Prefeitura de Salvador lançou um bilhete para visitação de centros culturais que é válido até quinta-feira (29/2) por R$ 40 (inteira) ou R$ 20 (meia). São eles: Cidade da Música, Casa do Carnaval, Casa do Rio Vermelho, Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana e Espaço Carybé de Artes.

Residentes de Salvador também pagam meia.  Confira abaixo o horário e a programação de cada espaço cultural:

Casa do Carnaval

[caption id="attachment_299732" align="alignnone" width="1024"]<img class="wp-image-299732 size-large" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/02/casa-do-carnaval-1024x563.jpg" alt="" width="1024" height="563" /> Foto: Fábio Marconi[/caption]

No local, é possível entender o Carnaval desde quando iniciou, com o entrudo, o Carnaval de salão, os carros alegóricos e a fóbica de Dodô e Osmar até a transformação com os trios elétricos e o surgimento da axé music.

O que: Casa do Carnaval da Bahia
Quando: de terça a domingo, de 10h às 18h (entrada até as 17h)
Onde: Praça Ramos de Queirós, s/n – Pelourinho, próximo ao Plano Inclinado Gonçalves

Cidade da Música 

[caption id="attachment_299733" align="alignnone" width="960"]<img class="wp-image-299733 size-full" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/02/cidade-da-musica.jpg" alt="" width="960" height="624" /> Foto Betto Jr. Secom[/caption]

Traz a história da produção musical no estado desde o Brasil Império até os dias atuais.

O que: Cidade da Música
Quando: de terça a domingo, de 10h às 18h (entrada até as 17h)
Onde: Casarão de Azulejos Azuis, na Praça Visconde de Cairu, 19, no Comércio

Casa do Rio Vermelho

[caption id="attachment_299735" align="alignnone" width="1024"]<img class="wp-image-299735 size-large" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/02/casa-do-rio-vermelho-1024x578.jpg" alt="" width="1024" height="578" /> Foto: Fábio Marconi[/caption]

Em uma área de dois mil metros quadrados e com perfil interativo, o memorial apresenta mais de 30 horas de vídeos e projeções, além de objetos pessoais e correspondências trocadas entre Jorge Amado e Zélia Gattai, que transmitem um pouco da trajetória do casal de escritores.

O que: Casa do Rio Vermelho
Quando: de terça a domingo, de 10h às 18h (entrada até as 17h)
Onde: Rua Alagoinhas, 33, no Rio Vermelho

Pierre Verger e Carybé

[caption id="attachment_299737" align="alignnone" width="1024"]<img class="wp-image-299737 size-large" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/02/Espaco-Carib_Forte-So-Diogo_Fot-Bruno-Concha_Secom_Pms-8-1024x683.jpg" alt="" width="1024" height="683" /> Bruno Concha e Jefferson Peixoto/Secom PMS[/caption]

Quem visita o Espaço Cultural Pierre Verger também pode conhecer o Carybé das Artes, no Forte São Diogo, com pinturas do artista argentino que foi radicado na Bahia.

O que: Casa do Rio Vermelho
Quando: de quarta a segunda-feira, das 10h às 18h
Onde: Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana, no Forte Santa Maria, e o Carybé das Artes, no Forte São Diogo. Ambos no Porto da Barra

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Criado em 1996 pelo empresário Mário Kertész, o projeto Boca de Brasa tem a proposta de democratizar o acesso à cultura em diversos bairros de Salvador. Em 2013, o projeto foi reformatado pelo produtor cultural Fernando Guerreiro, atual presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), órgão da prefeitura de Salvador vinculado à Secretaria de Cultura e Turismo (Secult).

Para Guerreiro, nessa segunda fase o Boca de Brasa trouxe o mecanismo de dialogar e apoiar movimentos culturais de vários bairros da cidade. Por já ter beneficiado e criado diversos projetos para políticas culturais, principalmente dentro das periferias de Salvador, o Boca de Brasa recebeu o prêmio "O Bem Transforma", da TV Aratu, em outubro, na categoria " Cultura e Arte".

Na década de 1990, o projeto funcionava como um caminhão-palco que circulava pelos bairros da cidade por uma semana. Ao todo, 21 bairros receberam a edição dessa ação que tinha o objetivo de incentivar a cultura. Em 2018, a prefeitura de Salvador inaugurou o primeiro Espaço Cultural Boca de Brasa, localizado no Subúrbio de Salvador, com uma estrutura que oferece oficinas, teatro com plateia para 400 pessoas e camarins.

[caption id="attachment_264110" align="alignnone" width="740"]<img class="wp-image-264110 size-full" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/11/boca-de-brasa-suburbio.jpg" alt="" width="740" height="414" /> Reprodução | Fundação Gregório de Matos[/caption]

Atualmente, o projeto já funciona com cinco espaços culturais que atendem os bairros de Alto de Coutos, Valéria, Barroquinha, Cajazeiras e na Ribeira. Mesmo tendo beneficiado mais de 160 mil pessoas ao longo dos anos, a expectativa é alcançar ainda mais bairros e, consequentemente, mais pessoas até o primeiro semestre de 2024.

"O nosso plano para o futuro é ampliação, queremos chegar a 10 Bocas de Brasa até o final da primeira gestão do prefeito Bruno Reis em 2024, e criar cada vez mais uma relação com a cadeia produtiva incentivando grupos e coletivos que já trabalham nas comunidades. Queremos atingir cada vez mais Salvador e reforçar cada vez mais essa relação com a cadeia produtiva da cultura", contou o presidente da FGM ao Aratu On.
<h5><img class="alignnone wp-image-264418 size-large" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2023/11/WhatsApp-Image-2023-11-09-at-10.02.38-682x1024.jpeg" alt="" width="682" height="1024" />
Fernando Guerreiro, presidente da FGM | Divulgação</h5>
FOMENTO À CULTURA

A documentarista Fabiola Aquino é moradora de Valéria e coordenadora de programas do Instituto Ceafro que ganhou o Edital dos Povos Criativos Boca de Brasa de Valéria, em 2023, que atuou no território fazendo diversas formações através de linguagens artísticas, técnicas de espetáculo e serviços criativos. Para ela, os polos criativos do projeto são de grande importância para a fomentação da cultura e traz bastante resultado para seus alunos.

"Eles envolvem a mobilização, a formação e depois a difusão dos produtos culturais desenvolvidos ao longo do ano. Tem três momentos de culminância, o palco aberto Boca de Brasa, Boca de Brasa Apresenta e o Festival Boca de Brasa. São essas ações que estamos levando com os resultados dos alunos durante o período de 2023", explicou Fabiola.

Esta reportagem é a quinta de uma série do Aratu On sobre os 15 vencedores do prêmio “O Bem Transforma”, homenagem da TV Aratu para pessoas e instituições que contribuem para a construção de uma Bahia melhor. A cerimônia de entrega dos prêmios foi realizada no dia 30 de outubro. 

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Agência Brasil
Após investigação experimental feita com base nos dados do Censo Demográfico de 2010 e de outras fontes, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sugeriu nova forma de classificar os espaços do território nacional. A proposta consta de estudo, divulgado nesta quarta-feira (16/8), que redefine as categorias urbano e rural, que já são usadas atualmente. Além disso, insere a natureza como uma terceira categoria.
De acordo com o IBGE, trata-se de um estudo experimental, de caráter exploratório, voltado para levantar a discussão acadêmica e institucional sobre as características que definem os espaços rurais, urbanos e da natureza. Também deverá ser realizada uma investigação posterior com base nos dados do Censo 2022, cujos resultados começaram a ser divulgados no final de junho.
A classificação dos diferentes espaços do território nacional fornece um quadro de referência capaz de subsidiar planejamentos territoriais no Brasil. Além disso, serve de base para a formulação de políticas públicas e privadas e também se estabelece como uma orientação conceitual para o desenvolvimento de pesquisas.
Conforme a nova proposta do IBGE, as três categorias são subdivididas em 16 tipos. Quatro seriam tipicamente urbanas, quatro rurais e quatro naturais. As outras quatro representariam áreas de transição que podem mesclar características de duas ou das três categorias.
De acordo com a geógrafa Maria Monica O'Neill, gerente de Regionalização e Topologias do Território do IBGE, o objetivo não é substituir a classificação vigente. Segundo ela, o estudo contribui para renovar o quadro de referência e oferece uma alternativa, com vistas a representar as dinâmicas operadas no território nacional e incorporar novos dados e metodologias.
"Trata-se de uma proposta, apresentada em caráter experimental, que poderá conviver e complementar a atual classificação, que não pode ser considerada obsoleta, pois cumpre seu papel na divulgação de dados das pesquisas e garante a comparabilidade temporal. A classificação rural e urbana pode ser vista sob diferentes prismas e escalas geográficas - regional, municipal, intramunicipal - e essas aproximações são complementares", afirmou.
Ao sugerir nova categoria para os espaços da natureza, o estudo buscou contornar a dicotomia rural-urbano, que tem sido tema de debate entre geógrafos. De acordo com O'Neill, na classificação vigente, essas áreas naturais podem aparecer designadas de diferentes formas. "Em muitos casos, estão incorporadas, diluídas ou classificadas como espaços rurais, mas também há casos de áreas verdes urbanas que compõem ou estão classificadas como áreas urbanas de baixa densidade", explica.
O estudo sugere avançar na abordagem em nível municipal. A geógrafa propõe uma classificação por área de ponderação, valendo-se de um recorte territorial menor do que o município. Considerando a proposta, os espaços com grau de urbanização variando entre 75% e 100%, que incluem as capitais brasileiras, são enquadrados como "áreas urbanas principais das grandes e médias concentrações urbanas". Elas ocupam apenas 0,4% do território nacional.
A partir da nova classificação, a equipe do IBGE também analisou mudanças territoriais. Foram identificados avanços da fronteira agrícola em Rondônia, em Tocantins e no sudeste do Pará. Na região Centro-Oeste, as áreas da natureza perdem espaço diante da maior presença de áreas de produção da agropecuária. Já no Nordeste e no norte de Minas Gerais, foram identificados tipos variados de transição, combinando características urbanas, rurais e naturais.

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