Ap&oacute;s quase um ano de funcionamento, a <a href="https://aratuon.com.br/geral/cpi-das-bets-convoca-gusttavo-lima-e-convida-felipe-neto-para-deporem" target="_blank" rel="noopener">Comiss&atilde;o Parlamentar de Inqu&eacute;rito (CPI)</a> da Manipula&ccedil;&atilde;o de Jogos e Apostas Esportivas aprovou nesta quarta-feira (19) o relat&oacute;rio final, encerrando os trabalhos do colegiado. O documento pede o indiciamento de tr&ecirc;s pessoas, incluindo o tio do <a href="https://aratuon.com.br/geral/paqueta-e-intimado-em-cpi-jogador-e-deolane-devem-depor-ate-o-fim-de-outubro" target="_blank" rel="noopener">jogador Lucas Paquet&aacute;.</a>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/bbfafcc8-8ab6-4bd2-b081-54f6c5a4ef7d.jpg?width=1024&amp;height=768" alt="O tio de Paquet&aacute; e outras duas pessoas s&atilde;o apontadas no relat&oacute;rio da CPI. Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/Instagram">
Al&eacute;m de Bruno Tolentino, parente do atleta, o relator do processo, senador Rom&aacute;rio (PL-RJ), pede o indiciamento dos empres&aacute;rios William Pereira Rogatto e Thiago Chamb&oacute; Andrade.
Aprovado com um &uacute;nico voto contr&aacute;rio, do senador Gir&atilde;o (Novo-CE), o relat&oacute;rio sugere aprimoramentos na legisla&ccedil;&atilde;o brasileira para torn&aacute;-la mais efetiva no combate &agrave; manipula&ccedil;&atilde;o de resultados e fraudes no mercado de apostas.
&ldquo;O cen&aacute;rio atual do futebol brasileiro encontra-se em um momento delicado e preocupante, no qual a integridade do esporte mais popular do planeta est&aacute; sendo constantemente questionada&rdquo;, diz o documento, ao tecer considera&ccedil;&otilde;es sobre a sistem&aacute;tica adotada no futebol brasileiro.
<h3>Lucas Paquet&aacute;</h3>
Em maio de 2024, a Federa&ccedil;&atilde;o Inglesa de Futebol (FA) acusou Paquet&aacute; de cometer faltas durante partidas de seu time, o West Ham, com o &uacute;nico objetivo de permitir a pessoas pr&oacute;ximas, previamente informadas de suas inten&ccedil;&otilde;es, manipulassem o mercado de apostas.
O meio-campista, que j&aacute; jogou pelo Flamengo, Milan e pela sele&ccedil;&atilde;o brasileira, e cujo julgamento na Inglaterra come&ccedil;ou ontem (18), nega as acusa&ccedil;&otilde;es. O relat&oacute;rio da CPI do Senado, contudo, aponta que o tio de Paquet&aacute; integra a lista de apostadores suspeitos investigados ao longo do &uacute;ltimo ano, identificando movimenta&ccedil;&otilde;es financeiras suspeitas.
<a href="https://aratuon.com.br/geral/bruno-henrique-paqueta-e-luiz-henrique-relembre-jogadores-investigados-por-manipulacao-de-partidas" target="_blank" rel="noopener">+Bruno Henrique, Paquet&aacute; e Luiz Henrique: relembre jogadores investigados por manipula&ccedil;&atilde;o de partidas</a>
O documento indica que o ex-jogador e empres&aacute;rio Bruno Lopez de Moura, tamb&eacute;m investigado, n&atilde;o s&oacute; admitiu aos membros da comiss&atilde;o que participava do esquema de manipula&ccedil;&atilde;o de jogos, como afirmou ter recebido informa&ccedil;&otilde;es privilegiadas sobre os jogos de que Paquet&aacute; participou &ndash; e nos quais ele apostou.
Moura n&atilde;o foi indiciado pela CPI devido a um acordo de n&atilde;o persecu&ccedil;&atilde;o (persegui&ccedil;&atilde;o) assinado com o Minist&eacute;rio P&uacute;blico (MP). Em depoimento &agrave; CPI, William Rogatto chegou a se identificar como um dos maiores e mais bem organizados manipuladores de resultados do Brasil.
&nbsp;&ldquo;Eu s&oacute; sou uma ferramenta, uma ferramenta para que as coisas aconte&ccedil;am, [para] que essas coisas venham a tomar uma propor&ccedil;&atilde;o grande&rdquo;, teria afirmado Rogatto, segundo o relat&oacute;rio que o relator apresentou.
Rogatto foi preso pela Interpol, em novembro de 2024, em Dubai, nos Emirados &Aacute;rabes, onde permanece detido.
Um dos investigados, Chamb&oacute; Andrade. &eacute; apontado como integrante de &ldquo;organiza&ccedil;&atilde;o criminosa destinada &agrave; obten&ccedil;&atilde;o de vantagens, inclusive pecuni&aacute;ria, mediante a reiterada pr&aacute;tica de infra&ccedil;&otilde;es penais como corrup&ccedil;&atilde;o ativa em competi&ccedil;&otilde;es esportivas&rdquo; e um dos &ldquo;respons&aacute;veis por assegurar a exist&ecirc;ncia de verbas [dinheiro] a serem usadas no pagamento dos jogadores aliciados&rdquo;.
Andrade n&atilde;o compareceu em nenhuma das duas vezes que foi convocado a prestar depoimento &agrave; CPI.
<h3>Aperfei&ccedil;oamentos</h3>
Com a aprova&ccedil;&atilde;o do relat&oacute;rio, os membros da CPI endossam as propostas legislativas do relator. Entre elas, uma emenda constitucional para obrigar qualquer cidad&atilde;o, mesmo que autoridade p&uacute;blica, a atender &agrave; convoca&ccedil;&atilde;o de qualquer comiss&atilde;o parlamentar de inqu&eacute;rito, e de tr&ecirc;s projetos de lei para coibir a manipula&ccedil;&atilde;o de jogos, incluindo o que tipifica o crime de fraude ao mercado de apostas, hoje inexistente, e a sugest&atilde;o de que atletas condenados sejam suspensos ou banidos do esporte.
A comiss&atilde;o tamb&eacute;m recomenda a limita&ccedil;&atilde;o das chamadas apostas simples (ou single bets), modalidade que, para o relator, facilita a manipula&ccedil;&atilde;o de resultados, j&aacute; que permite a aposta em um &uacute;nico evento, como a marca&ccedil;&atilde;o de uma falta ou p&ecirc;nalti e eventuais puni&ccedil;&otilde;es a atletas.
&ldquo;O problema &eacute; que, quanto mais atrativos os produtos de apostas se tornam, mais f&aacute;cil fica prever o resultado, e mais facilmente os produtos podem ser explorados para manipula&ccedil;&atilde;o. Por exemplo, as casas de apostas tradicionalmente t&ecirc;m preferido apostas m&uacute;ltiplas (multiple bets), relacionadas a diversos eventos simultaneamente, dado que &eacute; mais dif&iacute;cil prever o resultado, al&eacute;m de tornar mais dif&iacute;cil e custosa a manipula&ccedil;&atilde;o. Contudo, para atrair e segurar consumidores, as single bets s&atilde;o cada vez mais comuns&rdquo;, destaca o documento.
De acordo com informa&ccedil;&atilde;o divulgada pela Ag&ecirc;ncia Senado, toda a documenta&ccedil;&atilde;o produzida pela CPI ser&aacute; compartilhada com a Pol&iacute;cia Federal e o Minist&eacute;rio P&uacute;blico da Uni&atilde;o para prosseguimento das investiga&ccedil;&otilde;es. As informa&ccedil;&otilde;es tamb&eacute;m ser&atilde;o enviadas para outras institui&ccedil;&otilde;es, como Casa Civil e minist&eacute;rios da Fazenda, da Justi&ccedil;a, do Esporte e da Sa&uacute;de, para medidas espec&iacute;ficas.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/8ce7d217-2f6c-447a-aeac-0a16f3243b88.jpg?width=1170&amp;height=700" alt="O relat&oacute;rio da CPI foi feito pelo ex-jogador e atual senador Rom&aacute;rio. Foto: Lula Marques/Ag&ecirc;ncia Brasil">
*Com informa&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Brasil

A Federa&ccedil;&atilde;o Paulista de Futebol (FBF), investiga uma prov&aacute;vel manipula&ccedil;&atilde;o de resultados na <a href="https://aratuon.com.br/esportes/copinha-2025-comeca-nesta-quinta-com-destaques-no-bahia-e-no-vitoria">Copa S&atilde;o Paulo de Futebol J&uacute;nior</a>, a Copinha.

Na v&eacute;spera do confronto entre Dourados-MS e Falcon-SE, marcado para esta sexta-feira (10), &agrave;s 13h, pela &uacute;ltima rodada do Grupo 28 da Copa S&atilde;o Paulo de Futebol J&uacute;nior, uma den&uacute;ncia de manipula&ccedil;&atilde;o de resultado veio &agrave; tona envolvendo a partida entre as duas equipes.&nbsp;

O Dourados, j&aacute; eliminado da competi&ccedil;&atilde;o, formalizou uma queixa &agrave; FPF ap&oacute;s seu t&eacute;cnico, Alessandro dos Santos, ter sido abordado por um terceiro que ofereceu benef&iacute;cios em troca de uma vit&oacute;ria do Falcon.

O presidente do Esporte Clube Embu-Gua&ccedil;u, clube parceiro do Dourados, Arnaldo Alves de Souza, confirmou que Santos recebeu uma liga&ccedil;&atilde;o de um n&uacute;mero desconhecido. O interlocutor, que se identificou como Anderson Monteiro &mdash; cuja identidade n&atilde;o &eacute; reconhecida pela diretoria do Falcon &mdash;, solicitando que o Dourados facilitasse a vit&oacute;ria do Falcon em troca de vantagens n&atilde;o especificadas.&nbsp;

Santos prontamente recusou a proposta e reportou o incidente &agrave; diretoria do clube, que, por sua vez, acionou as autoridades competentes. A FPF, em nota, informou que j&aacute; est&aacute; ciente da situa&ccedil;&atilde;o e que o caso foi encaminhado &agrave; Pol&iacute;cia Civil. A entidade tamb&eacute;m destacou que, em parceria com a Stats Perform Integrity, est&aacute; monitorando a situa&ccedil;&atilde;o, visando coibir pr&aacute;ticas de manipula&ccedil;&atilde;o de resultados.

Ainda em nota, a FPF informou que pelo segundo ano consecutivo intensifica suas a&ccedil;&otilde;es contra a manipula&ccedil;&atilde;o de jogos na Copinha, promovendo palestras e orienta&ccedil;&otilde;es para atletas e membros das comiss&otilde;es t&eacute;cnicas.

A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro deflagraram, na manhã desta terça-feira, uma operação que investiga o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, por suspeita de manipulação em uma partida do Campeonato Brasileiro. O jogador teria recebido cartões durante o jogo contra o Santos, realizado em 1º de novembro de 2023, para favorecer apostadores.

Na ocasião, disputada em Brasília, Bruno Henrique foi advertido com cartão amarelo após falta em Soteldo, aos 50 minutos do segundo tempo. Ao reclamar, foi expulso em seguida. A investigação aponta que o volume de apostas relacionadas aos cartões do jogador foi incomum, chamando atenção de três empresas de monitoramento.

Ao todo, 50 policiais federais cumprem 12 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, incluindo o centro de treinamento do Flamengo, o Ninho do Urubu, e a residência do atleta na Barra da Tijuca, além de locais em Belo Horizonte, Vespasiano, Lagoa Santa e Ribeirão das Neves, em Minas Gerais.

A apuração foi iniciada a partir de um relatório da International Betting Integrity Association (IBIA), que já havia contribuído com investigações semelhantes, como a que envolve o meia Lucas Paquetá na Inglaterra. Segundo a PF, as apostas teriam sido feitas por pessoas próximas a Bruno Henrique, incluindo familiares e amigos.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/esportes/2024-11-05/bahia-protesto-rogerio-ceni/">Torcedores do Bahia protestam contra Ceni e penduram boneco com rosto de treinador em viaduto</a>
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Lucas Paquetá se pronunciou nesta quinta-feira (17/10), sobre as investigações de manipulações de apostas. O atleta voltou a negar que tenha envolvimento e criticou notícias que saíram sobre o caso.
"Estou frustrado e chateado por ter lido artigos de imprensa enganosos e imprecisos recentes, publicados na Inglaterra e no Brasil, alegando divulgar informações sobre meu caso. Algumas dessas informações são totalmente falsas e parecem destinadas a minar minha posição", afirmou ele.
O jogador do West Ham e da Seleção Brasileira afirmou que tais informações estão colocando em risco sua chance de receber uma "audiência justa". "Portanto, instruí meus advogados a escrever para a FA para solicitar que conduzam uma investigação completa sobre como as informações sobre o caso, mesmo que imprecisas, estão chegando ao domínio público. Continuo negando as acusações contra mim e estou ansioso para demonstrar minha inocência", completou ele.
Paquetá foi intimado e prestará depoimento na CPI da Manipulação de Jogos no Senado no dia 29 de outubro por videoconferência, por estar fora do Brasil.
Segundo a investigação conduzida pela Associação de Futebol da Inglaterra, ele teria forçado recebimento de quatro cartões amarelos em jogos realizados pela liga local, entre 2022 e 2023, para beneficiar apostadores no Brasil. Familiares de Paquetá estão entre os investigados. Bruno Tolentino, tio do atleta, também foi convocado a prestar depoimento. Veja a nota completa de Paquetá:
"Estou frustrado e chateado por ter lido artigos de imprensa enganosos e imprecisos recentes, publicados na Inglaterra e no Brasil, alegando divulgar informações sobre meu caso. Algumas dessas informações são totalmente falsas e parecem destinadas a minar minha posição. Também estou preocupado que, embora sejam falsos e enganosos, esses artigos sejam claramente originados de um indivíduo próximo ao caso.
Os procedimentos da FA devem ser confidenciais e são extremamente sérios para mim e minha família. O vazamento e a publicação de informações imprecisas na imprensa agora estão colocando em risco minha chance de receber uma audiência justa. Portanto, instruí meus advogados a escrever para a FA para solicitar que conduzam uma investigação completa sobre como as informações sobre o caso, mesmo que imprecisas, estão chegando ao domínio público. Continuo negando as acusações contra mim e estou ansioso para demonstrar minha inocência".

Mais de um ano após a morte da cantora Gal Costa, o relacionamento dela com a empresária Wilma Petrillo ainda é assunto polêmico, e o mais novo desdobramento envolve o filho da artista, Gabriel Costa. Ele afirma ter sido coagido por Wilma para assinar um documento no qual também a reconhecia como mãe.
Com esse documento, a Justiça reconheceu que Wilma mantinha união estável com Gal, o que a colocou também na posição de herdeira. Porém, segundo informações obtidas pelo G1 São Paulo, Gabriel alegou que escreveu e assinou a carta porque foi coagido. Ele teria dito, ainda, que temia por sua segurança física e psicológica, já que morava com Wilma, à época.
Gabriel afirma que as coações começaram em novembro de 2022, e que foi obrigado "a ingerir medicamentos de receita controlada, tendo ingressado em estado de tamanho abalo psicológico que teve a sua capacidade cognitiva severamente reduzida".
AMEAÇAS
Wilma, supostamente, ainda ameaçava o adolescente, dizendo que se ele não assinasse a declaração de união estável entre as duas, eles ficariam pobres e passariam fome. "Se você não assinar [a declaração], a gente não recebe o dinheiro e a gente vai passar fome, você não pode fazer isso comigo, não, Gabriel".
Outro ponto trazido pelo jovem foi que Wilma, quem chama de "madrinha", teria tentado convencê-lo a assinar um documento "por vontade própria" para dividir os bens igualmente entre eles (50% para cada), sendo que ele tinha direito a 75% da herança.
ESTIMA
Apesar do imbróglio, Gabriel destacou que sente por Wilma "grande estima e consideração, apesar de ter consciência da manipulação psicológica e da coação exercida durante os eventos ocorridos".
O juiz da 12ª Vara da Família e Sucessões da capital, no entanto, indicou que Gabriel precisa ingressar com uma ação própria e não reconheceu pedido algum proposto no âmbito da ação de inventário.
Wilma, por sua vez, solicitou abertura de inventário e reconhecimento de união estável pós-morte em janeiro de 2023, dois meses depois da morte de Gal. Segundo a empresária, as duas conviveram por cerca de 20 anos.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/cultura/2022-11-09/icone-da-musica-brasileira-cantora-gal-costa-morre-aos-77-anos/" target="_blank" rel="noopener">Ícone da música brasileira, cantora Gal Costa morre aos 77 anos</a>
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*Agência Brasil
Pelo menos nove jogadores de futebol já foram afastados de clubes por terem envolvimento ou porque foram citados nas investigações da operação Penalidade Máxima, conduzida pelo Ministério Público de Goiás – MP-GO.
O MP-GO anunciou, nessa terça-feira (9/5), que denunciou à Justiça 16 pessoas por fraudes para manipular resultados de 13 partidas de futebol (oito do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, uma da Série B de 2022 e quatro de campeonatos estaduais de 2023) para favorecer apostas esportivas.
Leia mais: <a href="https://aratuon.com.br/esportes/2023-05-10/brasileirao-pode-ser-paralisado-apos-descoberta-de-manipulacao-esportiva-ha-jogadores-envolvidos/" target="_blank" rel="noopener">Brasileirão pode ser paralisado após descoberta de manipulação esportiva; há jogadores envolvidos</a>
No Paraná, o Athletico Paranaense retirou preventivamente Bryan García e Pedrinho das atividades com o elenco principal. Ainda na capital paranaense, o Coritiba informou que Alef Manga e Jesús Trindade estão fora da partida contra o Vasco.
Em Minas Gerais, o América afastou o lateral Nino Paraíba e o Cruzeiro, o volante Richard. No Rio, o Fluminense anunciou o afastamento do zagueiro Vitor Mendes.
Esses jogadores ainda não foram denunciados, mas aparecem em supostas conversas dos organizadores do grupo criminoso.
Penalidade
Já o meio-campista Fernando Neto foi denunciado na segunda fase da Penalidade Máxima. O São Bernardo o afastou nessa quarta-feira (10). Em nota, o clube explicou que escolheu ouvir o jogador num primeiro momento, mas decidiu pelo afastamento depois da denúncia apresentada pelo Ministério Público.
O Santos já havia anunciado o afastamento do zagueiro Eduardo Bauermann, que também foi denunciado.
A advogada do jogador santista, Ana Paula da Silva Corrêa, informou que ele nega participação no esquema e que a defesa técnica irá provar a inocência.
O advogado Auro Jayme, defensor de Fernando Neto, disse que o jogador, após ser chantageado, só simulou participar do esquema, mas nunca executou os pedidos durante os jogos e devolveu todos os recursos recebidos dos aliciadores. O advogado ainda cobrou a divulgação de todas as conversas entre o atleta e os criminosos para que não haja pré-julgamento.

O futebol no Brasil vive um escândalo com a descoberta de esquemas de manipulação - envolvendo inclusive jogadores - em resultados de jogos da categoria profissional. Agora, especula-se a possibilidade, até, de paralisação no Campeonato Brasileiro, o mais importante do país.
Nesta quarta-feira (10/5), o jornalista Marcelo Barreto, do SporTV, disse que conversou com um dirigente, que por sua vez teria afirmado: "Não vou ficar surpreso se o Brasileirão for paralisado".
Porém, em entrevista ao site "De Primeira", o procurador-geral do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) Ronaldo Piacente, falou que a paralisação é uma "medida extrema", embora prevista no Código Brasileiro de Justiça Desportiva. "Para que haja a paralisação da competição ou impugnação de partida, o ato teria realmente que influenciar no resultado da partida. Na Série A, por exemplo, o que estamos percebendo a princípio são questões de cartões amarelos e vermelhos. É uma medida extrema, mas prevista no CBJD", comentou.
Ele disse, ainda, que os jogadores - das séries A e B - são os principais investigados, e que o STJD já tem conversas de telefone, WhatsApp, e com base nisso é "prematuro pedir uma liminar". Os clubes, por sua vez, já estão afastando os atletas. Entre os nomes acusados estão os de Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Ypiranga-RS), <a href="https://aratuon.com.br/esportes/2023-04-18/ex-vitoria-victor-ramos-e-alvo-de-operacao-que-apura-manipulacao-de-resultados-no-futebol/" target="_blank" rel="noopener">Victor Ramos (Chapecoense)</a>, Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (Sergipe).
Leia mais: <a href="https://aratuon.com.br/esportes/2023-04-18/ex-vitoria-victor-ramos-e-alvo-de-operacao-que-apura-manipulacao-de-resultados-no-futebol/" target="_blank" rel="noopener">Ex-Vitória, Victor Ramos é alvo de operação que apura manipulação de resultados no futebol</a>
Operação Penalidade Máxima II
Os esquemas de manipulação foram descobertos com a deflagração da Operação Penalidade Máxima II, promovida pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Graeco).
Ao menos menos sete jogadores das séries A e B do Brasileiro ficaram na mira da operação, este ano. Conforme o MP-GO, os atletas eram cooptados com ofertas que chegavam a R$ 100 mil. De acordo com o artigo 243 e/ou 243-A do CBJD, a denúncia é valida caso “atuem, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende” e/ou “atuarem de forma contrária à ética desportiva com o fim de influenciar o resultado de partida, prova ou equivalente”.
O STJD aguarda o envio de documentos do MP de Goiás para oficializar uma denúncia contra os jogadores envolvidos no esquema. Pela justiça desportiva, eles podem ser multados e até banidos do futebol. A punição do artigo 243 se baseia em multa que pode chegar a R$ 100 mil e suspensão de 180 a 330 dias. Já a do 243-A prevê multa do mesmo valor, e “suspensão de seis a doze partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, ou pelo prazo de cento e oitenta a trezentos e sessenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código; no caso de reincidência, a pena será de eliminação''.
A Justiça goiana acatou a denúncia do MP contra 16 investigados, ao todo, na Operação Penalidade Máxima II. Com isso, eles passam a ser réus e vão a julgamento após processo de instrução.
Os apostadores acusados são Bruno Lopez de Moura (apontado como líder da quadrilha), Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Luís Felipe Rodrigues de Castro, Victor Yamasaki Fernandes, Zildo Peixoto Neto, Thiago Chambó Andrade, Romário Hugo dos Santos, William de Oliveira Souza e Pedro Gama dos Santos Júnior.
Jogos de 2022 sob suspeita
Vale lembrar que, em abril deste ano, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) informou que rejeitava a possibilidade de cancelar jogos do Campeonato Brasileiro 2022 que estão sob suspeita. Entretanto, com o avanço da investigação em âmbito nacional, surgiu novo questionamento quanto à paralisação da edição deste ano.

Na madrugada desta quinta-feira (7/10), terminou a primeira audi&ecirc;ncia sobre o assasinato do garoto Henry Borel.&nbsp;O ex-vereador Jairinho e a m&atilde;e de Henry, Monique Medeiros, <a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/geral/vereador-e-companheira-sao-presos-suspeitos-de-envolvimento-na-morte-de-crianca-no-rio-de-janeiro" target="_blank">s&atilde;o acusados da morte do menino</a>. Ao todo, 10 pessoas foram ouvidas, inclusive o pai da v&iacute;tima, Leniel Borel.

A bab&aacute; da crian&ccedil;a, Thayn&aacute; Oliveira Ferreira, foi a &uacute;ltima a ser ouvida e mudou novamente o seu depoimento.&nbsp;Durante a audi&ecirc;ncia, Thayn&aacute; afirmou nunca ter visto Henry ser agredido por Jairinho, apresentando vers&atilde;o diferente dos dois depoimentos anteriores na delegacia. A bab&aacute; disse que se sentiu manipulada por Monique.&nbsp;Antes de come&ccedil;ar a falar na audi&ecirc;ncia presidida pela ju&iacute;za Elizabeth Machado Louro, Thayn&aacute; pediu para Monique sair da sala.

Segundo a bab&aacute;, tudo pode ter sido imagina&ccedil;&atilde;o da sua cabe&ccedil;a. &quot;No meu entendimento era a Monique que me fazia acreditar em muita coisa e por isso a minha cabe&ccedil;a estava transtornada e eu come&ccedil;ava a imaginar um monstro, mas ali no quarto poderia n&atilde;o estar acontecendo nada e eu estava imaginando um monte de coisa&rdquo;.

Thayn&aacute; disse ainda ter se sentido usada por Monique.&nbsp;&quot;Me senti usada em que sentido? No sentido de que ela vinha, contava, tentava me mostrar o monstro do Jairinho e eu ficava com todas as coisas ruins na minha cabe&ccedil;a. Era tudo suposi&ccedil;&atilde;o da minha cabe&ccedil;a. Eu nunca vi nenhum ato&quot;, disse a bab&aacute;.

VERS&Otilde;ES

Em abril, no segundo depoimento que deu &agrave; pol&iacute;cia, Thayn&aacute; afirmou que Monique, a m&atilde;e da crian&ccedil;a,&nbsp;sabia das agress&otilde;es que o padrasto, Jairinho, fazia com Henry. Afirmou tamb&eacute;m que m&atilde;e da crian&ccedil;a pediu para que ela mentisse &agrave; pol&iacute;cia. Na &eacute;poca, a bab&aacute; disse que soube de <a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/geral/baba-volta-atras-e-em-depoimento-a-policia-diz-que-sabia-de-agressoes-contra-garoto-henry" target="_blank">tr&ecirc;s momentos diferentes em que a crian&ccedil;a foi agredida</a>.&nbsp;

J&aacute; na primeira vez que falou &agrave; pol&iacute;cia, em mar&ccedil;o, Thayn&aacute; disse que nunca tinha percebido nada de anormal na rela&ccedil;&atilde;o do casal com o menino.&nbsp;As pr&oacute;ximas audi&ecirc;ncias est&atilde;o marcadas para os dias 14 e 15 de dezembro.

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