<a href="https://aratuon.com.br/politica/o-que-ainda-faz-carlos-lupi-como-ministro-deste-governo" target="_blank" rel="noopener">O ministro da Previd&ecirc;ncia Social</a>, Carlos Lupi (PDT), deixou o governo, ap&oacute;s reuni&atilde;o com presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva, na tarde desta sexta-feira (2). A decis&atilde;o ocorre depois da revela&ccedil;&atilde;o de um esquema bilion&aacute;rio de fraude no INSS, envolvendo descontos ilegais de aposentados e pensionistas.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/2ac8458a-b236-4950-9146-7df3bbf1a6b0.jpg?width=1024&amp;height=728" alt="Carlos Lupi deixa o Minist&eacute;rio da Previd&ecirc;ncia ap&oacute;s a descoberta da fraude no INSS. Foto: Ag&ecirc;ncia Brasil">
Em nota, o Pal&aacute;cio do Planalto informou que o substituto ser&aacute; o ex-deputado federal Wolney Queiroz, tamb&eacute;m do PDT. Conforme o governo, a exonera&ccedil;&atilde;o de Lupi e a nomea&ccedil;&atilde;o de Queiroz ser&atilde;o publicadas ainda nesta sexta-feira em edi&ccedil;&atilde;o extra do Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o. A escolha por Queiroz deve segurar o PDT na base do governo. Os pedetistas somam 17 deputados federais e 3 senadores.
Apesar de n&atilde;o ser citado na investiga&ccedil;&atilde;o, a avalia&ccedil;&atilde;o no governo &eacute; de que Lupi n&atilde;o tomou provid&ecirc;ncias para evitar ou acabar com os desvios financeiros. Em sua conta no X (antigo Twitter), Lupi reiterou que n&atilde;o teria envolvimento com o esquema.
<a href="https://aratuon.com.br/economia/foi-vitima-do-esquema-de-fraude-no-inss-saiba-como-ser-ressarcido" target="_blank" rel="noopener">+Foi v&iacute;tima do esquema de fraude no INSS? Saiba como ser ressarcido</a>
"Tomo esta decis&atilde;o com a certeza de que meu nome n&atilde;o foi citado em nenhum momento nas investiga&ccedil;&otilde;es em curso, que apuram poss&iacute;veis irregularidades no INSS. Fa&ccedil;o quest&atilde;o de destacar que todas as apura&ccedil;&otilde;es foram apoiadas, desde o in&iacute;cio, por todas as &aacute;reas da Previd&ecirc;ncia, por mim e pelos &oacute;rg&atilde;os de controle do governo Lula".
<h3>Desgaste</h3>
O desgaste da perman&ecirc;ncia de Lupi no governo ficou evidente a partir do dia 30, ap&oacute;s a nomea&ccedil;&atilde;o do procurador Gilberto Waller J&uacute;nior para o c<a href="https://aratuon.com.br/politica/lula-demite-presidente-do-inss-apos-operacao-da-pf" target="_blank" rel="noopener">argo de presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)</a> &agrave; revelia do PDT. A decis&atilde;o foi tomada pelo pr&oacute;prio presidente Lula, sem consultar Lupi.
Lupi &eacute; presidente licenciado do PDT. A publica&ccedil;&atilde;o da nomea&ccedil;&atilde;o saiu em edi&ccedil;&atilde;o extra do Di&aacute;rio Oficial e Lupi teria sido apenas comunicado pela ministra de Rela&ccedil;&otilde;es Institucionais, Gleisi Hoffman.
Waller n&atilde;o tem rela&ccedil;&atilde;o com o PDT, o que irritou Lupi. Al&eacute;m dele, o l&iacute;der do PDT na C&acirc;mara, deputado M&aacute;rio Heringer, tamb&eacute;m criticou o Planalto, qualificando como "extremo constrangimento" ao partido.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/cad15761-9d76-4082-b14c-c9d3ac89e5b8.png?width=1024&amp;height=728" alt="Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o/GovBa">
*Com informa&ccedil;&otilde;es do SBT News

Em culturas antigas, dizia-se que os reis eram ungidos por Deus. No Brasil contempor&acirc;neo, bastam fundo eleitoral e alian&ccedil;as parlamentares para blindar at&eacute; os mais desacreditados. Carlos Lupi n&atilde;o &eacute; ministro apenas por compet&ecirc;ncia &mdash; &eacute; ministro apesar da incompet&ecirc;ncia. E isso diz muito mais sobre o sistema do que sobre o personagem.
Imagine, por um instante, que a maior crise da sua empresa esteja sendo gerida por algu&eacute;m que, no melhor cen&aacute;rio, &eacute; apenas omisso. Que o t&eacute;cnico do seu time, em queda livre, diga com arrog&acirc;ncia que s&oacute; sai &ldquo;&agrave; bala&rdquo;. Ou que, diante de um inc&ecirc;ndio, o comandante do quartel decida esperar o fogo se alastrar antes de convocar os bombeiros. Estamos rindo, mas &eacute; de nervoso. Esse &eacute; o retrato - tragic&ocirc;mico - da gest&atilde;o de Carlos Lupi &agrave; frente do Minist&eacute;rio da Previd&ecirc;ncia.
N&atilde;o foi ele quem criou o esquema bilion&aacute;rio de descontos indevidos no INSS. Mas sob sua tutela, as fraudes quadruplicaram. E, ao inv&eacute;s de espanto, o ministro oferece soberba. Em vez de explica&ccedil;&otilde;es, oferece frases infames. Em julho de 2023, nomeou Alessandro Stefanutto para presidir o INSS. Vinte e dois meses depois, Stefanutto e outros cinco nomes indicados por Lupi foram afastados pela Pol&iacute;cia Federal na Opera&ccedil;&atilde;o Sem Desconto. E o ministro? P&ocirc;s a m&atilde;o no fogo. Afirmou que confiava plenamente.
Em junho de 2023, Lupi foi alertado formalmente, em ata do Conselho Nacional da Previd&ecirc;ncia Social &mdash; que ele preside &mdash; sobre o aumento de descontos indevidos em aposentadorias. Preferiu adiar a discuss&atilde;o. A pauta s&oacute; foi retomada dez meses depois, quando os estragos j&aacute; eram vis&iacute;veis at&eacute; do espa&ccedil;o. A essa altura, o rombo chegava a R$ 4,1 bilh&otilde;es, apenas nos anos de 2023 e 2024 - valor que corresponde a mais de 63% dos desvios ocorridos entre 2019 e 2024. Uma marca de efici&ecirc;ncia &agrave;s avessas.
Quando enfim comentou o caso, tentou uma met&aacute;fora infeliz: disse que o INSS &ldquo;n&atilde;o &eacute; botequim de esquina&rdquo;. Ofendeu os donos botequins. Porque em muitos deles h&aacute; mais honestidade, organiza&ccedil;&atilde;o e respeito do que se v&ecirc; hoje na autarquia.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/f3d4f528-2f70-4464-aa0b-083cf5eabc41.jpg?width=1280&amp;height=768" alt="Ministro Carlos Lupi na mira da sociedade (Montagem por IA em prompt de Matheus Carvalho)">
&Eacute; de espantar que uma figura com tamanhas controv&eacute;rsias curriculares, para usar um eufemismo, ainda esteja na vida p&uacute;blica, presidindo um partido de tradi&ccedil;&otilde;es e, al&eacute;m de tudo, ministro de estado.&nbsp;
Lupi &eacute; aquele pol&iacute;tico cuja sobreviv&ecirc;ncia n&atilde;o se explica por feitos, mas por arranjos. Presidente de um PDT esvaziado, representa uma base de apoio de 17 deputados e 3 senadores. Tem o dom raro de transformar omiss&atilde;o em altivez. Disse que s&oacute; sai do cargo &ldquo;abatido a bala&rdquo;, como se estivesse em guerra. De fato, est&aacute; - mas n&atilde;o contra a corrup&ccedil;&atilde;o, e sim contra qualquer cr&iacute;tica ou no&ccedil;&atilde;o de autocr&iacute;tica.
Arrotando uma onipot&ecirc;ncia que combina mais com &nbsp;charlat&otilde;es do que com super herois, este senhor prometeu zerar a fila para atendimentos e resolu&ccedil;&otilde;es do INSS para 45 dias de espera, quando grande parte dos interessados j&aacute; est&aacute; h&aacute; 400 dias aguardando uma marca&ccedil;&atilde;o. Chegou a dizer, um ano depois, que esse n&uacute;mero j&aacute; tinha sido reduzido significativamente.
E &eacute; a&iacute; que mora o ponto central: a perman&ecirc;ncia de Lupi no cargo diz menos sobre ele e mais sobre o governo que o mant&eacute;m.
A cada investida da imprensa, costuma soltar p&eacute;rolas de uma cretinice prepotente, como dizer que s&oacute; sai do governo a tiros. Se no boxe tem pugilista chamado de queixo de vidro porque desmonta logo nos primeiros socos, este a&iacute; pode ser chamado de queixo duro. Resiste, insiste e ainda posa de inabal&aacute;vel diante dos fatos.&nbsp;
A gest&atilde;o Lula se elegeu prometendo dignidade aos aposentados. Viu-se, agora, que parte deles foi v&iacute;tima de um esquema fraudulento dentro da pr&oacute;pria estrutura do Estado. Quando se esperava a&ccedil;&atilde;o firme, o governo ofereceu sil&ecirc;ncio. Quando se esperava um gesto de indigna&ccedil;&atilde;o, o ministro ofereceu frases de efeito.
Lupi est&aacute; indiciado, sob suspei&ccedil;&atilde;o ou previamente condenado pela investiga&ccedil;&atilde;o? N&atilde;o. Ele est&aacute; condenado pelas pr&oacute;prias palavras. Nos primeiros dias, provavelmente prevendo que o esc&acirc;ndalo iria arrefecer, com aquela sabedoria de pol&iacute;tico carcamano apegado a velhas pr&aacute;ticas de micropoderes, colocou a m&atilde;o no fogo pelo indicado na presid&ecirc;ncia do &oacute;rg&atilde;o. Disse que era acima de quaisquer suspeitas.
Na melhor das hip&oacute;teses, Lupi foi negligente. Na pior - e mais plaus&iacute;vel - foi c&uacute;mplice por in&eacute;rcia, por omiss&atilde;o e por lealdade a um jogo pol&iacute;tico arcaico. Sua manuten&ccedil;&atilde;o na pasta transmite a mensagem de que alian&ccedil;as valem mais que &eacute;tica. Que o esc&aacute;rnio tem assento cativo na Esplanada, desde que traga votos.
O Brasil n&atilde;o &eacute; um botequim, ministro. Mas tampouco pode ser um balc&atilde;o de neg&oacute;cios partid&aacute;rios. Governar exige escolhas. E manter Carlos Lupi, neste momento, &eacute; uma escolha. &Eacute; o tipo de decis&atilde;o que cobra seu pre&ccedil;o n&atilde;o apenas nos esc&acirc;ndalos, mas na eros&atilde;o silenciosa da confian&ccedil;a&nbsp;entre Estado e cidad&atilde;o.
Vou eu mesmo responder a pergunta do t&iacute;tulo: Carlos Lupi &eacute; o garantidor de um apoio de 17 deputados e 3 senadores do PDT ao governo. Agora, cabe ao presidente, muito mais experiente do que eu, do que n&oacute;s, avaliar se est&aacute; compensando. Se est&aacute; compensando sangrar e assistir o deboche contra os milh&otilde;es de aposentados se repetindo a cada apari&ccedil;&atilde;o canastrona do ministro.
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<h3>Sobre o Esc&acirc;ndalo do INSS</h3>
Um panorama geral sobre o que se sabe at&eacute; o momento a respeito do esc&acirc;ndalo do INSS mostra como a gest&atilde;o, sendo generoso, &eacute; desastrosa. Os montantes de descontos somam R$6,3 bilh&otilde;es entre 2019 e 2024, mas o grosso se concentra a partir da volta dele &agrave; Esplanada dos Minist&eacute;rios. Assim, dos R$ 6,3 bilh&otilde;es desviados entre 2019 e 2024, aproximadamente R$ 2,2 bilh&otilde;es (diferen&ccedil;a entre o total e os R$ 4,1 bilh&otilde;es dos anos 2023-2024) podem ser atribu&iacute;dos ao per&iacute;odo de 2019 a 2022, com destaque para os R$ 706,2 milh&otilde;es confirmados em 2022. Dos R$ 6,5 bilh&otilde;es repassados pelo INSS a sindicatos e entidades desde 2019, cerca de R$ 4,1 bilh&otilde;es (63,75%) foram desviados nos anos de 2023 e 2024. Em 2024, os descontos irregulares mais que triplicaram em rela&ccedil;&atilde;o a 2022, alcan&ccedil;ando R$ 2,8 bilh&otilde;es.
Os detalhes fazem com que a situa&ccedil;&atilde;o ganhe contornos mais graves. Lupi foi alertado sobre o problema do aumento de descontos n&atilde;o autorizados em junho de 2023, <a href="https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/lupi-foi-alertado-sobre-descontos-irregulares-no-inss-em-2023-mostra-ata-de-reuniao/" target="_blank" rel="noopener">em atas de reuni&otilde;es do Conselho Nacional da Previd&ecirc;ncia Social (CNPS), que ele preside</a>.&nbsp;
Uma conselheira, representante dos aposentados, chamou aten&ccedil;&atilde;o para o problema e pediu que fosse discutido, mas Lupi n&atilde;o permitiu na reuni&atilde;o de junho de 2023, dizendo que seria abordado mais adiante. As fraudes s&oacute; foram efetivamente pautadas e discutidas no conselho dez meses ap&oacute;s o alerta, na reuni&atilde;o de abril do ano passado.
Cr&iacute;ticos argumentam que ele sabia da exist&ecirc;ncia de irregularidades desde janeiro de 2023, o m&ecirc;s de sua posse,<a href="https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2025/04/27/entrevista-lupi-admite-que-medidas-contra-fraudes-no-inss-demoraram-a-sair-e-diz-nao-se-sentir-desconfortavel-no-governo.ghtml" target="_blank" rel="noopener"> olhando para o hist&oacute;rico de reclama&ccedil;&otilde;es e o crescimento dos descontos</a>. Em 2022, as reclama&ccedil;&otilde;es j&aacute; eram 198 mil, um aumento significativo em rela&ccedil;&atilde;o aos anos anteriores.
Sua declara&ccedil;&atilde;o de que o INSS "n&atilde;o &eacute; botequim da esquina, n&atilde;o d&aacute; para fazer em 24 horas" o trabalho necess&aacute;rio <a href="https://pleno.news/brasil/politica-nacional/lupi-compara-inss-com-botequim-e-acaba-criticado-na-globonews.html" target="_blank" rel="noopener">foi interpretada como uma admiss&atilde;o de que "dormia no ponto" desde 2023 e uma ofensa</a>.&nbsp;
Carlos Lupi nomeou Alessandro Stefanutto como presidente do INSS em julho de 2023. Stefanutto, juntamente com outros cerca de cinco gestores do INSS (incluindo diretores e o procurador-geral) nomeados sob a responsabilidade de Lupi, foram afastados pela Pol&iacute;cia Federal como alvo da Opera&ccedil;&atilde;o Sem Desconto. <a href="https://www.cartacapital.com.br/politica/lewandowski-diz-que-investigacoes-no-inss-vao-prosseguir-doa-a-quem-doer/" target="_blank" rel="noopener">Ele inicialmente tentou blindar Stefanutto ap&oacute;s a opera&ccedil;&atilde;o, dizendo que ele era sua responsabilidade e deveria ter direito &agrave; defesa</a>.&nbsp;
<h3> Argumentos pela sa&iacute;da</h3>
1. Responsabilidade Pol&iacute;tica e Omiss&atilde;o Na melhor das hip&oacute;teses, Lupi &eacute; omisso e negligente diante das conhecidas fraudes e desvios dos aposentados. Reportagens apontam que ele foi alertado sobre irregularidades em junho de 2023, mas n&atilde;o teria agido de forma c&eacute;lere para conter o problema. Essa demora n&atilde;o s&oacute; permitiu a continuidade do esquema, como o crescimento significativo at&eacute; chegar a montantes bilion&aacute;rios. Se foram realmente R$6,3 bilh&otilde;es desviados, mais de R$ 4 bi foram na gest&atilde;o de Lupi.
2. Impacto na Imagem do Governo O esc&acirc;ndalo do INSS mancha a imagem do governo Lula, especialmente por afetar diretamente os aposentados, um grupo que o governo afirma priorizar. A perman&ecirc;ncia de Lupi no cargo pode ser vista como toler&acirc;ncia ou coniv&ecirc;ncia com a corrup&ccedil;&atilde;o, algo politicamente danoso em um momento de desafios &agrave; popularidade do governo. A resposta esperada seria uma a&ccedil;&atilde;o que marcasse intransig&ecirc;ncia com corrup&ccedil;&atilde;o at&eacute; as &uacute;ltimas consequ&ecirc;ncias.
3. Press&atilde;o Pol&iacute;tica e Pedidos de Demiss&atilde;o H&aacute; uma forte press&atilde;o pol&iacute;tica, inclusive de aliados do governo, para que Lupi deixe o cargo. A oposi&ccedil;&atilde;o, por sua vez, aproveita o caso para atacar o governo, aumentando a urg&ecirc;ncia de uma resposta que evite desgaste pol&iacute;tico prolongado.
4. Hist&oacute;rico de esc&acirc;ndalos Lupi carrega um hist&oacute;rico de problemas em gest&otilde;es anteriores, como sua sa&iacute;da do Minist&eacute;rio do Trabalho no governo Dilma Rousseff, ap&oacute;s den&uacute;ncias de irregularidades. Esse passado refor&ccedil;a a percep&ccedil;&atilde;o de que ele n&atilde;o &eacute; a pessoa mais adequada para um cargo t&atilde;o sens&iacute;vel quanto o da Previd&ecirc;ncia Social, especialmente em meio a um esc&acirc;ndalo que exige credibilidade e firmeza na condu&ccedil;&atilde;o do minist&eacute;rio.
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Na manhã desta sexta-feira (6/9), o ministro da Previdência e presidente nacional licenciado do PDT, Carlos Lupi, reiterou seu apoio ao deputado federal Elmar Nascimento (União) na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. O respaldo de Lupi ocorre após a entrada do deputado Hugo Motta (Republicanos) na corrida pelo cargo.

“Nós temos um compromisso feito com ele. A gente não volta atrás de compromisso. Vamos ver como é que se desenha esse futuro”, afirmou Lupi durante uma coletiva de imprensa, realizada em um evento de assinatura de um acordo de cooperação técnica entre a instituição e o governo da Bahia.

O ministro também abordou as mudanças frequentes na política e aconselhou paciência diante das expectativas sobre as decisões. “A política, eu estou nisso há algum tempo, ela é muito mutável, cada dia em cada tempo. Então, ontem aconteceu um fato novo, a entrada do Hugo como candidato, mas nem Elmar se retirou, nem Antônio [Brito], então isso ainda vai ser um processo de evolução, porque essa decisão só é ano que vem e muita água vai rolar. Tem que esperar, ter paciência e [se] nós tomarmos qualquer decisão vai ser reunindo a bancada com o executivo e ouvindo todas as partes”, declarou Lupi.

O ministro também indicou que a decisão final deverá ser anunciada no mês que vem. “Na primeira ou na segunda quinzena de outubro, ele deve tomar essa decisão”, concluiu.

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O ministro da Previdência, Carlos Lupi, que está licenciado do cargo de presidente nacional do PDT, chega a Salvador no final da tarde desta quinta-feira (5/9) para uma agenda que inclui compromissos institucionais e eleitorais na capital e no interior da Bahia.

Ainda na quinta-feira, Lupi se reunirá a portas fechadas com o prefeito Bruno Reis (União), a vice-prefeita Ana Paula Matos (PDT), e os deputados federais Félix Mendonça Júnior e Leo Prates, presidentes estadual e municipal do PDT, respectivamente, além de outras lideranças políticas.

Na sexta-feira, às 9h, o ministro participará de um evento institucional na sede do INSS em Salvador, localizada na Avenida da França, no Comércio. Durante a visita, Lupi assinará um acordo de cooperação técnica para o atendimento integrado entre o INSS e o governo da Bahia.

A partir das 13h de sexta-feira, a agenda de Lupi no interior do estado começará em Irecê, onde ele participará de um evento político com o candidato do PDT à prefeitura, o vereador Figueredo Amorim. Às 20h, Lupi estará em Morro do Chapéu para acompanhar uma caminhada e comício da prefeita Juliana Araújo (PDT), que busca a reeleição. O deputado e presidente do partido no estado, Félix Mendonça e o ex-deputado federal José Carlos Araújo, vice-presidente do PDT na Bahia, também acompanharão o ministro.

Félix Mendonça informou que Lupi deve retornar à Bahia em outra oportunidade durante a campanha. Nesta ocasião, ele pretende visitar Euclides da Cunha, Araci e Itabuna, onde o PDT apoia o médico Isaac Nery como candidato a prefeito.

“Infelizmente, não tem como o nosso presidente participar de atos nas 33 cidades onde o PDT tem candidato a prefeito na Bahia, inclusive com experiências exitosas, a exemplo de Gentio do Ouro e Barra do Rocha. Mas a presença dele reforça que o Estado é uma prioridade para o partido nas eleições municipais”, afirmou.

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