Apresentador entra para lista vermelha dos criminosos mais procurados do país
Apresentador foi condenado a 32 anos de prisão pelo estupro de vulnerável contra uma adolescente de 14 anos
O ex-apresentador de TV Francisco Gleton Martins de Oliveira, conhecido como Cleytton Rasec, 44, passou a integrar a "lista vermelha" de procurados do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A inclusão se deve à sua condenação pelo estupro de vulnerável contra uma adolescente de 14 anos e armazenamento de pornografia infantil.

Cleytton Rasec chegou a comandar um programa de cunho policial em uma emissora local na capital de Roraima, Boa Vista. Condenado a 32 anos e 11 meses de prisão pelo crime de estupro, agora ele é considerado um dos criminosos mais perigosos e procurados no território nacional.
Em 8 de outubro, a Justiça de Roraima expediu um mandado de prisão contra o ex-apresentador. Contudo, as autoridades não o encontraram, e ele é considerado foragido desde então. A condenação de Rasec já transitou em julgado, o que significa que não há mais possibilidade de recurso na Justiça.
O nome de Francisco Gleton Martins de Oliveira agora figura no Projeto Captura, uma iniciativa do MJSP. A "lista vermelha" é composta por 216 nomes dos criminosos mais procurados do país, com oito indivíduos selecionados em cada estado da federação.
Quem é Cleytton Rasec

Francisco Gleiton ganhou notoriedade por sua atuação em programas de televisão, especialmente por comandar atrações jornalísticas com forte apelo policialesco em emissoras locais nos estados de Roraima e Rio Grande do Norte.
Além da carreira na televisão, ele também se dedicava à música e atuava como influenciador digital. No Instagram, seu perfil soma mais de 29,5 mil seguidores, embora esteja atualmente configurado como privado.
Em sua trajetória musical, Francisco lançou neste ano o álbum intitulado "Agora É Tarde e Não Tem Jeito". No entanto, na plataforma de streaming Spotify, o perfil do artista registrava, até o momento, apenas um ouvinte mensal.
Bahia está entre estados com mais denúncias de estupro a crianças
O Brasil vive um cenário alarmante de violência sexual contra crianças e adolescentes. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, o país registrou 83.988 casos de estupro em 2023 — um aumento de 91,5% em relação a 2011. A cada hora, sete crianças ou adolescentes são vítimas desse crime. Do total de ocorrências, 76% envolvem vítimas consideradas vulneráveis, ou seja, menores de 18 anos.
Grande parte dos casos ocorre no ambiente doméstico. Os dados apontam que 61,7% dos estupros contra crianças e adolescentes são cometidos por familiares ou pessoas próximas, o que dificulta a identificação e a denúncia.
Na Bahia, os números também preocupam. De acordo com dados do Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos, em 2024 foram registradas 33.761 denúncias de violações de direitos humanos no estado. Destas, 13.740 envolvem vítimas infantojuvenis, incluindo casos de violência sexual. Em 2025, até o dia 5 de maio, foram contabilizadas 568 denúncias de estupro de vulnerável na Bahia — o quinto maior volume entre os estados brasileiros.

No mesmo período, o Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) ofereceu 1.764 denúncias de estupro de vulnerável à Justiça. Já o Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca) registrou 2.907 procedimentos voltados à proteção de crianças e adolescentes vítimas de abuso e exploração sexual em 2024.
Crimes Sexuais
Entre janeiro e junho de 2025, foram notificados 316 casos de estupro em Salvador, sendo que 68% das vítimas eram menores de idade. Entre elas, 114 eram crianças de 0 a 11 anos. Vítimas do sexo masculino representam apenas 8% do total.
+ PF faz operação no sul da Bahia contra crimes de abuso sexual infantil
Foram registrados também 24 casos de importunação sexual, com maior incidência entre jovens de 18 a 24 anos. Os crimes ocorrem tanto em residências quanto em áreas urbanas.
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