Uma das atletas presentes no confronto entre Brasil e Jamaica, realizado na última terça-feira (5/6) com vitória canarinho por 4 a 0, a defensora Antônia agradeceu o apoio dos cerca de 31 mil torcedores presentes na Arena Fonte Nova e falou da importância em trazer a Seleção Feminina para a Região Nordeste.

“Eu quero agradecer agora. E não falo só por mim, mas pelo futebol que merece a torcida presente. E voltar para o Nordeste é muito bom, essa calor da torcida. Principalmente agora depois da notícia que vamos sediar o Mundial. Tem que ser assim, incentivando para que nestes três anos se possa melhorar o esporte no Brasil”, desabafa.

Para a defensora, a vitória pelo placar largo demonstra o bom trabalho que vem sendo realizado, mas o time precisa seguir em frente para melhorar seu desempenho na disputa dos Jogos Olímpicos.

“O time fez um bom trabalho hoje, conseguimos a vitória, mas tem muitos pontos que ainda podem ser melhorados e vamos seguir em frente, sempre agradecendo o apoio da torcida”, complementou.

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O Brasil repetiu em Salvador o que fez em Recife: goleou a Jamaica por 4 a 0 e fez a festa da torcida local. E depois do jogo disputado na capital baiana, o treinador Arthur Elias avaliou o desempenho da equipe na Arena Fonte Nova e confessou ter se emocionado com a execução do Hino Nacional e do apoio da torcida baiana durante o confronto.
“A energia foi fantástica, a atmosfera fantástica, para mim foi o hino nacional mais emocionante em que eu já estive presente como treinador, por todo o contexto, por ser aqui, uma cidade, em um estado tão importante para o nosso país.”, afirmou o comandante canarinho, que não deixou de lado uma avaliação de desempenho da equipe no amistoso.

“Hoje foi um dia importante. Tiveram alguns momentos em que não nos portamos muito bem no jogo e isso é importante para fazer algumas correções para ter um nível alto. Mas fiquei muito satisfeito por todo o processo, agradeço a todas as jogadoras que passaram por aqui, e agora a gente vai tomar a decisão para os Jogos Olímpicos”, falou o treinador.

A partida foi o encerramento da preparação brasileira para a disputa de medalha em Paris 2024. No torneio, a equipe enfrentará na primeira fase as seleções da Espanha, Japão e Nigéria.

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Um dos destaques da Seleção Brasileira na goleada de 4 a 0 sobre a Jamaica, em jogo disputado na última terça-feira (5/6), em Salvador, a atacante Byanca Brasil falou sobre sua primeira experiência na equipe canarinho e não escondeu o sentimento de sonho realizado ao estar defender as cores do país pela primeira vez.

“Era o sonho da Byanca de oito anos, então estava bem ansiosa para este jogo”, admitiu a atleta, que falou sobre a sua participação no primeiro tempo da partida. “O Arthur me pediu e eu consegui entregar dentro de campo. Preciso de mais entrosamento, foi minha primeira experiência com algumas meninas. Preciso de mais tempo, mas o tempo é muito curto pela Seleção” admitiu.

Byanca elogiou o atual momento da equipe nacional e acredita que sob o comando de Arthur Elias, o Brasil está preparado para enfrentar qualquer equipe nacional. “Vamos chegar muito prontas para os jogos”, afirmou.

Para os Jogos Olímpicos de 2024, o treinador brasileiro ainda fará uma primeira convocação para depois selecionar as 18 convocadas para o torneio. O Brasil segue no Grupo C da competição, ao lado de Espanha, Japão e Nigéria. 

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Na partida amistosa entre Brasil e Jamaica, realizada nesta terça-feira (5/6) na Arena Fonte Nova - vencida pela equipe canarinho pelo placar de 4 a 0 - um grupo especial de torcedoras tinha motivo de sobra para se emocionar com o apoio e carinho da torcida: As ex-atletas Meg, Solange e Suzy, pioneiras da Seleção Feminina, marcaram presença no confronto e falaram da repercussão que esse jogo traz para todas as gerações.

“Foi emocionante, a gente veio num grupinho de pioneiras. Viemos até com uma camisa que a CBF fez para um evento da gente, e parecia que estavamos ali dentro jogando futebol. E com a casa cheia, né? Todo mundo torcendo, muitas crianças adolescentes. meninos e meninas… isso é um diferencial que está tendo”, afirmou Meg, primeira goleira do Brasil. Presente na Zona Mista após a partida, a goleira falou da importância deste encontro entre pioneiras e novas atletas

“Poder também conversar com as meninas, fazer uma integração do passado com o presente e ver (pela torcida) que logo logo vai ter um futuro. Então, por isso que a gente faz questão de descer para conversar com elas”, completou.

Para Meg, o próximo passo a ser estabelecido é de conscientizar clubes e federações para evoluir cada vez mais a modalidade no país. Processo esse, que já está começando, segundo a ex-atleta.

“Hoje o povo abraçou o feminino no mundo todo e aqui no Brasil está acontecendo. Hoje temos uma seleção sub-15, sub-17 e teremos um Mundial aqui. Precisamos continuar esse processo por todo o país, com suas federações organizando campeonatos e dando acesso as atletas, proporcionando que essas jovens joguem e treinem. Tipo aqui com Bahia, Vitória e os clubes do interior. Se melhorou muito a nível financeiro, mas ainda falta bastante. E tudo está tão “no crescente” que não tem volta… Eu não sou pessimista e acho que o foguete tá subindo e ele não tem ré (risos)”.

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Uma das atletas mais ovacionadas pela torcida no amistoso desta terça-feira (5/6) entre Brasil e Jamaica, Cristiane comemorou seu retorno a equipe canarinho e exaltou o trabalho feito pela atual comissão técnica em mesclar jogadoras experientes com uma nova geração que já mostra força e vontade para seguir representando o país no futebol feminino internacional.

“As pessoas olham para eu e Marta aqui e falam: ah, mas não tem renovação. Só que a gente tem aqui meninas de 22, 23 e 24 anos, a grande maioria são atletas mais jovens. A Jheniffer hoje marcou dois gols… então eles (a comissão técnica) procuram fazer essa mescla. Eles tem visto o que tem sido feito nos clubes e tem mesclado na Seleção, trazendo a juventude das meninas e a nossa experiência. Seja jogando, ficando no campo ou jogando um pouquinho e fazendo gol. ou dando passe. É uma construção”, afirmou a atacante.

Sobre participar da próxima Copa do Mundo, Cristiane não quis bater o veredito sobre sua aposentadoria e pediu foco para a disputa dos Jogos Olímpicos, que terão início no final do mês de julho.

“Depois do anúncio (do Brasil sediar a Copa do Mundo de 2027) eu brinquei, né? Disse que agora poderia segurar mais um tempo… Mas eu acho que a gente tem uma geração muito importante, que tá bem. A gente tem muitas meninas boas no sub-17, outras grandiosas no sub-20. Então eu não vou projetar um lugar lá em 2027. O meu é agora, né? A gente tá perto das olimpíadas e lá teremos um grupo reduzido com 18 atletas, com jogos muito encostados um no outro. O Arthur tem testado muitas atletas nas posições e agora tivemos quase 10 atacantes convocadas. Então eu prefiro pensar no agora. Não vou projetar, pois temos uma geração muito bacana que tá surgindo”, finalizou.

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Autora de um dos gols da goleada de 4 a 0 sobre a Jamaica, em amistoso realizado nesta terça-feira (5/6) na Arena Fonte Nova, a atacante Marta conversou com jornalistas após a partida e não quis falar sobre uma possível participação na Copa do Mundo de 2027, que será realizada no Brasil. 

Entretanto, a eterna Melhor do Mundo disse que dará apoio total a Seleção mesmo que não esteja em campo e pediu foco para os Jogos Olímpicos de Paris, que serão realizados no final de julho.

“Ah, eu acho que tá um pouquinho distante, né? Essa situação, eu acho que o momento agora é de pensar realmente na Olimpíada. Obviamente que eu tô muito feliz e maravilhada que o Brasil terá a oportunidade de sediar essa Copa do Mundo. Quando eu falei que eu ia estar jogando de alguma maneira, dentro ou fora de campo, é porque eu sempre sonhei em ver uma Copa do Mundo no meu país, então eu vou estar jogando com as meninas de qualquer maneira, seja dentro ou fora de campo”, disse a atleta, que se emocionou ao falar dos jogos realizados no Nordeste e a força das torcidas locais pela equipe.

“O momento é de pensar na Olimpíada, a gente tem dois grandes jogos (Espanha e Japão)… Eu acho que a emoção de jogar no nordeste foi muito importante para que a gente pudesse sair daqui com esse sentimento de dever cumprido. Agora torcer para estar na lista para os Jogos. Primeiro vai ser divulgada uma lista maior e depois uma final. Mas acho que esses dois jogos foram primordiais para levar um sentimento de esperança para a Olimpíada”, completou.

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Em noite de festa e muita emoção, o Brasil não fez feio a grande presença de torcedores na Arena Fonte Nova e derrotou a Jamaica por 4 a 0, pelo segundo amistoso da série de jogos entre as duas equipes em território brasileiro. Agora, a equipe comandada por Arthur Elias se prepara para a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, que serão realizados no final do mês de julho e início de agosto.

Antes do confronto, os torcedores presentes no estádio baiano tiveram um show apresentado pela cantora Ju Moraes, que movimentou as arquibancadas do equipamento esportivo. Logo depois, a cantora também entoou o Hino Nacional Brasileiro, se emocionando ao final da execução.

Com a bola rolando, o Brasil rapidamente abriu o marcador com Debinha, que se aproveitou de jogada criada pela direita e após chute cruzado completou para as redes de Sydney Schneider. Entretanto, o que parecia uma goleada se transformou em um festival de bolas perdidas, com o Brasil criando no setor ofensivo e deixando a Jamaica retrancada e dependente da sua goleira.

Na segunda etapa, as Reggae Girlz voltaram com nova postura de jogo, indo atrás do gol de empate e complicando a defesa brasileira. Já a seleção canarinho administrava o resultado e em um dos poucos lances de ataque, ampliou o marcador. Após cobrança de escanteio, Jhennifer se aproveitou de cabeçada defendida pela goleira caribenha para ser oportunista e fazer o segundo da Seleção.

Com mais mudanças na equipe de Arthur Elias, inclusive a entrada de Marta e Cristiane, o Brasil voltou a levar mais perigo ao gol jamaicano. Porém, a equipe visitante se aproveitava da marcação alta da equipe para criar lances de perigo ao gol de Natascha. 

Dentro deste cenário, o Brasil cresceu novamente e não demorou para chegar ao terceiro gol. Em bom lance tabelado entre as brasileiras, Jhennifer anotou o seu segundo gol na partida ao chutar no ângulo sem chances de inteceptação. 

Minutos depois, foi a vez da Rainha Marta brilhar. Em uma bela cobrança de falta, a eterna número 10 chutou forte e colocado, anotando um golaço que sepultou a vitória brasileira em Salvador.

O resultado foi muito comemorado fora e dentro de campo, com as jogadoras indo de encontro aos torcedores presentes na Arena Fonte Nova. 

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Com colaboração de Ananda Costa
Já em Salvador, para o amistoso que será realizado nesta terça-feira (4/6), na Arena Fonte Nova, o treinador Arthur Elias e a zagueira Rafaelle falaram sobre a importância deste amistoso em solo brasileiro, principalmente baiano.
Natural da cidade de Cipó, a defensora não escondeu sua emoção ao falar sobre a oportunidade de representar a Seleção Brasileira em seu estado natal. 
"Eu acho que para qualquer atleta é um prazer enorme, um orgulho enorme jogar na sua cidade com sua torcida, seus amigos presentes e comigo não é diferente. Acho que desde quando anunciado esse jogo aqui em Salvador, eu estou ansiosa esperando isso, mas muito feliz. É um nervosismo muito diferente, eu acho que eu nunca senti isso, nem nos grandes jogos das Olimpíadas ou da Copa do Mundo".

<blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560">
Rafaelle destaca a emoção de amistoso realizado em Salvador: 'É um orgulho enorme jogar na própria cidade' <a href="https://t.co/wNHX7kWMZN">pic.twitter.com/wNHX7kWMZN</a>
— Aratu On (@aratuonline) <a href="https://twitter.com/aratuonline/status/1797965043931501038?ref_src=twsrc%5Etfw">June 4, 2024</a></blockquote>
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Em entrevista realizada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rafaelle também ressaltou a importância do jogo para inspirar as gerações futuras.
 "Acho que será a primeira vez que nós vamos ter uma Marta, uma Cristiane jogando para essas meninas que sempre sonharam em assistir à Seleção em seu estado. O quão inspirador vai ser esse jogo para elas?", questionou a jogadora. "A Bahia tem muito talento e essas crianças têm que ter mais oportunidade. Essa representatividade e essa visibilidade que a gente está tendo hoje na Bahia e amanhã no jogo vão ser muito importantes".
Quem também deu uma palavrinha foi o técnico Arthur Elias, que enfatizou a relevância da visibilidade e a responsabilidade de todos os envolvidos no processo. "A visibilidade é muito importante para o crescimento do futebol feminino, e é um dever da imprensa, é um dever das entidades dar esse espaço que o futebol feminino merece para alcançar um público maior. É uma responsabilidade de todos nesse processo e o torcedor é quem a gente sempre quer atingir no futebol", afirmou.
Elias também comentou sobre o próximo jogo contra a Jamaica, revelando planos para promover algumas estreias e reforçar o modelo de jogo da equipe. "Durante todo o processo de convocação nós tentamos reforçar o modelo de jogo. A partida de amanhã vai me mostrar se estamos tomando as decisões certas. Espero que a gente tenha mais uma grande atuação", finalizou.
LEIA MAIS:<a href="https://aratuon.com.br/esportes/2024-06-04/conheca-a-jamaica-adversaria-do-brasil-em-amistoso-na-arena-fonte-nova/"> Conheça a Jamaica, adversária do Brasil em amistoso na Arena Fonte Nova</a>
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Nesta terça-feira (4/6), na Arena Fonte Nova, o Brasil encerra sua preparação em território nacional para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. 

Para este último jogo dentro de casa, a Seleção terá como adversária a Jamaica, equipe que deu trabalho para o Brasil na última copa - empatando em 0 a 0 e eliminando a equipe canarinho precocemente - mas, que foi goleada por 4 a 0 no último encontro entre as duas nações, realizado no último sábado (1/6) em Recife.

E como uma preparação para este mais novo embate entre brasileiras e jamaicanas, o Aratu On vem trazendo mais informações sobre as adversárias do escrete verde e amarelo. Conheça um pouco das Reggae Girlz, seu futebol feminino quase centenário e o apoio de uma celebridade nacional para sobreviver em meio ao abandono da federação local.

História do Futebol Feminino na Jamaica

Primeira nação caribenha a conseguir uma vaga na Copa do Mundo de Futebol Feminino, a Jamaica briga pelo posto de terceira força entre as nações da América do Norte e Central. Com boas campanhas continentais nos últimos anos, o país deixa de lado uma história de abandono e falta de apoio para se tornar uma referência regional, com suas atletas figurando no futebol norte-americano e europeu.

O futebol feminino jamaicano tem um histórico próprio e que remonta a 1935, com jogos beneficentes e um caloroso debate na mídia local sobre a prática de esportes entre as mulheres. Entretanto, esta mesma mídia relata que o esporte foi praticado com grande apoio popular nos estádios e clubes sendo criados nas principais cidades da ilha.

Infelizmente, temos aí o primeiro ciclo interrompido de uma série de tantos outros na história do futebol feminino jamaicano. A prática passa de um hiato dos anos 40 aos 60 e uma liga é criada novamente em 1975.  Em 1987 temos a criação da Associação Jamaicana de Futebol Feminino e existem relatos de ligas regionais sendo disputadas nas cidades locais.

Integradas a federação oficial no início dos anos 90, não demorou muito para que as Reggae Girlz estreassem oficialmente em uma partida de seleções, perdendo para o Haiti por 1 a 0 no Campeonato Feminino da Concacaf de 1991. No mesmo torneio, uma goleada de 9 a 0 para o Canadá e novo tropeço sobre a Costa Rica mostraram que o futebol local precisaria de muita preparação para se equiparar aos adversários.

De fora do Campeonato de 1993, retornaram em 1994 com uma nova goleada retumbante de 10 a 0, desta vez pros Estados Unidos, e figuraram mais uma vez na lanterna da competição. Essa coleção de fracassos levou ao primeiro desfinanciamento da seleção nacional, criando um hiato que perdurou até o ano 2000.

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Futebol cresce e briga por protagonismo no Caribe

O futebol feminino cresceu em popularidade dentro do país e uma liga nacional acabou criada em 1999. Com isso, a Jamaica retornou aos gramados no anos 2000 em uma insólita Copa do Caribe, na qual goleou Bermudas por 4 a 1 e foi novamente derrotada pelo Haiti. Em 2002, retornou ao Campeonato da Concacaf, depois de uma curta e exitosa qualificação, para novamente ser lanterna de sua chave e sofrer outra derrota por 9 a 0 das canadenses.

Apesar do resultado na edição de 2002, o futebol local já demonstrava reação e uma evolução era aparente dentro do cenário caribenho. Em 2006, o reflexo de um futebol mais organizado e uma liga nacional começaram a dar frutos. Em um novo Campeonato da Concacaf, a Jamaica superou a fase caribenha com méritos e chegou a fase final vencendo o Panamá por 2 a 0 e perdendo para as canadenses nas semifinais por “apenas” 4 a 0. Na decisão de terceiro lugar, nova derrota de 3 a 0, agora para o México.

Apesar dos últimos resultados, chegar entre as quatro primeiras da América do Norte e Central seria a prova de que o cenário continental estaria prestes a mudar. Entretanto, o fracasso da qualificatória olímpica de 2008, no qual as jamaicanas perderam na fase de grupos para Estados Unidos e México, fez com que a Federação de Futebol Jamaicana dissolvesse a equipe nacional.

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Ressurreição e primeira Copa do Mundo

Entre 2008 e 2014, o futebol jamaicano sequer participou de eventos regionais e continentais femininos, fazendo com que a seleção local sequer aparecesse no ranking mundial da FIFA.  Com o apoio de Cedella Marley, filha de Bob Marley e embaixadora das Reggae Girlz para arrecadação de fundos, as jamaicanas voltaram ao gramado para a disputa da Copa Caribenha, ficando com o vice-campeonato atrás de Trinidad e Tobago.

No mesmo ano, disputaram novamente o Campeonato da Concacaf, mas caíram na primeira fase em uma chave com Costa Rica e México (classificadas) além da Martinica. O resultado fez novamente o selecionado sofrer uma dissolução da Federação. Em 2016, com apoio mais forte de Cedella Marley, o time seguiu a sua luta por fundos próprios e chegou a utilizar uniformes emprestados e ter um treinador voluntário como um técnico.

Depois de um novo hiato que durou dois anos, a Jamaica retornou aos gramados em preparação a Copa do Mundo 2019. Venceram a eliminatória caribenha sem dificuldades e foram à disputa do continental. Na ocasião, iniciaram perdendo para o Canadá por 2 a 0, mas venceram Costa Rica e Cuba para garantir uma vaga nas semifinais depois de mais de 10 anos.

No mata-mata, foram goleadas pelos Estados Unidos por 6 a 0, mas tinham uma meta para ser alcançada. Em caso de vencerem o Panamá na decisão de terceiro lugar, estariam no Mundial. E depois de uma emocionante disputa de penaltis, finalmente fizeram do sonho uma realidade.

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Experiência da Copa leva a segundo Mundial

A jovem equipe caribenha chegou a Copa do Mundo de 2019, na França, com um grupo difícil para superar. Acabaram perdendo para Austrália, Itália e Brasil, três equipes com maior tradição e poder econômico no cenário futebolístico. Entretanto, a garra mostrada pelas atletas abriu os olhos de equipes estrangeiras, que foram atrás e mudaram o cenário local.

Ainda com apoio de Cedella Marley, a Jamaica não esmoreceu e passou a confirmar seu novo status no cenário continental. Mesmo caindo na primeira fase da seletiva olímpica de Tóquio 2020, frente a Canadá e México, o resultado do Campeonato da Concacaf 2022 foi histórico.

No torneio, venceram mexicanas e haitianas na primeira fase, perdendo apenas para os EUA, o que lhes deu o segundo posto na chave e uma vaga para uma nova Copa do Mundo. Nas semi continentais caíram para o Canadá, mas derrotaram a Costa Rica na decisão de terceiro lugar e confirmaram novamente a posição de terceira força local.

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Copa 2023, campanha histórica

Voltando ao mundial, a Jamaica teve uma chave complicada na primeira fase, mas conseguiu o resultado mais expressivo em sua história nas Copas do Mundo. Atuando no Grupo F, às Reggae Girlz estrearam contra a toda-poderosa França e arrancaram um empate em 0 a 0, muito celebrado pela equipe comandada por Khadija Shaw. 

Logo depois, pela segunda rodada, fizeram um confronto regional com o Panamá e venceram em um importante resultado de 1 a 0. Com quatro pontos, chegaram ao terceiro jogo com vantagem de um ponto sobre o Brasil e precisavam apenas de um empate para avançar de fase. 

Aliadas a uma péssima exibição da Seleção Canarinho, as jamaicanas não erraram na marcação e fizeram uma grande apresentação, classificando-se historicamente para as oitavas de final do torneio. Na fase de mata-mata, enfrentaram uma aguerrida Colômbia e fizeram um jogo duro, eliminadas em um solitário 1 a 0.

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Direitos iguais e nova geração

Após o torneio, as atletas locais anunciaram em conjunto a reivindicação por melhorias nas condições de trabalho e treino da seleção jamaicana, boicotando a equipe em caso de negativa da federação local. 

O impasse fez com que a equipe caribenha sofresse mudanças que afetaram o rendimento do time nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023 e nas eliminatórias para a primeira Copa Ouro Feminina, não conseguindo a classificação para a fase final do torneio.

Os amistosos no Brasil são uma nova tentativa de recomeço, com uma equipe que mescla algumas veteranas e novas promessas do futebol local, com uma promessa de melhorias na modalidade. O apoio da Reggae Girlz Foundation e suas doações ainda é essencial para que a equipe sobreviva e seja uma referência a novas gerações.

Mas, quem veio a Salvador?

Das que vieram a capital baiana, os maiores destaques ficam por conta das atacante Jody Brown e Trudi Carter, as irmãs zagueiras Allyson e Chantelle Swaby, a defensora Denisha Blackwood e a goleira Sydney Schneider. 

Dentre as estrelas ausentes, a principal é da atacante Khadija “Bunny” Shaw, que hoje atua no Manchester City e tem 56 gols na equipe nacional. Hoje, é a maior artilheira da história do selecionado e com uma carreita exitosa nos Estados Unidos, França e Inglaterra.

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A renovada seleção brasileira feminina de futebol goleou a Jamaica por 4 a 0 e virou a página da eliminação precoce na primeira fase da Copa do Mundo no ano passado. A chuva de gols na Arena Pernambuco, em Recife, começou com um golaço da lateral Adriana, depois teve gol contra da zagueira Swaby e coube à atacante Marta levar os mais de 28 mil torcedores à loucura ao marcar duas vezes na etapa final, selando o triunfo brasileiro com gosto de revanche.

A seleção, comandada pelo técnico Arthur Elias volta a campo contra as jamaicas na próxima terça-feira (4/5), às 20h (horário de Brasília), na Arena Fonte Nova, em Salvador. O duelo será o último antes da definição da lista de convocadas à Olimpíada de Paris.

Após os dois gols, a jogadora Marta comemorou o resultado e apoio da torcida pernambucana. A atacante revelou que segue brigando para estar na lista final de Athur Elias para Paris 2024.
"Acho que isso é primordial. Se não tiver esse sentimento, essa emoção em cada partida, principalmente vestindo a camisa amarelinha, é melhor não jogar, é melhor parar. Eu sinto tudo isso, principalmente aqui no Nordeste onde as pessoas são muito calorosas. Desde o primeiro dia sentimos isso e graças a Deus deu tudo certo, o time se impôs do começo ao fim e essa é a mentalidade e a postura que vamos amadurecer. Só tenho a agradecer essa noite fantástica", contou Marta.
*Com informações da Agência Brasil*

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