O que são os 'dark channels' e por que estão na mira da Meta e YouTube?

YouTube e Meta apertam cerco contra perfis 'dark channels' e conteúdo reciclado

Por Da Redação.

Em um movimento para conter o avanço de perfis que lucram com conteúdo reaproveitado, plataformas como Meta e YouTube estão intensificando medidas contra os chamados dark channels — páginas especializadas em copiar e repostar vídeos, fotos e textos sem permissão dos criadores originais.

Saiba O Que São Os 'dark Channels' E Por Que Estão Na Mira Da Meta E You Tube

Esses canais atuam de forma quase anônima e silenciosa, mas operam com eficiência. Por meio de automação, são capazes de baixar, editar minimamente e republicar centenas de vídeos por semana, apostando no volume e em estratégias como clickbait para gerar audiência e faturar com anúncios.

Embora não seja uma prática nova, o modelo vem se expandindo com a ajuda de ferramentas de inteligência artificial, que facilitam a criação de conteúdos repetitivos, de baixa qualidade e pouco criativos. O fenômeno já tem até nome: AI slop — uma enxurrada de material genérico criado apenas para ocupar espaço nos feeds e gerar receita com visualizações.

Meta já removeu 10 milhões de contas

A Meta anunciou no dia 14 que vai reforçar o combate a contas que compartilham conteúdo “não original” no Facebook. Só em 2025, a empresa já removeu cerca de 10 milhões de perfis que estavam se passando por criadores populares. Outros 500 mil perfis foram punidos por comportamento de spam ou engajamento falso, como comentários automáticos e tentativas de burlar o algoritmo.

Segundo a Meta, essas contas terão seu alcance reduzido e perderão acesso aos programas de monetização por tempo determinado. A empresa também está testando um novo sistema que adiciona links em vídeos duplicados, redirecionando os usuários ao conteúdo original.

Meta

YouTube também endurece regras

O YouTube, por sua vez, atualizou recentemente sua política contra conteúdos repetitivos e massivamente produzidos — especialmente os que se apoiam em IA para copiar materiais já publicados. A plataforma quer garantir que apenas criadores que agregam valor ou originalidade possam se beneficiar de seus programas de remuneração.

Importante destacar que vídeos de reação, participação em tendências e interações criativas com conteúdo de terceiros não serão penalizados. O foco são os perfis que fazem do repost sistemático um modelo de negócios, muitas vezes sem qualquer crédito ou permissão.

O fim da era do anonimato lucrativo?

Apesar de serem altamente lucrativos, os dark channels não investem em identidade visual, engajamento autêntico ou presença pessoal. Em muitos casos, os donos desses perfis jamais aparecem em vídeo ou revelam quem são. Tudo é voltado para atrair tráfego fácil com o mínimo de esforço.

Agora, com as novas medidas das grandes plataformas, esse tipo de prática pode estar com os dias contados — ou, ao menos, com o lucro ameaçado. A mensagem é clara: copiar sem criar não vai mais valer a pena.

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