Trio é preso por esquema de venda ilegal de sangue de gatos; entenda

Esquema de venda ilegal de sangue de gatos oferecia R$ 50 a tutores interessados nas redes sociais

Por Anna Caroline Santiago.

Três pessoas foram presas, entre elas um estudante de veterinária, suspeitas de envolvimento em um esquema de venda de sangue de gatos. O grupo foi detido no último sábado (4), em Monte Alto, interior de São Paulo.

Segundo as investigações, os suspeitos pagavam R$ 50 a quem autorizasse a coleta de sangue dos animais. A Guarda Civil foi acionada após denúncias de que os suspeitos ofereciam dinheiro para realizar a coleta.

O caso veio à tona a partir de um anúncio nas redes sociais que oferecia dinheiro a tutores que aceitassem submeter os gatos ao procedimento.

Trio é preso por esquema de venda ilegal de sangue de gatos.Foto: Reprodução

No local, os guardas encontraram cinco pessoas, algumas manuseando equipamentos veterinários, além de seis gatos desacordados. Apesar de uma clínica citada pelos suspeitos afirmar que a prática não é ilegal, as autoridades destacaram que as coletas ocorriam em condições insalubres.

Foram apreendidos equipamentos, como seringas, e frascos de sangue. Os gatos foram resgatados, incluindo um diagnosticado com FIV, a chamada Aids felina, que pode ser transmitida para outros animais da espécie.

Das cinco pessoas levadas à delegacia, três foram presas: Cleiton Fernando Torres, de 37 anos, estudante de veterinária de Bady Bassit (SP); Sandra Regina de Oliveira, de 50 anos, aposentada de Monte Alto; e Angela Aparecida Alves Ribeiro, de 42 anos, empregada doméstica, também de Monte Alto.

Todos respondem por ato de abuso a animais, previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98).

Foto: Divulgação | PCSP

O que dizem os suspeitos

Os suspeitos Jose, Everton e Cleiton, afirmam que trabalhavam como freelancers para uma clínica veterinária em São José do Rio Preto (SP), fornecendo sangue de gatos. Cleiton, estudante de veterinária, disse coordenar os procedimentos e receber R$ 300 por dia, enquanto Jose e Everton seriam auxiliares, recebendo R$ 100 cada.

A defesa de Cleiton alegou que ele é inocente, ressaltando que bancos de sangue para animais não são proibidos por lei e que não há laudos apontando lesões ou sofrimento aos animais.

Angela, dona da casa e dos gatos, disse ter autorizado a coleta acreditando estar ajudando outros animais e sem receber pagamento. Sandra não teve sua versão registrada, e a clínica Hemoser afirmou que o banco de sangue veterinário é legal e não causa maus-tratos aos animais.

Outros casos

Um caso que chamou atenção recentemente, foi de um jovem de 29 anos, preso em Barra Velha, no Litoral Norte de Santa Catarina, acusado de matar e comer cachorros e gatos de rua. 

A prisão ocorreu no bairro Vila Nova, depois de uma denúncia anônima. De acordo com a investigação, o suspeito capturava os animais, realizava o abate e consumia a carne. A mãe do homem confirmou os fatos e relatou que ele armazenava restos dos animais na geladeira.

Proibição do consumo

No Brasil, é proibida em qualquer hipótese, a comercialização de carne de cães e gatos, em todo território nacional. No entanto, em países como a Coreia do Sul, é permitido. A polêmica tradição do país vem sendo criticada pelos partidos políticos e pela maioria da população, porém, os produtores da carne ameaçaram soltar os cerca de 2 milhões de animais nas ruas de Seul, capital do país, caso a medida seja aprovada.

Ao todo, cerca de 200 fazendeiros, donos de restaurantes e outros empresários ligados ao comércio da carne de cachorro expressaram seu descontentamento com a pauta.

É proibida em qualquer hipótese, a comercialização de carne de cães e gatos, em todo território nacional.Foto: Imagem Ilustrativa

De acordo com uma pesquisa da empresa Gallup Korea de 2022, 64% da população sul-coreana é contra o consumo de carne de cachorro. No mesmo estudo, apenas 8% dos entrevistados afirmaram ter consumido o produto no intervalo de um ano.

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