MP volta a pedir prisão de motorista que atropelou corredor na Pituba

O Ministério Público da Bahia (MP-BA) voltou a solicitar a prisão preventiva do motorista que atropelou o corredor na Pituba, identificado como Cleydson Cardoso Costa Filho, filho da vereadora Débora Santana (PDT). O caso ocorreu no dia 16 de agosto, quando o acusado atingiu o atleta Emerson Pinheiro, de 29 anos, durante um treino de corrida no bairro da Pituba, em Salvador.

O pedido foi encaminhado à Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) pela promotora Maria Augusta Almeida Cidreira Reis, da Nona Procuradoria de Justiça Criminal. No documento, ela questiona a decisão que concedeu liberdade provisória ao motorista, que havia sido preso em flagrante e passou 30 dias no Complexo da Mata Escura.

A promotora também contesta a substituição da prisão por medidas cautelares, sustentando que a prisão preventiva é a única medida proporcional à gravidade do caso. 

No recurso, que será analisado pelo desembargador Jefferson Alves de Assis, ela argumenta que a liberdade do acusado pode interferir nos depoimentos de testemunhas e comprometer a apuração dos fatos.

Segundo a promotora, a prisão se justifica pela necessidade de garantir a ordem pública e evitar a reiteração delitiva, destacando que o motorista dirigia embriagado e sem habilitação. 

Relembre o caso do motorista que atropelou corredor na Pituba

O acidente envolvendo o atleta Emerson Pinheiro, de 29 anos, ocorreu na manhã de 16 de agosto de 2025, na orla da Pituba, em Salvador. Enquanto participava de um treino coletivo de corrida, ele foi atingido por um carro conduzido por Cleydson Cardoso Costa Filho, filho da vereadora Débora Santana (PDT), que se pronunciou sobre o caso. 

O motorista perdeu o controle do veículo, que subiu na calçada, derrubou uma barraca e atingiu o corredor. Emerson sofreu ferimentos graves, incluindo fraturas expostas, e precisou passar por uma cirurgia de emergência no Hospital Geral do Estado (HGE), onde teve a perna direita amputada.

O condutor apresentava sinais de embriaguez e não concluiu o teste do bafômetro. Ele foi preso em flagrante e, posteriormente, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça. O caso gerou comoção e revolta entre esportistas e moradores de Salvador, que organizaram atos em apoio a Emerson e cobraram justiça.

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