Idoso é resgatado de condições degradantes em Simões Filho; veja vídeos
Um idoso de 81 anos foi resgatado nesta quinta-feira (4) em um sítio em Simões Filho
Por Bruna Castelo Branco.
Um idoso de 81 anos foi resgatado nesta quinta-feira (4) em um sítio em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador, após investigações apontarem que ele vivia em condições degradantes e tinha o benefício previdenciário retido pelo responsável pelo imóvel.
Segundo a Polícia Civil, a vítima trabalhava no local como caseiro e enfrentava situação de extremo abandono, com violações que comprometiam sua saúde, segurança e dignidade.

Após o resgate, o idoso foi encaminhado para atendimento especializado e recebeu acolhimento inicial das Secretarias Municipais de Assistência Social e Saúde.
A investigação foi conduzida pela Delegacia Especial de Atendimento ao Idoso (DEATI), com apoio do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV).

A ação faz parte da Operação Legado Vivo, que reforça a atuação da Polícia Civil no enfrentamento de crimes contra pessoas idosas e na responsabilização dos envolvidos. As diligências continuam para apurar todos os detalhes do caso. Veja vídeo:
Os responsáveis podem responder por abandono de vulnerável, redução à condição análoga à de escravo, apropriação de proventos e outros crimes previstos em lei.
Violência contra o idoso
O Brasil registra, em média, 20 denúncias de violência contra idosos por hora, segundo dados da central do Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos. O levantamento mostra ainda que mais de 80% dos casos ocorrem dentro da casa da própria vítima.
Em um país que envelhece mais rápido do que o previsto, os números acendem um alerta: são quase 500 denúncias diárias, envolvendo desde abandono e golpes financeiros até insultos e agressões físicas. Muitas vezes, nem as vítimas, nem os familiares reconhecem essas situações como crime.
A Bahia, por exemplo, abriga mais de 2,3 milhões de pessoas idosas e concentra o maior número de centenários do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Projeções indicam que, até 2070, quatro em cada dez baianos terão 60 anos ou mais.
Entre janeiro e outubro deste ano, foram registradas 151 mil denúncias, que resultaram em mais de um milhão de violações. A maior parte das vítimas é composta por mulheres idosas. Para ampliar a conscientização, a Associação Nacional do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos (Anampa) lançou uma cartilha com o lema “informar para proteger”, que reúne direitos, tipos de violência e sinais de alerta que devem ser observados.
O material também destaca que práticas comuns no convívio familiar, como reter documentos, apropriar-se da aposentadoria, impedir visitas ou proferir xingamentos, configuram violência.
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