Polícia prende suspeito de matar percussionistas do Malê em Arembepe

A polícia prendeu, nesta terça-feira (21), um homem suspeito de participação direta nas mortes dos percussionistas do Malê Debalê, os irmãos Daniel Natividade, de 15 anos, e Gustavo Natividade, de 24 anos, ocorridas há pouco mais de um ano, em Arembepe, município de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador.

Na ocasião do duplo homicídio, na mesma semana, a polícia identificou os suspeitos. A prisão de ontem (21) aconteceu no bairro de Santana, na capital paulista, e contou com a integração das forças de segurança dos estados da Bahia e de São Paulo.

As vítimas foram atingidas por disparos de arma de fogo no dia 7 de outubro de 2024, enquanto participavam de uma excursão no Emissário de Arembepe. A motivação está relacionada à rivalidade entre grupos criminosos pelo controle do tráfico de drogas na região.

Percussionistas estavam em passeio turístico

Os jovens Gustavo e Daniel eram percussionistas do projeto social "Malezinho", pertencente ao bloco afro Malê Debalê, e netos de uma baiana de acarajé. As vítimas, junto com outros dois amigos, são de Itapuã, e estavam fazendo um passeio turístico na região.

O grupo estava tirando uma foto quando os dois fizeram um sinal adotado por uma facção criminosa rival da região. Neste momento, dois homens em uma moto saíram e efetuaram vários disparo contra eles.

Preso é suspeito também de triplo homicídio

Além do duplo homicídio, o suspeito preso ontem (21) é apontado como envolvido em um triplo homicídio ocorrido em 2023, quando três jovens foram mortos após serem identificados como pertencentes a uma organização criminosa rival.

Após a participação nos crimes, o investigado fugiu para o estado de São Paulo. A captura foi resultado de uma ação integrada entre equipes da 4ª Delegacia de Homicídios de Camaçari (DH/Camaçari), da Coordenação de Operações e Inteligência do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Ronda Ostensiva Tobias de Aguiar (Rota) da Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) e das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco) dos estados da Bahia e São Paulo.

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