Salvador monitora doenças respiratórias e arboviroses pós-Carnaval
Plano da Secretaria Municipal da Saúde visa reforçar vigilância e assistência diante do aumento do risco de disseminação de doenças
Por Da Redação.
A Secretaria Municipal da Saúde de Salvador (SMS) deu início ao plano de monitoramento e enfrentamento de doenças respiratórias e arboviroses no pós-Carnaval. A iniciativa visa fortalecer a vigilância epidemiológica e a rede assistencial, diante do aumento do risco de disseminação de doenças gerado pelo grande fluxo de turistas e foliões na cidade.
A primeira reunião de alinhamento das ações ocorreu nesta quarta-feira (5), na sede da SMS, com a participação da Diretoria de Vigilância à Saúde (DVIS), da Sala de Situação em Saúde e das Diretorias de Atenção Básica e Atenção Especializada. Durante o encontro, foram apresentados dados já monitorados para subsidiar as estratégias adotadas.

Foliões no circuito Barra-Ondina | Foto: Alfredo Filho/Secom
“Ao final de uma festa dessa magnitude, existe um potencial risco de aumento dos casos de doenças como gripe, Covid-19 e dengue, além das diarreicas. Baseado nisso, deflagramos já nesta quarta-feira de Cinzas um esforço conjunto para a tomada de decisões e ações mais céleres, com o objetivo de intervir de forma mais rápida, evitando ‘pressão de porta’ na rede de urgência e emergência e dando maior comodidade e segurança para a população”, afirmou o secretário municipal da Saúde, Rodrigo Alves.
No caso das arboviroses, as ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, foram intensificadas desde setembro de 2024 com o lançamento da campanha "Verão Sem Mosquito". As atividades incluem borrifação, aplicação de inseticidas, tratamento e eliminação de focos do vetor, especialmente no período do verão, caracterizado por altas temperaturas e chuvas intercaladas, condições favoráveis à proliferação do mosquito.
Durante o Carnaval, as ações ocorreram em locais de grande circulação de pessoas, como estações de transbordo, circuitos da folia e pontos turísticos, com o apoio de diversas secretarias municipais. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) atuou em mais de 35 bairros, realizando inspeções e bloqueios contra as arboviroses, incluindo 90 bloqueios de focos, visita a mais de 600 imóveis e inspeção de 2.921 depósitos. No controle de roedores, mais de 280 pontos foram desratizados, e ações educativas foram promovidas.
“Nosso trabalho é contínuo; começou antes e se manteve a todo vapor durante o Carnaval, e se prorrogará intensamente até seis semanas após a festa, janela epidemiológica que merece atenção especial das nossas equipes. É válido destacar que, pela primeira vez, este ano disponibilizamos a vacinação de rotina durante todos os dias da folia momesca, oportunizando a imunização de centenas de pessoas que aproveitaram o feriado para cuidar da saúde. Também executamos ações assistenciais, preventivas e educativas nos programas Salvador Acolhe e Catafolia, cuidando desses trabalhadores temporários e de seus filhos. Essas foram algumas das ações que contribuíram para uma população mais saudável, protegida de agravos e doenças”, finalizou Alves.
De acordo com a SMS, entre 29 de dezembro de 2024 e 1º de março de 2025, Salvador registrou 16 casos confirmados de dengue, cinco de chikungunya e três de zika. No mesmo período do ano passado, os números foram de 268, 13 e 51 casos, respectivamente.

Módulos de saúde | Foto: Joka Gueiros/Secom
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