Polícia identifica suspeitos envolvidos na morte de técnicos de internet
Técnicos de internet foram assassinados após abordagem de criminosos no bairro de Marechal Rondon, em Salvador
Os suspeitos envolvidos na morte de três técnicos de internet no bairro do Alto do Cabrito, em Salvador, na noite da última terça-feira (16), já foram identificados, segundo informações da Polícia Civil divulgadas ao Aratu On nesta quinta-feira (18).
Mais cedo, a corporação confirmou que foi localizado o veículo utilizado pelos profissionais para realizar as instalações. O carro, pertencente à empresa onde as vítimas trabalhavam, foi encontrado abandonado na região das Granjas Rurais.

A Polícia Civil não divulgou a identidade dos suspeitos, mas informou que a autoria do crime é atribuída a um grupo criminoso com atuação no bairro de Marechal Rondon.
Segundo relato de uma parente, criminosos costumavam abordar técnicos de internet e enviar mensagens intimidatórias à empresa, exigindo o pagamento de um suposto “pedágio” para permitir a prestação do serviço em áreas dominadas por facções criminosas.
Quem eram os três técnicos de internet
Os três técnicos de internet executados no bairro do Alto do Cabrito, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, foram identificados como Ricardo Antônio da Silva Souza, de 44 anos; Jackson Santos Macedo, de 41; e Patrick Vinícius dos Santos Horta, de 28.
Horas antes do crime, os três chegaram a gravar um vídeo para as redes sociais, no qual aparecem brincando antes do início do expediente. Conforme as investigações, os técnicos teriam sido capturados por traficantes após realizarem um serviço durante a tarde nas imediações do bairro de Marechal Rondon. Em seguida, foram levados à força para o Alto do Cabrito, área conhecida por moradores e investigadores como local de execuções e desova de corpos.
As investigações indicam que a cobrança era direcionada à Planet Internet, provedora que atua em bairros da região de Pirajá e do Subúrbio Ferroviário.

Empresa nega ter recebido ameaças antes da morte de técnicos de internet
Na nota, a empresa negou que estaria sofrendo ameaças por parte de uma facção criminosa e que não pagava nenhum “pedágio” para acessar o bairro, como havia circulado nas redes sociais.
“A Planet Internet encontra-se consternada com o ocorrido e vem prestando todo o apoio necessário às famílias dos funcionários. Destaca, ainda, que em momento algum a empresa foi contactada, por quem quer que seja, muito menos recebeu qualquer pedido de resgate ou de pagamento para acesso de suas equipes à localidade”, diz o comunicado.
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