Suspeitos de sequestro em Camaçari são presos e veículo é recuperado

Um sequestro em Camaçari terminou com três suspeitos presos e um veículo recuperado após ação da Polícia Militar na noite de domingo (16). A ocorrência começou quando o Cicom informou sobre o roubo de um automóvel seguido do sequestro do motorista na localidade de Algarobas.

Durante as buscas, a vítima foi localizada e contou ter conseguido escapar ao pular do carro em movimento. Com as características do veículo, os policiais seguiram em patrulhamento e identificaram o automóvel no centro da cidade. Ao perceber a aproximação da PM, o condutor iniciou fuga em alta velocidade, trafegando pela contramão em diversas vias.

A perseguição terminou na região conhecida como Radial C, onde os suspeitos abandonaram o carro e fugiram a pé. Uma mulher que estava no veículo tentou se misturar entre pedestres, mas foi alcançada. Segundo a polícia, ela afirmou estar acompanhada de dois homens envolvidos no roubo.

Os demais suspeitos foram encontrados dentro de um estabelecimento comercial, onde tentavam se passar por clientes. No local, os policiais localizaram um revólver calibre 38, munições e um punhal que teriam sido arremessados pelo grupo durante a fuga.

Os três foram levados para a 18ª Delegacia Territorial, onde foi confirmado que um deles possuía mandado de prisão em aberto.

Sequestro em Salvador

No dia 8 de novembro, quatro suspeitos morreram após serem baleados em confronto com policiais  militares, no Complexo do Nordeste de Amaralina, em Salvador. Segundo informações da SSP-BA, sete integrantes de uma facção criminosa foram alcançados, na região, durante buscas por suspeitos de participação no sequestro da nutricionista Tâmara Ferreira. 

Ainda de acordo com a SSP-BA, cinco homens ficaram feridos durante o confronto e dois acabaram presos após rendição. Os baleados foram socorridos e levados para unidade hospitalar, onde quatro suspeitos não resistira aos ferimentos e um deles segue internado, sob custódia, totalizando três prisões. Armas, carregadores e munições foram apreendidos com o grupo.

A nutricionista Tâmara Ferreira, de 42 anos, que estava desaparecida desde a noite de quinta-feira (6), após sair para do trabalho, foi localizada na manhã desta sexta-feira (7), em Salvador. A informação foi confirmada por familiares.

De acordo com relatos da família, Tâmara saiu do consultório por volta das 19h, na Avenida Tancredo Neves, informando ao marido que participaria de um evento de nutrição na região da Pituba, área onde atuava profissionalmente. Às 19h03, ela enviou uma mensagem a uma amiga confirmando a ida ao evento, mas depois disso não respondeu mais a mensagens nem a ligações.

Após estar desaparecida há mais de 15 horas, ela detalhou o sequestro sofrido e explicou tudo que passou em posse dos criminosos. Apresentando diversos hematomas pelo corpo, a vítima relatou que foi agredida e teve que fazer transferências bancárias para os sequestradores.

“Me deram coronhada na cabeça, na perna, dizendo que iam cortar meu dedo, arrancar minha unha", disse ela. Tâmara foi abordada nas imediações da Praça Ana Lúcia Magalhães, na Pituba, assim que estacionou o carro. O criminoso então teria obrigado ela a voltar para o veículo e eles seguiram para as imediações do Shopping Itaigara, onde começaram as extorsões.

Por ter sido à noite, a nutricionista não conseguia transferir valores acima de R$ 1 mil, o que teria irritado os criminosos: "Eles ficaram insistindo para que fizesse mais, mas eu não estava conseguindo. Acho que os cartões bloquearam todos e através da face eu também não conseguia", contou.

Após trocarem de carro, os sequestradores levaram Tâmara para um local no bairro de Castelo Branco, onde ela foi encontrada. Após o amanhecer desta sexta, os criminosos teriam cobrado novas transferências e iniciado as agressões.

“Deram coronhadas na minha cabeça, na minha perna, disseram que iam cortar meu dedo, tirar minha unha. Fizeram um terror.”

Além do carro, os criminosos ainda ficaram com o telefone de Tâmara, conseguindo assim fazer novas transferências. Após conseguirem os valores, a nutricionista foi deixada em um supermercado no bairro, onde procurou por ajuda. 

“Durante todo o tempo, meu rosto estava coberto. Fui mantida em um local que parecia um espaço abandonado, onde a visão era limitada.”

Passado os momentos de terror, Tâmara agradeceu ao fato de ter sobrevivido à experiência: "O que importa é que eu estou viva. Levaram meu carro, meu celular, mas os bens materiais a gente conquista novamente. Graças a Deus, estou viva".

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