Suspeitos de torturar e executar entregador por app em Salvador são capturados
Polícia Civil realiza operação em Nazaré e Barroquinha para localizar os suspeitos de torturar e executar entregador por app em Salvador
Por Ananda Costa.
Dois homens apontados como suspeitos de torturar e executar entregador por aplicativo em Salvador foram localizados durante uma operação da Polícia Civil da Bahia na madrugada desta quinta-feira (9). A ação, chamada Operação Foco Central, ocorreu nos bairros de Nazaré e Barroquinha, e cumpriu mandados relacionados ao homicídio do entregador Augusto César dos Santos Borges, de 28 anos.
Segundo a corporação, um dos investigados, de 29 anos, foi preso sem resistência em Nazaré. O outro suspeito, Albino de Santana Sinval dos Santos, de 26 anos, foi encontrado na Barroquinha. Ele reagiu à abordagem policial, foi atingido durante o confronto e, mesmo socorrido, não resistiu aos ferimentos.
De acordo com a 3ª Delegacia de Homicídios (BTS), os dois homens são responsáveis diretos pelo sequestro, tortura e execução do entregador. A vítima, moradora do Nordeste de Amaralina, onde uma criança foi baleada durante confronto, teria sido atacada por integrantes de uma facção criminosa após entrar, durante uma entrega, em território controlado pelo grupo.
O corpo de Augusto César foi encontrado em 22 de março de 2025, esquartejado e colocado em sacos plásticos, na Avenida Reitor Miguel Calmon, no Vale do Canela. Conforme a polícia, o crime foi motivado como represália pelo fato de a vítima residir em área controlada por uma facção rival.
Casos envolvendo entregadores por app
No final de agosto, um motoboy, a serviço do iFood, foi baleado por um cliente quando fazia uma entrega em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro.
A vítima, Valério Junior, foi baleada após se recusar a subir ao apartamento do cliente, um policial penal identificado como José Rodrigo da Silva Ferrarini. A recusa gerou desentendimento e a reação absurda do cliente. O crime foi registrado em vídeo pelo próprio entregador e a ação foi publicada nas redes sociais.
Após o caso, o policial penal, identificado como José Rodrigo da Silva Ferrarini, foi preso. O mandado de prisão foi expedido pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro após Ferrarini disparar contra Valério Júnior, que teria se recusado a subir até o apartamento do cliente.
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