sexta (8/11), e é uma prévia do encontro da cúpula do G20, que será realizada entre os dias 18 e 19 deste mês, no Rio de Janeiro.

Para Margareth, o Brasil tem importância central na geopolítica mundial neste momento.
“Esse ano, presidimos o G20. Há toda uma atenção internacional voltada para o Brasil”, avaliou, em entrevista coletiva.
Ela disse, ainda, que o evento em Salvador conscientiza “como a cultura pode ser usada para sensibilizar a humanidade do uso dos recursos naturais”.
“Esse desequilíbrio climático impacta também equipamentos culturais, nossas comunidades de culturas tradicionais”, acrescenta.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/geral/2024-11-05/carlos-marighella-salvador/">Casa onde Marighella viveu em Salvador será transformada em instituto</a>

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O Ministério da Cultura (MinC) celebra, pela primeira vez, o Dia Nacional da Mulher Sambista, comemorado neste 13 de abril, dia em que nasceu a primeira-dama do Samba, como era conhecida Dona Ivone Lara. Sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, o dia entra para o calendário nacional com o objetivo de reconhecer o legado dela e de outras sambistas brasileiras.
Para Margareth, essa é uma grande conquista: “Celebrar Dona Ivone Lara com essa data no nosso calendário é eternizá-la e também uma maneira de promover o conhecimento sobre sua vasta contribuição deixada para o país, para as mulheres e para o nosso samba”.
Artista como a avo, o neto de Dona Ivone, André Lara, comemorou a homenagem. “A gente está super feliz com essa notícia maravilhosa do Dia Nacional das Mulheres Sambistas, no dia do aniversário da minha avó, que foi uma precursora nesse ambiente, que antigamente era muito restrito aos homens, e ela meteu o pé na janela, mostrou seu samba, mostrou que tinha capacidade. E a gente quer que as pessoas saibam mais da história de Dona Ivone Lara, não só na música, mas também na história da saúde mental, da enfermagem e da assistência social, ela fez história com musicoterapia com doutora Nise da Silveira, um tratamento mais humanizado aos pacientes que levavam choque”, conta o neto da compositora de Sonho Meu.
SOBRE DONA IVONE LARA
Nascida no Rio de Janeiro em 13 de abril de 1921, Dona Ivone ficou órfã de pai e de mãe muito cedo e seguiu carreira como enfermeira, tornando-se referência para a luta antimanicomial no país. Ainda nos anos 40 e 50 os sambas que dona Ivone compunha eram levados para o terreiro do Império Serrano e do Prazer da Serrinha, por meio de seu primo, o Mestre Fuleiro, como se fossem sambas dele.
“E acho importantíssimo que se celebre essa data através de Dona Ivone Lara, que é uma pioneira incrível dessa nossa história do samba, uma mulher que nasceu nos anos 20 do século passado, e que pegou todo o começo dessa história, embora tenha nascido no subúrbio e tenha tido uma vivência muito próxima das escolas de samba, ela foi uma mulher que teve muita dificuldade para se encontrar como sambista”, conta Leonardo Bruno, autor do livro Canto da rainha - O poder das mulheres que escreveram a história do samba.
Nos anos 60, Dona Ivone é pioneira ao ser a primeira mulher a integrar a ala de compositores da Império Serrano, levando para a avenida o samba-enredo Os Cinco Bailes da História do Rio, que contava em poesia cinco grandes eventos do passado da cidade, dando uma atmosfera nobre, solene, tal qual um grande baile. “Para se ter uma ideia de como ela foi pioneira, em 1965, ela ainda é até hoje, pois não temos outra mulher que tenha assinado um samba-enredo no Império Serrano”.
A carreira em disco de Dona Ivone começa em 1978, quando ela tinha 56 anos. Após a morte do marido e com os filhos criados é que ela pode se dedicar a carreira de cantora, quando vieram sucessos como Alguém Me Avisou, Acreditar, Sorriso Negro, Tendência e tantos outros sucessos inesquecíveis eternizados na voz de grandes intérpretes e nas rodas de samba país à fora. Dona Ivone faleceu em 17 de abril de 2018.
Leonardo Bruno conta também que foi Dona Ivone quem inspirou a cantora Beth Carvalho a tocar cavaquinho. “Ela começa a querer tocar quando ela vê a Dona Ivone tocando cavaquinho, então olha a importância de você ter esse exemplo, a importância de que a gente conheça essas histórias. A Beth no primeiro disco de samba em 1973, aparece com o cavaquinho na mão, uma outra pioneira, e ela diz que é porque ela via dona Ivone com um cavaquinho na mão, esses exemplos são muito importantes, então a gente sempre lembrar da história de Dona Ivone é fundamental para as próximas gerações”.
O pesquisador ressaltou a importância de nomear a data mulher sambista, que amplia a compreensão do que é ser sambista também para figuras femininas. “A figura do sambista sempre foi muito associada ao universo masculino, então se você pensar na figura visual do sambista, o malandro, vestido com chapéu de palha, com terno de linho, camisa listrada, sapato bicolor, essa é uma figura muito masculina. O samba sempre foi desde o começo do século passado, ao longo de sua história, um ambiente muito masculino, primeiro porque era o ambiente da rua, que em algum momento já foi um ambiente que era mais negado às mulheres”.
Além disso, as mulheres que participaram do começo da história do samba e que tiveram uma importância fundamental, tal como as tias baianas, tia Ciata, de tia Amélia, tia Perciliana. "Essas tias quituteiras, da Praça XI do começo do século passado, elas foram tias que que tiveram uma importância fundamental nessa história, mas que pela sociedade da época não eram reconhecidas como sambistas, eram mulheres que preparavam o terreno para os sambistas, embora existam diversos registros, eu mostro isso no meu livro canto de rainha, de que essas tias baianas também tinham habilidades de samba. Tia Ciata, por exemplo, teria tocado violão, teria sido uma grande partideira, tia Amélia era cantora, tia Perciliana ensinou o Prato e Faca pro filho, João da Baiana, enfim tem vários registros de que essas mulheres também cantavam, dançavam e tocavam samba, mas elas não eram reconhecidas como tal”, conclui Leonardo.
Fabiana Cozza é cantora, escritora, pesquisadora e intérprete de Dona Ivone, e diz que teve a oportunidade de estar com a artista no início de sua carreira e sempre faz um exercício de revisitar sua obra. “A Dona Ivone Lara é um farol para mim, em termos de artista, de mulher, de mulher negra, de dignidade, de qualidade de repertório, de construção de carreira, de posicionamento artístico, de amorosidade. Eu entendo a dona Ivone como uma das grandes protagonistas da cultura brasileira do século 20 e 21”.
“A instituição do Dia Nacional da Mulher Sambista como sendo o mesmo do dia em que nasceu Dona Ivone Lara, com a assinatura de uma outra mulher negra, artista, compositora, que é a ministra da Cultura não é gratuito, isso é um marco na cultura nacional, marco democratico de reparação histórica e de perpetuação de um nome tal qual o de Dona Ivone Lara, mas também um reconhecimento às mulheres que vieram antes até de Dona Ivone Lara. Passa a ser uma data de reparação, de celebração e de não esquecimento”, avalia a cantora.
Patrícia Rodrigues, do Movimento das Mulheres Sambistas, avalia que ter a lei aprovada em âmbito nacional permite provocar a criação de políticas públicas de fomento ao samba e as mulheres sambistas. “Então, penso que para além da vitória coletiva das mulheres do samba, honrando as que vieram antes de nós, esse é um momento importante de visibilidade para a pauta, para o samba que é uma das principais expressões culturais do Brasil e para a discussão sobre oportunidades, acesso e condições de trabalho. É um momento importantíssimo da nossa luta, temos esperança de que dias melhores virão, com mais reconhecimento ao trabalho de toda a cadeia produtiva feminina do samba, artistas, produtoras, empreendedoras e demais trabalhadoras da cultura popular”.
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Com problemas de saúde, a cantora Margareth Menezes precisou cancelar um show que faria, neste domingo (10/3), em Campo Grande (MS).

Segundo publicou o Campo Grande News, a artista e ministra da cultura torceu o pé e deverá ficar em repouso por alguns dias.

Na rede social, a equipe da artista comunicou o adiamento do show e lamentou o ocorrido. "Margareth passa por tratamento de uma questão ortopédica e em função de recomendação médica atestada nessa manhã, infelizmente, não poderá seguir com a agenda".

<img class="size-medium wp-image-305070 aligncenter" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/03/comunicado-Margareth-Menezes-236x300.jpg" alt="" width="236" height="300" />

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O Brasil é país convidado de honra da 32ª Feira Internacional do Livro de Havana (FILH 2024) em Cuba, que teve início nesta quinta-feira (15/2) e se estenderá até domingo (25/2), no Parque Histórico Militar Morro-Cabaña. O tema desta edição é Ler é Construir Identidade, com a intenção de promover a leitura como forma de formar a consciência individual e coletiva e o pensamento crítico.

Durante a abertura do evento internacional, a ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, agradeceu a homenagem ao Brasil, exaltou repetidas vezes a democracia e citou a cantora cubana Celia Cruz e a Orquestra La Sonora Matancera como expressões culturais de referência da ilha caribenha para o mundo. Margareth Menezes ainda recitou versos da canção Quero Ir a Cuba, do músico Caetano Veloso, como forma de marcar o histórico de relações diplomáticas e cooperação entre os dois países, sobretudo no elo cultural.

A ministra Margareth Menezes tratou dos desafios que Brasil e o mundo precisam enfrentar no campo cultural e mencionou como o país tem trabalhado para implementar políticas estruturantes de cultura como ferramentas de desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda. “Ler é um ato revolucionário. Por meio da leitura dos livros e da literatura podemos ter contato com o nosso mundo e com o mundo dos outros.”

As atrações musicais apresentadas na cerimônia foram Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, tocada pelos músicos brasileiros pai e filho, Fernando César e Bento Tibúrcio, com bandolim e violão, e El Bodeguero, com a Orquestra Aragón de Cuba.

ATOS
Na noite desta quinta-feira, a ministra também inaugurou o Pavilhão do Brasil na feira. O Ministério da Cultura levou ao local seis mil exemplares de livros da literatura brasileira traduzidos para o Espanhol para doação.

Os ministérios da Cultura de ambos os países, representados pela ministra Margareth Menezes e pelo ministro Alpidio Alonso Grau, assinaram, nesta quinta-feira (15/2) o Memorando de Entendimento (MoU) para realização de ações conjuntas de cooperação e intercâmbio cultural.

COMITIVA BRASILEIRA
Com o objetivo de difundir a cultura brasileira por meio do incentivo à leitura e formação de novos leitores, o Ministério da Cultura (MinC) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) levaram ao evento internacional 15 escritores e escritoras brasileiros de diversos gêneros da literatura. São eles: o imortal da Academia Brasileira de Letras e ativista indígena, Ailton Krenak; a nova imortal da Academia Mineira de Letras, Conceição Evaristo; a ganhadora do Prêmio Jabuti de Contos 2022, Eliana Alves Cruz; além de Elisa Lucinda, Emicida, Frei Betto, Jarid Arraes, Jeferson Tenório, Marcelo D' Salete, Márcia Kambeba, Cidinha da Silva, Graça Graúna, Otávio Júnior, Socorro Acioly e Patricia Melo.

Ainda compõem a comitiva brasileira os quadrinistas Ana Luiza de Souza Freitas, Gidalti Oliveira Moura Júnior, Alcimar Mendes Frazão, João Carlos Pires Pinheiro, Sirlene Francisco Barbosa e a curadora da Bienal de Quadrinhos de Curitiba, Luciana Falcon Anselmi.

De acordo com o Minc, os brasileiros foram escolhidos por uma curadoria tripartite composta por representantes do MinC, da Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e do Instituto Guimarães Rosa, do MRE. O grupo desembarcou acompanhado também do secretário de Formação, Livro e Leitura do MinC, Fabiano Piúba, e do presidente da (FBN), Marco Lucchesi.

Para a ministra, as feiras internacionais de livros exercem um papel fundamental na democratização de acesso, no fortalecimento de riqueza cultural e literária. Conectam, também, culturas, línguas, e simbologias diferentes em um movimento comum. “Nós, do Ministério da Cultura, temos procurado incluir a literatura negra, indígena, das favelas, dos quilombos, dos terreiros, das aldeias, das cidades, da roça: uma literatura que celebra nosso legado, aqueles e aquelas que vieram antes; mas fincada em nosso tempo, em nossa contemporaneidade”.

*Agência Brasil*

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De volta ao Carnaval após 30 anos, a Banda Mel proporcionou um momento histórico nesta segunda-feira (12/2), no circuito Osmar (Campo Grande), ao fazer uma parceria com a cantora e ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, que estava em um praticável do governo.
Juntos, Banda Mel - sob os vocais de Robson e Márcia Short - e Maga, como também é chamada a rainha do Afropop, cantaram "Faraó", clássico da folia marcado na voz de Menezes.
Veja abaixo:
https://youtu.be/RGYx4IR4vZ0

Ainda no desfile, a Banda Mel cantou alguns outros hits de antigos carnavais. Confira:

https://www.youtube.com/watch?v=fzCOqCdTnBY&amp;ab_channel=TVAratu
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O Palácio de Ondina reuniu representantes da cultura baiana e brasileira, na noite desse segunda-feira (5). A ministra da Cultura, e cantora, Margareth Menezes, o secretário estadual da Cultura, Bruno Monteiro, e os cantores Gilberto Gil e Daniela Mercury foram alguns dos nomes presentes.
"A cultura que está estabelecida aqui, hoje, precisa ser incorporada nos ambientes mais diversos", afirmou o governador Jerônimo Rodrigues (PT). "Nós temos que incluir essas pessoas na participação", acrescentou o vice-governador, Geraldo Júnior (MDB).
"Todos nós temos responsabilidades públicas, num certo grau", disse Gil, na ocasião. Também no encontro, a esposa dele, a empresária Flora Gil, frisou que é preciso "conviver, conversar, trocar".
Para a ministra Margareth Menezes, a reunião não aconteceria "se não fossem as memórias que são guardadas e passadas de uma pessoa para outra". Daniela, por sua vez, afirmou que é um novo tempo para a Bahia. "Eu nunca tinha chegado tão próximo de ser convidada por um governador para participar do processo de reflexão e de contribuição para a melhoria, para a busca de justiça social", declarou.
O titular da Secult, Bruno Monteiro, avaliou que a presença de diferentes gerações de artistas no Palácio de Ondina é fruto do trabalho da gestão: "Vem muito do que a gente tem acreditado, semeado e buscado com o nosso trabalho, também, de valorizar a cultura, que é identitária, que é raiz e que forma a cutura da Bahia e do Brasil".
Veja abaixo:

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