Neste s&aacute;bado (17), <a href="https://aratuon.com.br/variedades/entenda-por-que-dia-de-combate-a-lgb-tfobia-e-celebrado-neste-sabado" target="_blank" rel="noopener">celebra-se o Dia Internacional de Combate &agrave; LGBTfobia</a>, data que marca a decis&atilde;o da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS), em 1990, de retirar a homossexualidade da lista de doen&ccedil;as da Classifica&ccedil;&atilde;o Internacional de Doen&ccedil;as (CID). A data foi reconhecida oficialmente pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de do Brasil em 2010 e &eacute; lembrada em diversos pa&iacute;ses como um momento de reflex&atilde;o, resist&ecirc;ncia e promo&ccedil;&atilde;o de direitos da popula&ccedil;&atilde;o LGBTQIAPN+. Mas o que significa cada letra da sigla LGBTQIAPN+?
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/610c7b34-b843-4147-8d8c-f5c9e83b48a2.jpg?width=1200&amp;height=801" alt="Bandeira da comunidade LGBTQIAPN+ representa luta contra LGBTfobia | Foto: BrutallyHonestFREE/Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o">
<h3>O que significa cada letra da sigla LGBTQIAPN+?</h3>
L &mdash; L&eacute;sbicas Mulheres que sentem atra&ccedil;&atilde;o afetiva e/ou sexual por outras mulheres. Podem ser cis ou trans.
G &mdash; Gays Homens que sentem atra&ccedil;&atilde;o por outros homens. O termo tamb&eacute;m pode ser usado de forma ampla para se referir a pessoas homossexuais.
B &mdash; Bissexuais Pessoas que sentem atra&ccedil;&atilde;o por mais de um g&ecirc;nero. Isso n&atilde;o implica atra&ccedil;&atilde;o igual por todos os g&ecirc;neros nem simultaneamente.
T &mdash; Transg&ecirc;neros, transexuais e travestis Pessoas cuja identidade de g&ecirc;nero difere do sexo designado ao nascer. Inclui homens e mulheres trans e travestis.
Q &mdash; Queer Termo que rompe com os padr&otilde;es tradicionais de g&ecirc;nero e sexualidade. Muitas vezes, &eacute; usado por quem n&atilde;o se identifica com r&oacute;tulos fixos.
I &mdash; Intersexo Pessoas que nascem com caracter&iacute;sticas biol&oacute;gicas que n&atilde;o se enquadram nas defini&ccedil;&otilde;es t&iacute;picas de masculino ou feminino.
A &mdash; Assexuais e arrom&acirc;nticas Assexuais n&atilde;o sentem atra&ccedil;&atilde;o sexual ou sentem em grau muito limitado. Arrom&acirc;nticas n&atilde;o sentem atra&ccedil;&atilde;o rom&acirc;ntica. Ambas podem viver rela&ccedil;&otilde;es afetivas.
P &mdash; Pansexuais Pessoas que sentem atra&ccedil;&atilde;o por outras independentemente do g&ecirc;nero. A pansexualidade reconhece a diversidade de identidades de g&ecirc;nero.
N &mdash; N&atilde;o bin&aacute;rias Pessoas cuja identidade de g&ecirc;nero n&atilde;o &eacute; exclusivamente masculina nem feminina. Podem se identificar com ambos os g&ecirc;neros, com nenhum ou variar ao longo do tempo.
+ (s&iacute;mbolo de adi&ccedil;&atilde;o) Representa outras identidades e orienta&ccedil;&otilde;es ainda n&atilde;o representadas pelas letras anteriores, como demissexuais, ag&ecirc;neros, entre outras.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/423f07c9-a17f-490e-ae61-1a6e22633e82.jpg?width=1170&amp;height=658" alt="Bandeira da comunicade LGBTQIAPN+ | Foto: conflgbtqia.org/Divulga&ccedil;&atilde;o">
<h3>Por que a sigla mudou ao longo do tempo?</h3>
A sigla, que inicialmente era apenas LGB (l&eacute;sbicas, gays e bissexuais), foi ampliada para incluir outras identidades de g&ecirc;nero e orienta&ccedil;&otilde;es sexuais que historicamente enfrentaram invisibilidade, discrimina&ccedil;&atilde;o e exclus&atilde;o em diferentes contextos sociais, culturais e pol&iacute;ticos.
A evolu&ccedil;&atilde;o da sigla busca promover maior representatividade e reconhecimento da diversidade dentro da pr&oacute;pria comunidade. Cada letra adicionada reflete a luta de grupos espec&iacute;ficos por visibilidade, direitos e respeito. O sinal de adi&ccedil;&atilde;o (+) simboliza a inclus&atilde;o cont&iacute;nua de outras identidades que n&atilde;o est&atilde;o explicitamente representadas, mas que tamb&eacute;m fazem parte da pluralidade de experi&ecirc;ncias humanas.
<h3>Reflex&atilde;o e visibilidade</h3>
Neste 17 de maio, movimentos sociais, institui&ccedil;&otilde;es p&uacute;blicas e organiza&ccedil;&otilde;es civis promovem a&ccedil;&otilde;es de combate &agrave; discrimina&ccedil;&atilde;o e &agrave; viol&ecirc;ncia contra pessoas LGBTQIAPN+. A data &eacute; usada globalmente para ampliar a visibilidade dessas comunidades e refor&ccedil;ar a necessidade de pol&iacute;ticas p&uacute;blicas inclusivas.
No Brasil, o Grupo Gay da Bahia organizou um abaixo-assinado em 1985 que contribuiu para a retirada da homossexualidade da lista de doen&ccedil;as do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Apesar da import&acirc;ncia hist&oacute;rica,&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/geral/salvador-e-a-capital-mais-perigosa-para-lgbtqiapn-no-brasil-bahia-e-2o-estado" target="_blank" rel="noopener">o estado &eacute; o segundo mais perigoso do Brasil para a comunidade.</a>
<a href="https://aratuon.com.br/especiais/aratu-on-explica-por-que-a-lgbtfobia-e-maior-na-bahia-e-no-nordeste" target="_blank" rel="noopener">+ Aratu On Explica: Por que a LGBTfobia &eacute; maior na Bahia e no Nordeste?</a>

O Dia de Combate &agrave; LGBTfobia &eacute; uma data internacional celebrada neste s&aacute;bado (17), em refer&ecirc;ncia &agrave; decis&atilde;o da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS), que em 1990 deixou de classificar a homossexualidade como doen&ccedil;a. A medida foi formalizada na 43&ordf; Assembleia Mundial da OMS, realizada em 17 de maio daquele ano.
Na &eacute;poca, a homossexualidade constava no C&oacute;digo Internacional de Doen&ccedil;as (CID) com o n&uacute;mero 302.0. A exclus&atilde;o do termo foi resultado de uma press&atilde;o internacional iniciada por ativistas ainda nos anos 1970. No Brasil, o Grupo Gay da Bahia organizou um abaixo-assinado em 1985 que contribuiu para a retirada da homossexualidade da lista de doen&ccedil;as do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Apesar da import&acirc;ncia hist&oacute;rica, <a href="https://aratuon.com.br/geral/salvador-e-a-capital-mais-perigosa-para-lgbtqiapn-no-brasil-bahia-e-2o-estado" target="_blank" rel="noopener">o estado &eacute; o segundo mais perigoso do Brasil para a comunidade.</a>
<a href="https://aratuon.com.br/especiais/aratu-on-explica-por-que-a-lgbtfobia-e-maior-na-bahia-e-no-nordeste" target="_blank" rel="noopener">+ Aratu On Explica: Por que a LGBTfobia &eacute; maior na Bahia e no Nordeste?</a>
Desde 2004, o Dia de Combate &agrave; LGBTfobia passou a ser conhecido desta forma. Em 2010, o governo brasileiro oficializou a data por meio do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/11b385e1-f3e0-4aa0-88fd-67ad157d946b.jpg?width=1200&amp;height=801" alt="Bandeira da comunidade LGBTQIAPN+ representa luta contra LGBTfobia | Foto: BrutallyHonestFREE/Pixabay/Reprodu&ccedil;&atilde;o">
Especialistas apontam que o entendimento da homossexualidade como transtorno teve origem no s&eacute;culo 19. Segundo o professor de Direito da Unifesp Renan Quinalha, o termo &ldquo;homossexualismo&rdquo; apareceu pela primeira vez em 1869 em tratados de psicopatologia sexual. No s&eacute;culo seguinte, isso se intensificou com a inclus&atilde;o da homossexualidade em manuais m&eacute;dicos e diagn&oacute;sticos.
<a href="https://aratuon.com.br/politica/governo-da-bahia-anuncia-investimento-recorde-para-populacao-lgbtqiapn" target="_blank" rel="noopener">+ Governo da Bahia anuncia investimento recorde para popula&ccedil;&atilde;o LGBTQIAPN+</a>
"Entre o fim do s&eacute;culo 19 e o in&iacute;cio do s&eacute;culo 20, o discurso patologizante levou homossexuais a hospitais psiqui&aacute;tricos e manic&ocirc;mios judiciais, onde eram submetidos a terapias for&ccedil;adas como eletrochoques e lobotomias", afirmou Quinalha, em entrevista &agrave; Ag&ecirc;ncia Brasil.
Em 1973, a Associa&ccedil;&atilde;o Americana de Psiquiatria (APA) foi a primeira grande entidade a retirar a homossexualidade de sua lista de transtornos. A OMS seguiu o mesmo caminho em 1990, o que &eacute; considerado um marco hist&oacute;rico na luta pelos direitos LGBTQIAPN+.
Apesar dos avan&ccedil;os, Quinalha destaca que ainda h&aacute; pr&aacute;ticas que buscam tratar a homossexualidade como doen&ccedil;a, como as chamadas &ldquo;terapias de reorienta&ccedil;&atilde;o sexual&rdquo;, que continuam sendo oferecidas, inclusive por comunidades religiosas, contrariando normas dos conselhos federais de Psicologia e Medicina.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/b9919288-627c-4849-9dd1-f7ba7443e8e2.jpg?width=828&amp;height=431" alt="Protesto contra LBTfobia na Bahia, em 1984 | Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/ Grupo Gay da Bahia">
A ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Maca&eacute; Evaristo, afirmou que a data &eacute; um s&iacute;mbolo de luta e reflex&atilde;o. &ldquo;Tamb&eacute;m &eacute; um momento de celebrar as conquistas obtidas por meio da luta de movimentos sociais e ativistas, que v&ecirc;m construindo um Brasil mais justo, diverso e plural&rdquo;, declarou.
Ela tamb&eacute;m alertou que a popula&ccedil;&atilde;o LGBTQIAPN+ ainda enfrenta discrimina&ccedil;&atilde;o, viol&ecirc;ncia e viola&ccedil;&otilde;es de direitos por conta da orienta&ccedil;&atilde;o sexual ou identidade de g&ecirc;nero.
Atualmente, O Dia de Combate &agrave; LGBTfobia &eacute; reconhecido em diversos pa&iacute;ses como data de conscientiza&ccedil;&atilde;o e mobiliza&ccedil;&atilde;o. No Brasil, tamb&eacute;m &eacute; uma oportunidade para promover a&ccedil;&otilde;es educativas e pol&iacute;ticas p&uacute;blicas que enfrentem a LGBTfobia e garantam os direitos da popula&ccedil;&atilde;o LGBTQIAPN+.

Juliana Arag&atilde;o, filha adotiva de <a href="https://aratuon.com.br/variedades/renato-aragao-viraliza-na-web-com-looks-inusitados-e-dispara-peguem-o-estilo-veja">Renato Arag&atilde;o</a> com a ex-esposa, Martha Rangel, vem enfrentando um momento delicado. Aos 47 anos, ela vive na mesma casa que o pai, mas, segundo o jornalista e documentarista Rafael Spaca, sofre <a href="https://aratuon.com.br/celebridades/pastora-valadao-polemiza-ao-associar-simbolo-religioso-a-comunidade-lgbt">discrimina&ccedil;&atilde;o dentro da pr&oacute;pria fam&iacute;lia por ser LGBTQIAPN+.</a>
"Ela &eacute; tratada como um corpo estranho naquela casa, ouvindo piadas e coment&aacute;rios preconceituosos por namorar uma mulher", afirmou Spaca durante entrevista ao "Salada Cast", o que repercutiu nas redes sociais nesta semana.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/1a5f0f9e-344d-40b0-b79d-0ce5715582a3.png?width=1890&amp;height=1063" alt="Juliana Arag&atilde;o, filha adotiva de Renato, mora com o humorista. / Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/Rede Social">
Apesar de fazer parte de uma das fam&iacute;lias mais conhecidas do pa&iacute;s, <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/pessoas-lgbt-pedem-mais-espacos-da-diversidade-no-carnaval">Juliana vive com dificuldades financeiras. </a>Atualmente, trabalha como motorista de aplicativo e j&aacute; recorreu a campanhas de arrecada&ccedil;&atilde;o online para lidar com emerg&ecirc;ncias.
Em 2021, ela criou uma vaquinha para comprar rem&eacute;dios para tratar a asma. J&aacute; em 2023, pediu ajuda para consertar o ar-condicionado do carro que utiliza para trabalhar.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/54073e43-c635-4164-a07e-7a1f19e548ce.png?width=1052&amp;height=659" alt="Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/Internet">
"Sou motorista de Uber e, h&aacute; dois meses, o ar-condicionado do meu carro quebrou. Estou trabalhando no calor e estou passando mal, pois sou asm&aacute;tica", escreveu na descri&ccedil;&atilde;o da vaquinha, que arrecadou R$ 2 mil.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/bf9883c3-e8c4-4510-b8b7-b8d33d3f5971.jpg?width=640&amp;height=360" alt="Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/Rede Social">
Juliana &eacute; a ca&ccedil;ula entre os filhos de Renato com Martha, com quem foi casado por 37 anos. O casal tamb&eacute;m teve Paulo, Ricardo e Renato J&uacute;nior. Martha faleceu em 2014, v&iacute;tima de c&acirc;ncer no p&acirc;ncreas.
Hoje, Renato Arag&atilde;o &eacute; casado com Lilian Taranto, m&atilde;e da atriz e influenciadora L&iacute;vian Arag&atilde;o.
LEIA MAIS:<a href="https://aratuon.com.br/celebridades/pastora-valadao-polemiza-ao-associar-simbolo-religioso-a-comunidade-lgbt">&nbsp;Ana Paula Valad&atilde;o polemiza ao ligar s&iacute;mbolo &agrave; comunidade LGBT</a>

Com dados de 2023, o&nbsp;Anu&aacute;rio Observat&oacute;rio da LGBTfobia no futebol ser&aacute; lan&ccedil;ado no s&aacute;bado (14), durante&nbsp;o primeiro encontro de torcidas do Coletivo Canarinhos LGBTQ+, em S&atilde;o Paulo. O evento come&ccedil;a &agrave;s 8h e reunir&aacute; membros de diversas torcidas LGBTQ+ que comp&otilde;e o coletivo, al&eacute;m de profissionais do esporte, ativistas e os amantes de futebol.

A entrada &eacute; gratuita e o evento &eacute; aberto ao p&uacute;blico de todas as idades. Para participar, no entanto, &eacute; preciso preencher um formul&aacute;rio virtual (<a href="https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdX4lUTiuewbwoDPB8pVfX-aamhQOczCS5-1z0adAcQa8EIdQ/viewform" target="_blank">clique aqui</a>).

<h2>Coletivo</h2>

Originalmente chamado de Canarinhos Arco-&Iacute;ris, o Coletivo Canarinhos LGBTQ+ alterou seu nome em junho de 2021, ap&oacute;s a forma&ccedil;&atilde;o de v&aacute;rias torcidas e movimentos por torcedores e torcedoras LGBTQIAPN+. O objetivo do coletivo &eacute; unir esses grupos e combater a LGBTfobia por meio de a&ccedil;&otilde;es, campanhas, iniciativas e sugest&otilde;es de inclus&atilde;o e diversidade.

Atualmente, o grupo mant&eacute;m di&aacute;logos diretos com setores p&uacute;blicos, a Confedera&ccedil;&atilde;o Brasileira de Futebol (CBF) e, no contexto da Bahia, com a Federa&ccedil;&atilde;o Baiana de Futebol (FBF).

&nbsp;

Acontece no próximo dia 25 de junho, mais uma edição do seminário "Lugar de Fala", que terá como tema “O Poder da Educação na Luta contra a LGBTIfobia!”, promovido pelo Instituto Yduqs. Gratuita e aberta ao público, a iniciativa celebra o mês de orgulho LGBTQIAPN+ e será transmitida ao vivo das 9h30 às 12h30, pelo canal do Instituto Yduqs no YouTube.
O encontro tem como objetivo promover debates e reflexões sobre a importância da educação na luta contra a LGBTIfobia, destacando experiências e estratégias de inclusão e acolhimento. O Brasil é o país mais homofóbico do mundo, onde se contabiliza um assassinato de LGBT a cada 38 horas, sendo dados do Observatório de Mortes e Violências LGBTI+.
Realizado pelo Instituto Yduqs, em parceria com as instituições de ensino superior do Ibmec, da Wyden, da Estácio e das unidades que compõem o Instituto de Educação Médica – IDOMED, o evento conta com estudiosos e grandes nomes comprometidos com a agenda, como Saulo Amorim, presidente da associação de adoção por pessoas LGBTQIAP+, Karem Faustino, advogada da Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas – Abrafh, e Samuel Gomes, CEO do Guardei no Armário.
Composto por uma Ted Talk, uma mesa de debates e uma Masterclass, o seminário pretende gerar empatia com a comunidade, valorizar a diversidade de arranjos familiares e informar acerca dos diversos métodos educacionais inclusivos, abordando o papel da educação na promoção da inclusão e combate à LGBTIfobia.
“A educação é a principal ferramenta para que o preconceito não tenha protagonismo em nossa sociedade, e para construir um futuro mais igualitário e inclusivo para todos. Encontros como o Seminário Lugar de Fala são essenciais para promover uma sociedade onde todas as pessoas são valorizadas, independentemente de sua orientação sexual, identidade ou expressão de gênero”, afirma Cláudia Romano, presidente do Instituto Yduqs e vice-presidente do grupo educacional Yduqs.
A programação completa pode ser conferida no site: <a href="http://institutoyduqs.com.br/lugardefala" target="_blank" rel="noopener">institutoyduqs.com.br/lugardefala</a>
9:30 - Abertura Abraçando a Diversidade
10:00 - TED Talk: "Eu nasci assim, eu cresci assim, vou ser sempre assim: respeitem-me!"
10:30 - Mesa de Debates: "Temos Família e Orgulho"
11:30 - Masterclass: “O Poder da Educação na Luta contra a LGBTIfobia"
12:30 - Encerramento
SERVIÇO
Quando: dia 25 de junho, das 9h30 às 12h30
Onde: online e ao vivo no canal do Instituto Yduqs no <a href="https://www.youtube.com/live/47adW1cxnHI" target="_blank" rel="noopener">YouTube.</a>

A Coordenadoria de Políticas e Promoção da Cidadania LGBT+, ligada à prefeitura de Salvador, promoveu uma ação com servidores públicos e outros colaboradores sobre o combate à homofobia e transfobia no ambiente de trabalho. A mobilização ocorreu na segunda-feira (3/6) como parte do Programa de Combate à LGBTfobia Institucional, no espaço da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), no Comércio.


[caption id="attachment_337720" align="alignnone" width="700"]<img class="wp-image-337720" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/06/03_06_2024_Programa-de-Combate-LGBT-Institucional_Foto_Jefferson-Peixoto_Secom_Pms-10-1024x683-1-300x200.jpg" alt="" width="700" height="467" /> Foto: Jefferson Peixoto/Secom PMS[/caption]
No evento, o coordenador de Políticas e Promoção da Cidadania LGBT+, Marcelo Cerqueira, alertou o público presente sobre os atos que podem ser configurados como homofobia e transfobia, sobre as consequências e a importância de afastar o preconceito do ambiente de trabalho.
Além disso, durante o momento de conscientização, o coordenador também lembrou casos de LGBTfobia, apresentou as leis referentes ao tema e reforçou que, desde o ano passado, atos de homofobia e transfobia estão sendo qualificados como crime de injúria racial, seguindo a determinação do STF.
PROGRAMAÇÃO
O programa de Combate à LGBTfobia Institucional passará por outros órgãos da prefeitura durante essa semana. Nesta quarta-feira (5/6), o programa estará na Secretaria Municipal de Inovação e Tecnologia, no Hub Salvador (Comércio), a partir das 10h30.
Durante a tarde, a mobilização ocorrerá na Defesa Civil de Salvador (Codesal), na Avenida Mário Leal Ferreira, no bairro do Engenho Velho de Brotas. Na quinta-feira (6/6), o programa será na Secretaria de Manutenção da Cidade (Sete Portas), às 9h, e no auditório da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas, às 10h.
Na próxima semana, no dia 10, às 10h, o evento acontecerá na Controladoria Geral do Município (Avenida Sete de Setembro) e no dia 11, no auditório da Secretaria Municipal de Gestão, no Dois de Julho, contemplando os servidores e demais colaboradores da Secretaria Municipal de Governo (Segov).
LEIA MAIS:<a href="https://aratuon.com.br/cidade/2024-06-04/homem-e-atropelado-e-arrastado-por-1km-em-capo-de-carro-em-salvador-veja-video/"> Homem é atropelado e arrastado por 1km em capô de carro em Salvador; veja vídeo</a>
Acompanhe nossas transmissões ao vivo no <a href="http://www.aratuon.com.br/aovivo">www.aratuon.com.br/aovivo</a>.

Um casal de mulheres está acusando a escola Asas de Papel, em Feira de Santana, de preconceito e LGBTfobia, devido à tentativa da instituição de impedir que as duas participassem da festa do Dia das Mães, acompanhando a filha. Em entrevista ao Aratu On, Larissa e Mariana contaram que não é a primeira vez que a instituição falta com respeito a elas e dizem que o local “não é nada inclusivo”.

As psicólogas Larissa Porto e Mariana Leonesy contam que matricularam a filha, Marina, atualmente com quatro anos, na Escola Asas de Papel há três anos e desde o começo a instituição não oferece o mínimo de condições para a criança, que é autista, classificada como grau dois de suporte.

“Se você  observar, a escola possui uma estrutura linda, que chama atenção. Eles usam de um discurso construtivista, inclusive, mas eles não aplicam nada disso e só descobrimos depois que matriculamos Marina. Desde o começo eles se recusavam a dar o mediador educacional para ela, mesmo com um relatório médico da neurologista, e só contrataram após muita luta nossa. Mas tiraram, no começo desse ano, sem nenhum aviso”, explica Larissa.

[gallery link="file" columns="2" size="large" ids="329812,329814"]

DIA DAS MÃES

Segundo o casal, sempre houve por parte da escola uma resistência para as demandas que elas solicitavam, tendo o desgaste se acentuado após o Dia das Mães deste ano. A situação começou quando Larissa e Mariana receberam um comunicado sobre o evento, no qual estava registrado que apenas uma acompanhante deveria estar presente para a cerimônia. Como nos anos anteriores, elas enviaram os dois nomes para a lista, o que motivou a instituição e reafirmar que apenas uma deveria ir, provocando, assim, a revolta das mães.

Nas mensagens trocadas via whatsapp, disponibilizadas para o Aratu On, a instituição de ensino alega que a situação descumpre “regras” e, por isso, apenas uma pessoa, “mãe ou representante” deve comparecer. Alegando que “todas as demais famílias cumpriram o procedimento legal”, a escola pede a retificação na lista de nomes.

O casal então justifica que, como são duas mães, não tem como escolher uma para ir, afirmando em seguida: “iremos as duas”. Além disso, elas dizem que, em toda a escola, são o único casal homoafetivo. Em seguida, elas argumentam que a obrigação de escolher uma das duas para o evento “gera um dano irreparável” e que essa seria “mais uma, das muitas violências sofridas” durante esses três anos.

CONFIRA OS PRINTS:

[gallery columns="1" link="file" size="large" ids="329825,329824,329823,329822,329821"]
<blockquote>“A gente não teve comemoração do Dia das Mães. A gente chegou lá e as diretoras nos olhavam com raiva, tentaram nos barrar novamente. Nos sentimos intrusas. Sabe aquele lugar que você não deveria estar?” Larissa Porto</blockquote>
De acordo com a advogada e vice-presidente da Comissão de Diversidade Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil na Bahia (OAB), Luise Reis, os prints evidenciam a falha no projeto pedagógico da instituição, que "deixou de valorizar as diferentes configurações familiares, promovendo a diversidade e a inclusão".

Além disso, Luise relembra que, "infelizmente", o que Larissa e Mariana passaram acontece frequentemente na sociedade, ainda que exista todo um aparato legal para proibir e coibir isso.

"Este caso sinaliza um posicionamento social de que, embora no Brasil existam leis que protejam a população LGBTQIA+ e, especificamente, mulheres lésbicas, é recorrente que modelos que priorizam o patriarcado estrutural, em instâncias públicas ou privadas, tenham posicionamentos lesbofóbicos".

Desde 2023, o Superior Tribunal Federal reconhece que atos de LGBTfobia são equiparados à injúria racial e, em 2019, o mesmo STF já havia decidido que esse tipo de discriminação era enquadrada como racismo, sendo assim, crime inafiançável e imprescritível. Além disso, o infrator está sujeito a punição de um a três anos de prisão, prevista na Lei no 7.716/89.

Larissa e Mariana vão judicializar o caso e afirmam que querem, de alguma forma, iniciar uma mudança na instituição. “Eu acho que é importante a escola começar a compreender que não tem que aceitar a diversidade (como uma obrigação). Na verdade, ela precisa existir. É trabalhar com inclusão, porque é um compromisso da educação pedagógico, trabalhar com a diversidade”.

Ao Aratu On, a advogada do casal, Larissa Santiago, já foi registrado um Boletim de Ocorrência pelo crime de homofobia. Além disso, foi protocolado um pedido de "reparação por danos morais e se estuda que a instituição adote medidas de capacitação, treinamento, para corrigir esse tipo de prática discriminatória". A profissional complementa ainda que está circulando uma baixo-assinado que deve ser enviada ao Ministério Público, para que o mesmo intervenha no caso e impeçam que esse tipo de postura volte a ser cometida pela instituição.

"Essas providências são nesse sentido, de que a escola adote medidas corretivas e tenha uma nova postura, para lidar com todas as famílias, que seja inclusiva e não exclusiva para famílias não tradicionais", pontua.

O casal acredita que a postura da direção do Asas de Papel é uma espécie de “perseguição”, pelos recorrentes embates entre as partes. “Sabe como eu me sinto, verdadeiramente falando? Eu me sinto violentada, me sinto expulsa todos os dias”, disse Mariana.

Elas ainda lembram que, em outro evento da instituição, o Dia dos Avós, não havia limitação de um representante por família, com os quatro sendo convidados para participar.

“Eu queria muito frisar isso. Ninguém pergunta, por exemplo, quem é o representante dos avós da família materna, ou representante dos avós da família paterna. Então, é como se tivesse uma ditadura do biológico, no sentido de definir os laços de parentalidade, e quem é, de fato, mãe, e quem é representante de mãe”, elenca Mariana, que trabalha como professora da Universidade Estadual de Feira de Santana, atuando na área de psicologia da educação.
<blockquote>"A LGBTfobia e a lesbofobia são notórias, na medida em que se questiona o papel da maternidade de uma das mães. Porque nós não somos representantes, não somos tias, avós, para se ficar questionando o tempo todo". Mariana Leonesy</blockquote>
MUDANÇA

Durante a entrevista, as mães da pequena Marina contam que, apesar dos problemas, após conseguirem a mediadora educacional para acompanhar a criança em sala, elas preferiram manter a filha na escola, por causa do apego dela aos colegas de turma e que, mudanças bruscas e frequentes são “muito complicadas” para autistas. Porém, com a retirada do profissional, sem nenhum aviso, no começo deste ano letivo, o casal está articulando a troca de escola durante as férias de junho.

“Neste momento, quando nosso direito foi retalhado e os demais foram cerceados, a comunicação com a escola foi sendo fechada, eles não respondem mais a gente. Então, estamos em transição, porque não é algo que acontece de um dia para o outro. Estamos conversando com Marina, sobre a possibilidade de trocar de escola e já estamos procurando, cuidadosamente, um novo local”, revelou Larissa.

“Imagina se todas as vezes que a gente chega no lugar, sofre a LGBTfobia e a gente fala ‘não vamos mais estar aqui, vamos sair’. E, no próximo lugar, vamos sofrer novamente e ter que sair. Como fica o processo de aprendizado de Marina? Então é ter que ficar, ocupar esses espaços, eu pensava. Mas chegou em um nível tão alto, que a escola não quer que a gente fique, não quer ter espaço para mudança. Eu penso que é importante a gente ocupar os espaços buscando isso, mas agora, se tratando da nossa filha, não dá mais. Eu acho que a minha mudança é essa, é querer fazer a mudança, mesmo que fora dessa escola!”, finalizou.

De acordo com a vice-presidente da Comissão de Diversidade, caso alguém passe por situações de LGBTfobia, pode buscar ajuda em órgãos legais e outros equipamentos. "Pode procurar a Defensoria Pública ou advogados da sua confiança, a COERCID (Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Intolerância e Discriminação) e Centro Municipal de Referência LGBT+".

Vale lembrar que nesta sexta-feira (17/5), é celebrado o Dia Internacional contra a Homofobia, criado a partir da data em que o termo "homossexualismo" passou a ser desconsiderado e a homossexualidade foi excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 17 de maio de 1990.

O Aratu On entrou em contato com a Escola Asas de Papel, porém, a instituição não se pronunciou sobre o caso. A matéria será atualizada em caso de resposta.

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Uma mulher, acusada de chamar outra mulher de ‘macaca’, foi presa em flagrante na noite de segunda-feira (12/2), no circuito da Barra, por policiais da Coordenação Especializada de Repressão aos Crimes de Intolerância e Discriminação (Coercid) durante plantão no Serviço Especializado de Respeito a Grupos Vulnerabilizados e Vítimas de Intolerância e Racismo (Servvir), localizado no Shopping Barra.

Conforme informações, os policiais foram procurados pela vítima que relatou que estava próximo um hotel, quando a mulher desferiu palavras de cunho racista e também ofendendo a dignidade. Durante a diligência, a acusada foi identificada encaminhada para a unidade policial junto com as testemunhas.

Ele foi autuada em flagrante por injúria racial e segue custodiada à disposição do Poder Judiciário. Localizados no estacionamento do Shopping Barra, na Ladeira da Montanha, no Passeio Público e na Avenida Milton Santos, em Ondina, os postos do SERVVIR estarão disponíveis para atender vítimas de crimes de racismo, intolerância religiosa, LGBTfobia e pessoas com deficiência, durante o Carnaval.

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O Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+ realizou nesta sexta-feira (15/12) o coquetel de lançamento do Anuário do Observatório da LGBTfobia no Futebol. O evento aconteceu no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), no Comércio, e contou com convidados especiais, exposição de algumas camisas das torcidas que compõem o coletivo e muito bate-papo.

O anuário tem como objetivo mostrar os resultados de um material que traz questões enfrentadas pela comunidade LGBTQ+ no âmbito esportivo, visando contribuir para um ambiente mais inclusivo e acolhedor. A coleta dos dados do ano de 2022 foi feita de forma coletiva e apresenta informações e estatísticas relacionadas à LGBTfobia no cenário esportivo do último ano.

Os dados serão divulgados em breve pela equipe do Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+.

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